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Condições De Trabalho

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Por:   •  3/11/2014  •  5.779 Palavras (24 Páginas)  •  159 Visualizações

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1

CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS DE BH:

espaços ocupacionais, formação e exercício profissional

Reginaldo Guiraldelli1

Fabrícia Cristina de Castro Maciel2

Kênia Augusta Figueiredo3

RESUMO

O objetivo deste texto é apresentar, de forma aproximativa, as condições de trabalho dos

assistentes sociais inseridos nos diversos espaços sócio-ocupacionais no município de Belo

Horizonte. Para atingirmos os propósitos da pesquisa, consideramos determinados eixos de

análise, a partir de abordagens singulares sem perder de vista a perspectiva da totalidade.

Assim, buscamos contemplar na pesquisa realizada, o perfil profissional dos assistentes

sociais, enfatizando aspectos da formação, da vida familiar e social, das competências e das

atribuições profissionais nos diferentes espaços de atuação. Também, na pesquisa com os

assistentes sociais, objetivamos conhecer, mesmo com todas as limitações de uma

investigação científica, as possibilidades, limites e desafios postos ao Serviço Social em um

quadro de desestruturação, precarização e flexibilização do mundo do trabalho, que trazem

implicações diretas e indiretas ao projeto ético-político profissional.

Palavras-chave: Serviço Social; Trabalho; Formação; Projeto Profissional; Espaços

Ocupacionais.

1

Assistente social, mestre e doutor em Serviço Social pela UNESP/Franca-SP e Docente do Departamento de

Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB).

Endereço Profissional: Campus Universitário Darcy Ribeiro - ICC Ala Norte - Departamento de Serviço Social Asa Norte - Brasília – DF. Telefone: (61)3107-7504. e-mail: reginaldog@unb.br

2

Assistente social, mestre em

Administração Pública pela Fundação João Pinheiro/Escola de Governo de Minas

Gerais. Coordenadora e docente do Curso de Serviço Social do Centro Universitário UNA/BH.

Endereço profissional: Campus Barro Preto, Rua Goitacazes nº 1159, Barro Preto. Belo Horizonte – MG.

Telefone: (31)3508-6617. e-mail: fabricia.maciel@prof.una.br

3

Assistente social, mestre em Serviço Social pela UERJ e doutoranda em Comunicação pela UnB. Docente do

Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB).

Endereço Profissional: Campus Universitário Darcy Ribeiro - ICC Ala Norte - Departamento de Serviço Social Asa Norte - Brasília – DF. Telefone: (61)3107-7492. e-mail: keniaugusta@unb.br

2

INTRODUÇÃO

Contextualizar o Serviço Social do ponto de vista dos elementos que compõe a

formação do assistente social até as questões postas ao exercício profissional na segunda

década do século XXI não é tarefa fácil. Trilhar esse caminho exige da categoria análise

profunda, rigorosa, crítica e um debate coletivo que assegure princípios consolidados ao

longo dos últimos anos e resultantes de árduas lutas.

O atual estágio do capitalismo mundial, marcado pela financeirização e sustentado

pelo monopólio das grandes corporações imperialistas, tem demonstrado um quadro cada

vez maior de concentração, centralização e acumulação do capital, intensificando a

desigualdade social. O que se evidencia na atualidade é um crescente quadro de

miserabilidade, de exploração e opressão dos trabalhadores em detrimento da riqueza

acumulada nas mãos de um pequeno grupo.

Mesmo em face de uma crise sistêmica do capitalismo contemporâneo, o que se

observa são estratégias

em todos os campos, seja no político, econômico, ideológico,

cultural e social, para sustentar a lógica da acumulação da riqueza mediante a exploração do

trabalho e intensificação da miséria.

Nesse sentido, também se redesenha e redefine o papel do Estado, com seu traço

neoliberal, no que tange às respostas dadas à classe trabalhadora em relação aos direitos

sociais. O Estado se apresenta de forma minimalista, reforçando os preceitos do

assistencialismo, do voluntarismo e da filantropização, desconsiderando as orientações de

cunho universal previstas constitucionalmente.

Sendo assim, é necessário situar o Serviço Social frente às profundas transformações

societárias ocorridas nas últimas décadas, em especial no mundo do trabalho e na esfera

estatal com o advento do neoliberalismo, pois tais alterações trouxeram rebatimentos para

a classe trabalhadora, tendo em vista o agravamento da questão social.

Portanto, pensar o Serviço Social na ordem capitalista contemporânea, é

compreendê-lo numa lógica contraditória, que ao mesmo tempo em que se sustenta a

exploração e degradação das relações de trabalho, o desemprego, a informalidade, o

desmonte

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