Construído e Construtor da Sociedade

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

Vitória - 2011

ELMA GUIMARÃES BATISTA PIROLA

SUJEITO:

Construído e Construtor da Sociedade

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Sociologia da Educação, Teoria Geral do Conhecimento, Processo Educativo no Contexto Histórico, Psicologia da Educação I.

Tutora Eletrônica: Valéria Miato Andreatti

Professores: Okçana Battini

Márcia Bastos

Bernadete Strang

Carlos Eduardo

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................. 3

2 SUJEITO CONSTRUÍDO E CONSTRUTOR DA SOCIEDADE........... 4

3 CONCLUSÃO............................................................... 6

REFERÊNCIAS ........................................................................7

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1 INTRODUÇÃO

Um individuo sem formação escolar e sem conhecimentos básicos, tendem a ser um individuo sem crescimentos intelectuais e profissionais, deixando-o a mercê do descaso social.

Todo cidadão tem o direito de ser instruído, de aprender a ler e escrever, de ser um cidadão ativo na sociedade, de participar na comunidade e na política de seu país reivindicando seus direitos e exercendo seus deveres sociais.

O presente estudo tem como principal objetivo mostrar como o professor pode contribuir para formação de um sujeito construtor e construído pela sociedade.

A formação desse sujeito deve possibilitar conhecimentos básicos, dentro de um contexto histórico e político dos direitos humanos e da cidadania, a mudança de valores, atitudes e posturas.

Deve se construir um projeto pedagógico, democrático e participativo para que esta formação seja assumida coletivamente pelo sujeito.

2 SUJEITO CONSTRUÍDO E CONSTRUTOR DA SOCIEDADE

Conforme ressalta Norberto Bobbio 1992 p.25,

“O problema que temos diante de nós não é filosófico, mas jurídico e, num sentido mais amplo, político. Não se tratam de saber quais e quantos são esses direitos, qual é a sua natureza e o seu fundamento, se são direitos naturais ou históricos, absolutos ou relativos, mas sim qual é o modo mais seguro para garanti-los, para impedir que, apesar das solenes declarações, eles sejam continuamente violados”

Todo ser humano tem o direito de ser instruído para que possa ser defensor de seus próprios ideais. Quando ainda criança, tem como auxiliador seus pais, e isto ocorre até chegar à idade escolar, é quando esta tarefa passa a ser administrada pelo professor, que tem como objetivo complementar os ensinamentos paternos levando assim esta criança a se tornar um sujeito completamente construído na sociedade.

O ser humano é chamado a responder como indivíduo calculante no interior do sistema, passando por um processo no qual ele se revela, que não se pode viver sem se fazer-se sujeito. E quando se senti aceito, reconhecido e amado encontra forças para enfrentar com segurança e sem medo as soluções mais criativas e humanas, passando a ter o desejo de ver um mundo novo e diferente, procurando soluções que não levam em conta os limites da condição humana, econômicos, sociais e políticas. Ele passa a aprender (assimilar mentalmente, entender, compreender) que o conhecimento não se dá na passividade do sujeito.

“O homem é um ser essencialmente social e histórico que, na sua relação com outros, em uma atividade prática comum, intermediado pela linguagem, se constitui e se desenvolve enquanto sujeito” (Bakhtin, 1999).

O educador encontra na pedagogia diferenciada um novo rumo para viabilizar e mobilizar este ensinamento fazendo os alunos se tornarem parte de uma sociedade cooperativa e intencional para atingir a finalidade da construção do saber consciente, crítico e reflexivo.

É comum encontrarmos um ensino mecanicamente memorizado sem contextos e significados, e para revertermos este quadro devemos trabalhar com uma aprendizagem significativa dando sentido a linguagem e relacionando o conhecimento com o cotidiano.

O educador tem o desafio de provocar um processo de aprendizado no interior do sujeito para que ele alcance o conhecimento significativo na construção do saber e aprender.

Possenti (2000, p.48) enfatiza, “não se aprende através de exercícios, atividade de cópia e memorização, nem através do ensino de gramática”. A competência da leitura e escrita se constrói através de prática significativa, contextualizada e efetiva de textos variados.

Quando um sujeito é construído socialmente ele passa a ter outra visão do que está a sua volta fazendo assim novas perspectivas de vida, podendo argumentar seus conceitos e idéias do que gostaria para se próprio, e sua comunidade. Mostrando seus direitos e deveres como cidadão construtor, podendo assim expor os seus objetivos e projetos para melhorias sociais e políticas.