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CONTEXTO HISTÓRICO DO ESCRITÓRIO REPRESENTATIVO TEMÁTICO

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Por:   •  3/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.748 Palavras (11 Páginas)  •  189 Visualizações

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REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA DE IMAGENS

Felipe Pontes Gonçalves*

José Domingos Padilha Neto*

RESUMO: Este trabalho apresenta um estudo embasado em argumentos bibliográficos que discutem a representação de imagens, que pela sua importância e grande riqueza de detalhes merecem uma atenção e uma sensibilidade maior por parte do indexador para que sua representação tenha grande eficácia.

Palavras-chave: Representação temática. Recuperação da informação. Representação de imagens.

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*Graduandos em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba

1 INTRODUÇÃO

Após a criação da escrita, com os sumérios, o ato de representar se tornou cada vez mais natural na vida do ser humano, fazendo isso através de textos, onde pessoas começaram a representar seus pensamentos através da escrita. Porém, notou-se que a representação não se dava apenas pela escrita, mas também por imagens, esculturas, quadros e num passado não tão distante, até a fotografia. E com a grande proliferação desse meio de representação, sentiu-se também, a necessidade de representá-las. Com essa necessidade de representação de imagens, para a fácil recuperação dos temas e significados que cada uma traz, a Ciência da Informação destacou-se com a representação temática da informação.

Sabemos que a representação temática da informação em síntese, é a descrição de documentos, imagens, esculturas, etc. em palavras, para a fácil recuperação da informação. Portanto, a nossa abordagem vem trazer uma sondagem histórica da representação humana e da representação temática, dando maior atenção à representação temática de imagens, onde as mesmas passam a ser abordadas como um conjunto de informações que antes passava desapercebido. Segundo Silva (2000, p. 169), as imagens possuem uma potencialidade de informação que está:

“Além da própria natureza complexa do objeto imagético, as diferentes possibilidades de uso desse registro, que podem ir da mera ilustração de textos, passar pela importância como fonte de informações para diversas áreas do conhecimento, até o deleite absoluto da pura fruição estética, encanta e apaixona aqueles que se dedicam em conhecê-lo.”

Mostraremos o conceito da representação temática da informação e respectivamente o conceito da representação temática de imagens, usando a metodologia da revisão de literatura, onde buscamos tais conceitos propostos em dez diferentes artigos, formando um consenso conceitual no fim do artigo.

2 CONTEXTO HISTÓRICO DA REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA

Desde a pré-história a humanidade sentiu a necessidade de representar os fatos acontecidos no seu dia a dia. A representação está aplicada à humanidade desde os primórdios. Um grande exemplo disso são as artes rupestres, no qual os homens pré-históricos representavam fatos acontecidos no seu dia a dia, com pinturas nas paredes das cavernas. Segundo Bezerra (2006, p. 10): “Esta foi a forma de representação da época para expressar ideias e trocas de mensagens, não podendo ser considerada ainda uma forma de escrita, pois não havia uma representação gráfica. Reforçando este conhecimento, Pinto et al (2008, p. 17) afirmam que:

O significado que a palavra representação encerra não é de origem tão recente, conforme parecem imaginar alguns. Muito pelo contrário, ela sempre esteve presente no espírito humano, pelo menos, desde a Pré-história quando os homens primitivos, em suas práticas cotidianas, buscavam possibilidades de comunicação através da criação de imagens ou ideogramas; assim como da escrita cuneiforme dos sumérios e dos hieróglifos produzidos no Antigo Egito.

Tomando posse das palavras de Pinto et al (2008), podemos afirmar que a representação não é algo originado nos tempos modernos, mas que está presente no espírito humano desde os primórdios da nossa existência terrestre. Sabendo disto, vale mencionar um dos grandes marcos da história da representação que foi a invenção da escrita. Esta, por conseguinte, é uma forma de representação da linguagem falada, que dura até os tempos de hoje e, é considerada um dos mais importantes meios de representação. A invenção da escrita data do ano 4000 a.C., quando “[...] na antiga mesopotâmia os Sumérios desenvolveram, produziram e criaram a escrita cuneiforme, utilizando tabuinhas de argila onde cunhavam está escrita” (BEZERRA, 2006, p. 11).

Conforme a escrita foi evoluindo com o tempo, assim também foram evoluindo os meios de representação da informação. Nesta evolução, podemos dar destaque aos “monges copistas, que eram homens que tinham dedicação exclusiva no processo de reprodução de obras” (BEZERRA, 2006, p. 11). Tais obras foram a representação do conhecimento de grandes escritores da época medieval, algumas chegando aos nossos tempos através das cópias feitas pelos monges copistas. Podemos destacar então, aqui, o mosteiro de “Vivarium”, onde o seu fundador, Cassiodoro, escreveu um livro de regras de transcrição de manuscritos e instalou nele, segundo a tradição, o primeiro scriptorium da história, que era um setor do mosteiro reservado à atividade de copiar (RAMOS, 2011).

A evolução da escrita foi se sucedendo, até que houve a explosão da imprensa de Gutenberg, fazendo com que a informação se propagasse mais rapidamente e daí nascendo uma necessidade maior de organização destas informações, tornando o ato de representar tematicamente certos tipos de documentos, o ponto inicial desse processo. Segundo Perles (2007, p. 7)

O sistema de prensa tipográfica criado por Gutenberg, associado às possibilidades oferecidas pelo alfabeto romano, composto de pouquíssimas letras quando comparado aos inúmeros ideogramas chineses, não somente possibilitou a produção de livros em grande escala, como propiciou o surgimento do jornal.

Baseado em tais palavras, podemos considerar a invenção da imprensa de Gutenberg, um dos grandes marcos da representação do conhecimento humano, pois sabemos que ela tornou mais rápida a produção de tais representações, que na época eram os livros e também os jornais. Bezerra (2006, p. 12) diz que: “A invenção da imprensa por Gutemberg acelerou o processo de divulgação da informação”.

Porém

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