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CONTROLE DE VALOR

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Por:   •  23/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  221 Visualizações

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GESTÃO BASEADA EM VALOR

14/12/2012.

1. INTRODUÇÃO

A maximização do valor de um negócio constitui a meta financeira desejada por qualquer empresa, em um mundo cada vez mais complexo e exigente. Ainda mais, que as tomadas de decisões procuram retratar a realidade de um ambiente econômico, conseqüentemente estabelecido por premissas e hipóteses comportamentais e decisórias que podem afetar definitivamente os resultados almejados.

2. GESTÃO BASEADA EM VALOR

A gestão financeira é, sem dúvida, uma das áreas de maior relevância dentro de uma organização. Até pouco tempo, prevalecia nas empresas a visão de que lucro significava geração de valor. Com o advento da globalização, o aumento da concorrência (e consequente aumento da oferta) e a percepção do cliente como parceiro da empresa, surgiu a necessidade de buscar um novo tipo de gestão, na qual seja possível atender aos interesses dos consumidores, fornecedores, colaboradores ou, principalmente, os acionistas; Surge, então, a gestão baseada em valor, que busca aumentar a riqueza dos acionistas, remunerando os custos implícitos de oportunidade de capital investido. Tal modelo de gestão visa o longo prazo, a perpetuidade, a vantagem competitiva e, principalmente, o aumento da riqueza, o que depende, essencialmente, da qualidade das decisões tomadas. Esse modelo de gestão, parte integrante da estratégia empresarial, vai além dos métodos tradicionais da contabilidade-que apontam somente o lucro-buscando a maximização da riqueza e levando à manutenção dos investimentos na organização. Assim, o preço das ações sobe e, consequentemente, o valor da empresa no mercado, atraindo novos investidores.

O aumento do valor da empresa se dá através de determinados fatores. Eles podem e devem ser variáveis de acordo com cada organização, visto que os objetivos e cultura são diferentes de uma para outra, além de estarem inseridas em ambientes externos diversos. O desafio é, portanto, descobrir quais são esses fatores e maximizar sua eficiência, conscientizando cada colaborador de seu papel, de modo que a organização alcance sempre um valor superior ao atual, atraindo novos investidores e incentivando a permanência daqueles já presentes. Não há uma fórmula para gerar valor, mas através de estudo de empresas que adotam esse tipo de gestão pode-se encontrar exemplos de ações bem-sucedidas que auxiliem no desenvolvimento do processo interno de geração de valor. A gestão baseada no valor vem ganhando espaço entre os administradores mais atentos ao mercado e dos mais diversos ramos de negócio e tem se revelado importante ferramenta para oferecer remuneração adequada aos acionistas, tornando-se aliada das organizações que desejam ser mais competitivas e ter maior longevidade em um mercado cada vez mais globalizado e dinâmico, com mais concorrentes e clientes cada vez mais exigentes.

2.1 Incentivos Baseado no EVA

O EVA apresenta um conjunto de características que o tornam mais completo e preciso do que as tradicionais métricas de avaliação da performance das empresas, pelo que implementá-lo na sua empresa poderá trazer benefícios reais. O EVA® (Economic Value Added) pode definir-se como os proveitos gerados por uma empresa depois de subtraídos os custos inerentes ao seu funcionamento e os custos do capital nela investido. Consideram-se como custos de capital não só os custos de financiamento por capitais alheios como também os custos dos capitais próprios.

Neste aspecto reside a principal contribuição do EVA para a quantificação do lucro. Ao admitir que os capitais próprios não são gratuitos, ao contrário do que acontece com o sistema de contabilidade tradicional, o EVA fornece uma visão mais verdadeira do valor criado pelas empresas. Vejamos um exemplo prático para simplificação: suponhamos que determinada empresa investe 20.000€ em equipamento produtivo com o qual espera obter uma margem bruta de 5.000€ anuais e que suporta custos de manutenção e seguros anuais no valor de 1.500€. Vamos admitir que financia este investimento com um empréstimo bancário de 8.000€ a uma taxa anual de 5% e que o restante é financiado com capitais próprios. Será que este projeto cria ou destrói valor? Neste caso, embora a visão da contabilidade tradicional nos forneça um lucro de 825€, o valor econômico criado na perspectiva EVA é negativo (-375€). A diferença reside no custo do capital próprio, que para o cálculo foi considerado como sendo de 10% ao ano. Assim, este projeto não gera valor suficiente para remunerar os capitais investidos.

Ao contrário do que acontece com os capitais alheios, que têm um custo conhecido sob a forma de uma taxa de juro, o custo dos capitais próprios é indireto: ele traduz as expectativas dos investidores quanto ao retorno dos seus investimentos. De certa forma, pode-se argumentar que o cálculo do custo dos capitais próprios é subjetivo, mas ignorá-lo de todo nos impediria de revelar o real valor criado por uma empresa para os seus proprietários.

Para calcular o custo dos capitais próprios, podemos adotar o seguinte raciocínio: um investidor exige uma taxa de retorno tomando em consideração o risco associado à empresa e o retorno esperado de empresas com características idênticas. Em linguagem da teoria financeira poderia traduzir-se esta ideia através da soma de uma taxa de juro de mercado sem risco com um prêmio de risco específico da empresa. No exemplo seria 3.5% + 6.5%=10%.

Para implementar o EVA na sua empresa não bastará no entanto acrescentar mais uma linha à Demonstração de Resultados. São necessários determinados ajustamentos à contabilidade para que seja possível apurar não o lucro determinado pelos princípios contabilísticos, mas antes o verdadeiro cash-flow gerado pela empresa. Entende-se, segundo a lógica do EVA, que o cash-flow é uma medida mais eficaz da performance da empresa pelo que se devem eliminar as distorções ao cash flow criadas pela contabilidade. De outro modo considera-se que alguns custos contabilísticos são verdadeiros investimentos sob o ponto de vista econômico, dado o seu carácter de permanência, e que devem ser reconhecidos como tal. Existem cerca de 160 ajustamentos possíveis a fazer à contabilidade, no apuramento do EVA. Ajustamentos estes que poderão passar pela capitalização de custos com investigação e desenvolvimento, alugueres operacionais e amortizações de goodwill. Poderão também desconsiderar

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