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CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Por:   •  9/10/2013  •  1.823 Palavras (8 Páginas)  •  615 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Conceber a educação infantil como primeira etapa da educação básica, significa compreender o avanço legal existente e as mudanças ocorridas no modo de ver e pensar a criança dessa faixa etária.

Assim, o presente trabalho tem o objetivo de promover discussões sobre temas englobados no espaço da educação infantil. A concepção de infância e da educação infantil antes da criação do RCNEI e como passaram a ser consideradas após, abordando também a importância do planejamento e a avaliação na prática docente, a alfabetização e seus métodos e a inclusão da ludicidade na educação infantil.

CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Atualmente muito se discute sobre a concepção de infância, vale ressaltar que ela foi bem diferente há alguns séculos atrás.

Ariès (1986) entendia a criança como um “adulto em miniatura”. Já Jonh Locke, influenciado pela teoria empirista, acreditava que a criança era como uma “tábula rasa”, cabendo aos pais o labor de preenchê-las (POSTMAN, 1999).

Com a criação do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) em 1998, a criança passa a ser considerada como um sujeito social e histórico, tendo suas especificidades e singularidades, desta forma, cada uma delas pensa e estabelece relações com o mundo de uma maneira muito particular.

Assim, entendemos que a concepção de infância vem sendo construída ao longo dos tempos e de acordo com a organização de cada sociedade, não devendo, portanto, ser analisada dissociada do seu contexto histórico.

Além da concepção de infância, o RCNEI desvela ações de cuidado e educação como práticas que devem caminhar lado a lado. O Referencial foi elaborado em um momento em que as creches e pré-escolas buscavam interligar cuidados à educação, e, ainda às brincadeiras.

Muitas instituições nasceram com o objetivo de cuidar das crianças oriundas de famílias de baixa renda. Durante anos esse olhar para a criança “indefesa”, que precisava de ajuda, configurou-se como o cenário da Educação Infantil. A compreensão do papel da Educação Infantil caminha em direção do reconhecimento da importância de integrar o CUIDAR, ao EDUCAR e ao BRINCAR na educação infantil, reconhecendo-as como práticas indissociáveis (BRASIL, 1998a).

Deste modo, é responsabilidade do educador infantil que atua no berçário e na pré-escola organizar o seu trabalho pedagógico contemplando objetivos e conteúdos que envolvam o cuidar e o educar, pois eles auxiliam a aprendizagem das capacidades das crianças, e consequentemente o seu desenvolvimento global.

O lúdico também deve fazer parte do trabalho pedagógico, pois ele faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser espontâneo, funcional e satisfatótio. Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz a ludicidade para a sala de aula é muito mais uma “atitude” lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas principalmente, uma mudança afetiva.

Assim, incluir a Ludicidade no planejamento demostra que o professor reconhece o seu papel como promotor da aprendizagem e também contribui com uma sociedade mais brincante, que reconhece a ludicidade como um comportamento social da crianças.

O processo de alfabetização deve ser iniciado já na educação infantil. E ao nos referirmos a esse processo é imprescindível estudar as questões metodológicas pelas quais os educadores organizam o seu trabalho pedagógico. Os teóricos classificam os métodos de ensino em dois grandes grupos, baseados nos princípios psicológicos neles envolvidos: os sintéticos e os analíticos. Outros admitem ainda um terceiro grupo, o dos analíticos-sintéticos ou mistos, resultantes da combinação dos dois processos.

Os métodos sintéticos subdividem-se em: alfabético: o aluno aprende as letras isoladamente; fonético ou fônico: o aluno parte do som das letras; silábico: o aluno parte das sílabas para formar palavras.

Os métodos analíticos subdividem-se em: palavração - este método parte da palavra. Depois da aquisição de determinado número de palavras, formam-se as frases; sentenciação: esse método parte da frase para depois dividí-la em palavras, de onde são extraídas os elementos mais simples: as sílabas; conto, estória (global): esse método é composto de várias unidades de leitura que apresentam começo, meio e fim.

Os métodos ecléticos são os analítico-sintéticos ou sintético-analíticos: têm como características as atividades simultâneas de análise e síntese, compor e decompor (ou vice-versa) no âmbito de uma lição, a partir da qual os alunos são levados a analisar, comparar e sintetizar, simultaneamente, até se familiarizarem com os elementos da linguagem e dominar o mecanismo da leitura.

E para que a alfabetização aconteça é de suma importância que se tenha um ambiente alfabetizador, ou seja, aquele que favoreça o contato com a língua escrita e os seus usos sociais, criando um contexto de cultura escrita com o objetivo de disponibilizar a familiarização com a escrita e a interação com diferentes tipos, gêneros, portadores e suportes textuais.

A criança aprende a ler lendo, a escrever escrevendo num ambiente alfabetizador “vivo” que permita ler o mundo com sentido, função, sentimento, criação, tendo uma professora que ensina de verdade, compreende a indissociabilidade e a especificidade da alfabetização e conduz o processo com atividades didáticas que promovam de fato a aprendizagem.

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