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Conflito Na Equipe

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Por:   •  14/5/2014  •  1.883 Palavras (8 Páginas)  •  358 Visualizações

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“CONFLITOS NA EQUIPE:

COM A PALAVRA O ENFERMEIRO ASSISTENCIAL”

I. INTRODUÇÃO

O interesse em realizar esta pesquisa, surgiu com o crescente de novas tecnologias na saúde, que vem mobilizando cada vez mais os profissionais da enfermagem a manterem-se atualizados. Se por um lado este fator é de suma importância e valia para o crescimento da saúde em nosso país e o desenvolvimento da enfermagem, por outro, muitas vezes, gera uma maior competitividade entre os profissionais, uma maior insegurança em relação ao trabalho e uma resistência a mudanças. Acredito que desta gama de sentimentos, muitas vezes eclodam os conflitos. Neste cenário de mudanças e de relações interpessoais conflituosas entre os membros da equipe de enfermagem e da equipe multidisciplinar, o enfermeiro assistencial muitas vezes, acaba fazendo o papel de “apaziguador”, entre as exigências do administrativo e as dificuldades da assistência.

“As organizações hospitalares constituem espaços sociais heterogêneos nos quais interagem diferentes grupos e papéis. Possuem uma dinâmica interna que, no cotidiano, atualiza identidades, hierarquias, conflitos e alianças”¹.

Importante salientar, que estes grupos, denominados no ambiente hospitalar como, equipes, apesar de heterogêneos em suas especificidades, constituem papel fundamental para o desenvolvimento da assistência nestes serviços. Por este motivo, é importante que a gestão possua, compreensão dos fatores que potencializam ou restrigem a efetividade deste trabalho em equipe; alguns autores destacam o conflito intragrupal, como um dos fatores que afetam a efetividade de uma equipe².

Os conflitos surgem, quando no grupo, ou equipe as pessoas se colocam em posições contrarias, baseadas em diferentes percepções ou idéias. Estes conflitos podem ter carater positivo, quando são utilizados como fatores de mudanças benéficas ao grupo, a organização e as pessoas que o compõe, gerando assim crescimento pessoal, a inovação e a criatividade. Ou podem tornar-se prejudiciais a organização se não forem conduzidos corretamente.³

Para Cecílio4, existem duas formas de conflitos presentes nas Instituições de saúde, os denominados conflitos abertos, que são mais aparentes ou que incomodam, e desta forma, como o próprio autor denomina “invadem a agenda da gestão”; e os denominados conflitos encobertos, que soam como ruídos nas instituições, e geralmente, não são vistos como problema para a gestão.

Partindo da premissa que, em um hospital o maior número de funcionários, são os profissionais da enfermagem, estes acabam sendo os mais afetados por estes conflitos, sejam, abertos ou encoberto. Gerando muitas vezes, sofrimento e desmotivação na equipe.

Percebe-se que os auxiliares e técnicos de enfermagem, possuem um nível de organização e reivindicação muito baixo, fazendo com que os gestores em geral, não sintam necessidade de usar estratégias de regulação de conflito e nem mecanismos formais de integração.5

Em estudo desenvolvido por Azambuja6, onde o objetivo era compreender quais ações desenvolvidas pelos trabalhadores da enfermagem potencializavam a sua saúde ou o seu desgaste, os autores encontraram como principais resultados para o desgaste da saúde destes profissionais, as más condições de trabalho e os problemas nas relações interpessoais.

Medeiros7, em seu artigo, nos convida a pensar sobre o sofrimento psíquico que muitos funcionários da equipe de enfermagem enfrentam, pela precariedade das condições de trabalho, pelo excesso de carga horária e pela dificuldade de convivência com seus colegas de profissão. Trabalhar para Medeiros não é apenas exercer atividades produtivas, mas também conviver, deste modo, uma gestão eficiente deve preocupar-se com a área técnica e cuidar das relações humanas no trabalho.

Tamayo8, em seu estudo sobre o burnout na enfermagem, afirma que esta é considerada uma categoria ocupacional, especialmente vulnerável a este tipo de síndrome psicológica. Para o autor, o número reduzido de profissionais, as dificuldades em delimitar seu papel profissional, os conflitos interpessoais, a falta de reconhecimento e valorização, a carga horária excessiva de trabalho, a má remuneração salarial, o confronto diário com a dor, entre outras atribuições da equipe de enfermagem, seriam as causas desta realidade.

Surge então, o papel importante do enfermeiro assistencial, que como centralizador da equipe, depara-se com situações diversas, entre elas destacam-se as situações que exigem a mediação de conflitos. O processo de mediar um conflito torna-se fundamental, no trabalho cotidiano do enfermeiro9.

Spaniol3, pontua alguns dos princípios essenciais para o mediador de conflitos, são eles: ter credibilidade, ser imparcial, apresentar conhecimento da situação, ser leal e flexível nas atitudes, ter clareza na linguagem e confidencialidade no processo de mediação.

Notamos atualmente que o enfermeiro assistencial, está cada vez mais envolvido nas questões gerenciais, os conflitos sob diversos enfoques, tem motivado os enfermeiros a obtenção de novos conhecimentos, tomando por base, principalmente os conhecimentos teóricos-filosóficos do campo da administração.10

Em seu artigo, Cecílio4 propõe, uma matriz de análise de conflito, baseada em sua experiência pessoal, como ferramenta gerencial. Esta ferramenta, visa uma análise minuciosa do conflito, divida em quatro etapas: 1) identificar o conflito; 2) caracterizar as tensões constitutivas do conflito (as pessoas envolvidas, a apreciação que fazem do conflito...); 3) identificar como se lida atualmente com o conflito e 4) novas possibilidades de lidar-se com o conflito.

Alguns autores, apontam a comunicação como importante ferramenta utilizada na resolução de conflitos. Acreditam que o enfermeiro deve ter habilidades comunicativas e sempre que possível incentivar o diálogo na equipe. 11 12

Por tudo isso, não nos restam dúvidas, quanto a importância, do enfermeiro assistencial, possuir, competências, para mediação dos conflitos. Por este motivo, o presente trabalho tem o objetivo de conhecer o que os enfermeiros entendem por conflitos e como lidam frente as situações conflituosas no ambiente de trabalho.

OBJETIVOS

- Conhecer o que os enfermeiros compreendem por “conflito” e

-Identificar aspectos comportamentais semelhantes entre os enfermeiros assistenciais frente aos conflitos na equipe.

III. MÉTODO

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