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CONSOLIDAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL

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Por:   •  29/5/2014  •  4.171 Palavras (17 Páginas)  •  2.156 Visualizações

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Curso de Administração

Fase 1. Turma B.

Componente curricular: Sociologia Aplicada

A CONSOLIDAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL -

I – A Consolidação da Organização Industrial

A organização industrial é fruto de uma acumulação de experiências que ocorreram em estruturas antes da revolução industrial. As organizações industriais mais significativas foram as corporações de oficio, a manufatura e as companhias de comercio.

A partir do processo de crescimento industrial, houve um período de adaptação, onde as organizações anteriores entraram em choque com as necessidades da industrialização. Ocorreu um período de amadurecimento das novas estruturas industriais, que foi chamado de primeira revolução industrial. A maturidade ocorreu com a segunda revolução industrial.

Durante a primeira revolução industrial, os trabalhadores encontraram mudanças significativas no processo de produção. Em primeiro lugar, eles trabalhavam para outro, que possuía a propriedade dos meios de produção; em segundo, as relações que existiam no interior da indústria eram diferentes das que existiam fora dela. Essa mudança cultural no significado de trabalhar causou muitos problemas no interior das indústrias no inicio da revolução industrial.

Com o tempo, foram surgindo propostas para se adequar a organização industrial as novas necessidades de produção, e juntamente com isso foi crescendo a resistência dos operários a nova cultura que surgia no interior das fabricas, que era baseada na disciplina.

No século XIX, surgiram teorias que tinham como objetivo aumentar o controle e a submissão do ser humano. A busca da eliminação desse fator foi o cerne da teoria da administração cientifica de Taylor.

Organizações Econômicas Pré-industriais

Antes da revolução industrial, existiam organizações econômicas que eram constituídas por estruturas que pertenceram às indústrias. As mais importantes foram as guildas ou corporações de ofícios, as manufaturas e as grandes companhias de comércio.

As corporações de oficio

As corporações de oficio surgiram na Europa, a partir do século XII, durante a idade media. Eram associações que reuniam artesãos e comerciantes, tinham caráter voluntário e seus principais objetivos eram garantir o monopólio do exercício da profissão ou do ramo do comércio, o controle de qualidade e da qualidade de mercadorias produzidas, o treinamento dos aprendizes e a assistência a seus membros.

Eram constituídas por três categorias de trabalhadores: o mestre, os oficiais e os aprendizes. O aprendiz iniciava o aprendizado entre os 12 e os 15 anos de idade, passava a morar com o mestre e era submetido à vigilância, à disciplina e aos castigos físicos do mestre. Os aprendizes não recebiam nenhum pagamento pelo trabalho, o tempo de aprendizado variava de um a 12 anos dependendo do oficio, e após o termino os aprendizes tornavam-se oficiais onde depois podiam ascender a mestres.

A categoria dos oficiais era formada pelos que passavam satisfatoriamente pelo aprendizado. O trabalho do oficial era alugado através de contrato verbal ou escrito, onde jurava cumprir as obrigações do oficio e denunciar as infrações que viesse a tomar conhecimento.

Os mestres eram os donos das oficinas, e acolhiam os oficiais e os aprendizes. Eram eles que detinham as ferramentas e forneciam a matéria- prima. O oficial tornava-se mestre por meio de um exame julgado pelos membros da corporação. Quando havia o exame, o acesso à condição de mestre exigia a apresentação de uma obra executada pelo candidato, que era considerada a primeira obra, ou obra-prima. O numero de mestres era igual ao numero de oficinas, o tamanho da oficina e o numero de oficiais e aprendizes eram regulados pela corporação.

As corporações de oficio mantiveram-se legalmente no Brasil, até a promulgação da primeira constituição do império em 1824, que as aboliu. Entretanto, sua atividade maior, ocorreu até a metade do século XVIII. A estrutura da guilda oferecia proteção para seus membros em dois níveis: do mestre a todos que trabalhavam com ele, e da corporação ao mestre.

As manufaturas

A manufatura foi uma etapa importante que sucedeu a corporação de ofícios, forma de trabalho dominante no período feudal. Com a introdução da divisão de trabalho e a produção doméstica no campo controlada pelos mercadores, a manufatura aumentou sua produção de mercadorias, causando assim a decadência das corporações de ofícios.

Na manufatura, o capitalista fornecia para o artesão a matéria-prima, as ferramentas, pagava um salário e providenciava a venda do produto. Com isso a produção têxtil e a produção de couros cresceram muito.

O mercador, agora empresário, operava de dois modos para aumentar a produção de mercadorias. No primeiro, o mercador entregava na casa do camponês a matéria-prima e as ferramentas, e lhe efetuava um pagamento na forma de salário. Como essa primeira forma de produção familiar impedia a introdução de inovações, e apresentava limitações importantes, a partir do século XVI ela foi gradativamente suplantada.

A produção passou então a ser realizada em oficinas urbanas, onde o empresário-mercador reunia em um determinado local certo numero de artesãos, fornecia a matéria-prima, as ferramentas e efetuava o pagamento por tarefa ou salario. A produção era realizada pelo princípio de divisão de trabalho, onde cada artesão fazia uma parte do produto, e este só ficava pronto após passar por vários trabalhadores. Assim, com o tempo, o empresário-mercador iria aumentar o controle sobre seus trabalhadores, aumentando a disciplina e consolidando a pratica do trabalho regular e sistemático.

A manufatura é uma forma de cooperação que predominou durante o período do capitalismo comercial na Europa. De acordo com Karl Marx, a manufatura pode se originar de dois modos: Pode surgir quando os trabalhadores de ofícios diversos e independentes, são concentrados em uma mesma oficina, sob o comando de um mesmo empresário, e por eles deverá passar o produto até seu acabamento final. Ou pode surgir quando são reunidos trabalhadores que fazem uma mesma coisa ou um mesmo tipo de trabalho, onde cada um produz a mercadoria por inteiro.

No entendimento de Marx, “O período manufatureiro simplifica, aperfeiçoa e diversifica as ferramentas, adaptando-as

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