Carlota Joaquina Princesa Do Brazil

“Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”

Carlota Joaquina, Princesa do Brazil é um filme histórico e satírico, lançado em 1995 e dirigido por Carla Camurati. Foi estrelado por Marieta Severo e Marco Nanini.

O filme conta a história da fuga da família real em 1807, para escapar das tropas napoleônicas que invadiam Portugal, Dom João, Carlota Joaquina e a corte transferem-se às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real e grande parte da nobreza portuguesa viveria exilada por 13 anos.

Enfrentando as saunas em que os navios da época se transformavam nos Trópicos, com água e refeições racionadas, condições sanitárias precaríssimas, a Corte e seus inúmeros lacaios e bajuladores – oportunistas com suas numerosas famílias, penou em uma viagem que levou 3 meses. Doenças adquiridas ao longo da viagem ceifaram muitas vidas.

“A grama do vizinho é mais verde?”

(0:44:00 a 0:47:20) Uma infestação de piolhos obrigou a todos a rasparem a cabeça, e um fato curioso é que a princesa Carlota Joaquina, suas filhas e damas da corte desembarcaram com uns turbantes enrolados na cabeça para disfarçar a cabeça raspada por causa da infestação de piolhos.

As damas da sociedade pensaram ser aquela uma moda européia e aderiram com tal entusiasmo que até hoje as Baianas usam a indumentária…

E hoje ainda é assim. Achamos que tudo o que vem de fora é melhor e estamos sempre prontos a copiar.

E isso é no cinema, música, moda... Infelizmente isso faz parte da formação de nossa cultura, afinal de contas somos um país colonizado.Podemos dizer que está em nosso DNA.

Copiamos quase tudo o que vem de fora, exemplo disso é que sempre que vendedores, comerciantes, a mídia querem nos convencer de alguma “moda” nova usam a famosa frase como argumentação: “mas isso já se faz a tempos nos Estados Unidos e na Europa”.

“Contratações irregulares”

(Cenas 1:56:50 a 1:57:16 e 1:14:08 a 1:15:15) No filme, os brasileiros são satirizados como puxa-sacos e aproveitadores que servem aos caprichos da corte portuguesa em troca de migalhas e falsos títulos de nobreza. Algumas cenas mostram Dom João IV nomeando pessoas que não tinham conhecimento nenhum como marqueses, duques (as) e influentes da coroa.

Algumas destas nomeações aconteceram com o intuito de afastar os amantes de sua esposa, o que foi o caso do comendador Fernando Carneiro Leão, que foi o primeiro diretor do Banco do Brasil.

Hoje isso ainda acontece. Em Belo Horizonte, para cada servidor aprovado em concurso na Câmara de Belo Horizonte há quase dois que estão lá por indicação dos vereadores e que são amigos e parentes dos mesmos.

A Câmara Municipal de Belo Horizonte tem atualmente 673 servidores comissionados, quase o dobro dos efetivos, 340. E a diferença pode aumentar, pois há mais 96 cargos em comissão que podem ser preenchidos a qualquer momento por indicação política. O custo com os servidores de confiança pode chegar a R$ 2,3 milhões por mês. O número de terceirizados também chama a atenção, são 283. Só nos gabinetes, cada vereador conta com uma verba de R$ 42.661 para contratar até 15 funcionários. Os salários nos escritórios dos parlamentares variam de R$ 653,10 – referente ao cargo de auxiliar legislativo e assessor de relações comunitárias, assistente de comissões III e assistente de relações institucionais I – a R$ 9.625,34, que é o quanto recebe um assessor técnico.

Como se não bastasse o número elevado de cargos de confiança,