CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES DE LONGA PERMANÊNCIA

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES DE LONGA PERMANÊNCIA

1. INTRODUÇÃO

A utilização de cateter vascular foi introduzido nos nosocômios na década de 40, tornando-se essencial para a assistência de saúde na atualidade. Embora esse dispositivo intravascular permita um acesso rápido à corrente sanguínea, ele está diretamente relacionado ocorrência de bacteremias e candedemias, com taxas significativas de morbidade, mortalidade e elevados custos hospitalares.1

A utilização dos cateteres de longa permanência requer muitos cuidados, visto que muitas complicações estão relacionadas ao seu implante, a sua manipulação e a sua manutenção. Sendo a infecção uma das complicações mais decorrentes do uso do cateter de longa permanência (CLP), provocando um alto índice de morbimortalidade, com riscos e agravos em pacientes imunossuprimidos e com baixa imunidade. A infecção também é a causa de reinternações de pacientes.2 As taxas de infecção relacionadas ao uso do cateter variam de acordo com o sítio e a técnica de inserção, o número de lumens, o tipo de cateter, o tempo de permanência, os fatores intrínsecos do paciente, o tipo de solução infundida e o preparo da equipe que o manuseia.4,5

A incidência da infecção de corrente sanguínea (ICS) relacionada ao cateter de longa permanência (CLP) no Brasil varia de 3,2 a 40,4 episódios por mil dias de cateter e a mortalidade atribuída a essa topografia varia de 6,7% a 75%. Estas infecções compreendem os casos em que o mesmo micro-organismo isolado na cultura do segmento do cateter é identificada na corrente sanguínea, sem outra fonte aparente para a bacteremia.

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