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Caio Vasconcelos

Artigo: Caio Vasconcelos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/6/2013  •  1.405 Palavras (6 Páginas)  •  585 Visualizações

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RESUMO: O uso do gesso em edificações vem aumentando conforme a necessidade de matérias primas devido ao constante aumento das construções civis. Um fator que vem facilitando a utilização deste material é a evolução das pesquisas, na área de reciclagem deste produto, porém um fator contrário é a carência de locais especializados para a coleta deste material. Estas práticas de reutilização trazem diversos benefícios tanto economicamente como ambientalmente, pois além de diminuir o custo da obra, há uma redução da deposição desses resíduos no meio ambiente.

PALAVRAS-CHAVE: Gesso; Resíduos; Construções civis; Reciclagem.

ABSTRACT: The use of plaster in edifications is increasing by the need for raw materials due the constant increase of this material is the evolution of researches, at the area of recycling of this product, but an opposite factor is that the need of specialized places to collect this material. These practices of reutilizations bring a lot of benefits to the economy and to the environment, besides decreases the cost of the work, there is a reduction of deposition of these waste in the environment.

KEYWORDS: Plaster; Waste; Civil constructions; Recycling.

1 INTRODUÇÃO

Um tema bastante discutido na atualidade é a reciclagem de materiais da construção civil, devido a sua importância no quadro de sustentabilidade e principalmente por conta dos impactos ambientais proporcionados por eles quando depositados em locais impróprios.

Esse trabalho tem como objetivo demonstrar, por meio de uma revisão de literatura, um tratamento específico para reciclagem de resíduos, no caso o gesso, com intuito de incentivar o reaproveitamento do material reciclável nos canteiros das obras. Esse reaproveitamento é de tamanha eficiência já que o gesso é tão usado nas construções devido à eficiência de suas propriedades, visto que elas não são alteradas após passarem pelo processo de reciclagem. Uma de suas propriedades, por exemplo, a tecnologia DRYWALL, que é a utilização do gesso nas vedações internas, material de revestimento em tetos e paredes e material de fundição na produção de placas de forros, sancas e molduras (MORAES, 2011; CARVALHO, 2009).

Destaca-se também a grande preocupação da legislação do meio ambiente com o despejo do material, intensificando assim a importância do reaproveitamento.

Segundo Ahmed (2010, apud VIEIRA, 2011) durante os três estágios do gesso, a produção, construção e demolição, cerca de 15 milhões de resíduos de gesso são gerados anualmente no mundo. É considerado um grave problema devido à escassez de terra preenchendo o espaço, o aumentando do escoamento e os regulamentos ambientais.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no ano de 2002 publicou a resolução nº 307, onde caracterizava o gesso na classe C onde o material não tem técnica tecnológica desenvolvida para sua reciclagem. Porém no ano de 2011, isso mudou quando a Engenheira Civil, Sayonara Pinheiro, fez um estudo para sua reciclagem e descobriu toda a viabilidade para sua reciclagem, onde no mesmo ano o CONAMA publicou a resolução nº 431 estabelecendo o material na classe B, como resíduos recicláveis para outras destinações. Contudo, este artigo procura demonstrar de tal maneira que o gesso é viável sim para reciclagem podendo ser reaproveitado.

2 MATÉRIA PRIMA E EXTRAÇÃO

A matéria prima do gesso é o minério de gipsita, cujas maiores jazidas estão localizadas no pólo gesseiro de Araripe, no sertão de Pernambuco onde o minério é extraído e

beneficiado por 37 minas, 100 calcinadoras e 300 pequenas produtoras de artefatos.

O minério da gipsita passa por dois processos antes de transforma-se em gesso, esses processos são: a calcinação, decomposição a quente, responsável pelo consumo de 58% da produção nacional de gipsita, o setor de calcinação destina seu produto, em ordem decrescente, aos segmentos de fundição, revestimentos, moldes cerâmicos e outros. Também a moagem, remoção de impurezas. Durante a moagem, o minério é reduzido a dimensões inferiores a 25 mm, granulometria necessária para o processo de calcinação do material. O peneiramento é realizado para garantir a dimensão máxima dos grãos de gipsita (PINHEIRO, 2012).

A extração dessa matéria prima representa cerca de 1,9 milhões de toneladas por ano no Brasil. O pólo gesseiro de Araripe é responsável por maior parte dessa produção, tendo como principais consumidores os estados da região sudeste (PINHEIRO, 2012).

Para a produção do gesso de construção, todas as impurezas são indesejáveis, por reduzirem o teor de hemi-hidratos e anidritas no material, que são responsáveis pelas características aglomerantes do gesso.

O gesso de construção é produzido pela calcinação da gipsita natural ou da gipsita residual, em fornos industriais, sob pressão atmosférica. O produto final, gesso de construção, é constituído por sulfato de cálcio hemi-hidratado (CaSO4•0,5H2O), anidritas solúveis e insolúveis (CaSO4) e sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO4•2H2O) (PINHEIRO, 2012).

Após a extração, os blocos de minério de gipsita são fragmentados mecanicamente de forma a viabilizar seu transporte até o setor de britagem, em geral, localizado junto às minas.

3 IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS

A reciclagem do gesso se mostra tão necessária devido os grandes problemas que ele pode causar. A deposição de resíduos de gesso no meio ambiente pode ocasionar problemas sociais e ambientais causando sérios riscos a saúde humana (MEDEIROS, 2003).

Um dos impactos sociais causados pelo gesso é o êxodo rural, devido à substituição de antigas áreas de produção agrícola por lavras de gipsita,

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