Crescimento E Desenvolvimento Econômico

O desenvolvimento econômico de um país ou estados-nação é o processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população. A medida mais geral de desenvolvimento econômico é a do aumento da renda por habitante porque esta mede aproximadamente o aumento geral da produtividade; já os níveis comparativos de desenvolvimento econômico são geralmente medidos pela renda em termos de PPP (purchasing Power parity) por habitante porque a renda ou produto do país corrigido dessa maneira avalia melhor a capacidade média de consumo da população do que a renda nominal. Há casos, entretanto, especialmente nos países produtores de petróleo, que renda per capita. Não reflete em absoluto o nível de produtividade e de desenvolvimento econômico de um país. Uma alternativa é o índice de desenvolvimento humano, que foi um importante avanço na avaliação do desenvolvimento econômico, mas não substitui as duas rendas por habitante anteriores, antes as complementa. O desenvolvimento econômico supõe uma sociedade capitalista organizada na forma de um estado-nação onde há empresários e trabalhadores, lucros e salários, acumulação de capital e progresso técnico, um mercado coordenando o sistema econômico e um estado regulando esse mercando e complementando sua ação coordenadora.

1.CRESCIMENTO ECONÔMICO

É preciso fazer uma distinção entre os vários tipos de crescimento econômico ou econômico. A forma mais clássica e tradicional de se medir o crescimento econômico de um país é medir o crescimento de seu Produto Interno Bruto - PIB. Quando se pretende fazer comparações internacionais o método mais eficaz é o método da Paridade do poder de compra. Outros métodos que utilizam a taxa de câmbio geralmente sofrem enfeixamentos devido à especulação do mercado cambial ou políticas cambiais. Além disso, a taxa de câmbio não têm em conta os produtos não transaccionaveis internacionalmente, como os serviços (barbeiro, alimentação, hotéis, saúde, etc.).

Convém distinguir crescimento econômico de desenvolvimento econômico: enquanto o primeiro se refere ao PIB, o desenvolvimento econômico é um conceito que envolve outros aspectos relacionados com o bem-estar duma nação, como os níveis de Educação, Saúde, entre outros indicadores de bem-estar.

• Crescimento econômico: conceito quantitativo que exprime apenas a riqueza produzida num país. Corresponde ao aumento da riqueza, resultante da produção de bens e serviços de um país, não havendo grande preocupação na forma como está distribuída pela população.

• Principais indicadores de crescimento econômico PIB (Produto Interno Bruto) valor do conjunto de bens e serviços produzidos num determinado país, pelos nacionais e estrangeiros, num determinado período de tempo. Se esse valor for dividido pelo total de habitantes do país, obtém-se o PIB por habitante ou PIB per capita PNB (Produto Nacional Bruto) valor do conjunto de bens e serviços produzidos pelos nacionais de um país, não só no seu território, mas também no estrangeiro, num determinado período de tempo.

• Estrutura da população ativa (repartição da população ativa pelos sectores de atividade)

• Desenvolvimento econômico: conceito qualitativo (contempla aspectos como nível de vida, bem-estar e qualidade de vida da população). Mede-se pelo grau de satisfação das necessidades (básicas e secundárias) de uma população (rendimentos, saúde, educação, habitação, lazer), de forma a promover o seu bem-estar e a melhorar a qualidade de vida. Contemplam, simultaneamente, aspectos de natureza quantitativa e qualitativa, englobando condições econômicas, sociais, culturais, políticas, psicológicas, científicas e ambientais.

• Bem-estar: estado variável de pessoa para pessoa, que constitui o resultado da diferença entre aquilo que se espera (expectativas) e o que, de fato, se consegue (realidade)

• Qualidade de vida: condições reais de vida de um indivíduo como, por exemplo, o tipo de habitação em que residem, os serviços de saúde a que tem acesso, as escolas de que dispõe,a qualidade do ar que respira, os espaços verdes de que usufrui, entre outros aspectos.

• Desenvolvimento sustentável: processo de desenvolvimento baseado numa gestão racional dos recursos do planeta, o que permite, por um lado, satisfazer as necessidades das gerações atuais e, por outro, salva guardar os interesses das gerações futuras.

2. TEORIA DO CRESCIMENTO ECOMONICO

Existem várias teorias de crescimento econômico: a corrente clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus), a corrente Keynesiana (Damodar-Harrod, Kaldor), a corrente neo-clássica (Solow), crescimento endógeno (Lucas e Romer), entre outras mais recentes.

2.1 Corrente Clássicas

A corrente clássica, do século XVIII e XIX defendia um limite máximo ao crescimento, imposto pelos limites da terra arável. Thomas Malthus defendia que o crescimento das nações se assemelhava às tribos: cresciam em população até um ponto onde se tornava insustentável (por não haver comida, espaço, roupa para todos), onde a guerra, doença ou emigração diminuíam a população, começando novamente o aumento da população. David Ricardo defendia que a terra arável apresentava rendimentos marginais decrescentes, devido ao desgaste dos nutrientes, e esse fator limitava o crescimento das nações até um ponto de "steady state".

2.2 Corrente Keynesiana

A corrente keynesiana, ilustrada pelo modelo de crescimento de Damodar-Harrod, baseia-se na ideia que há uma relação direta entre o nível de investimentos (em capital físico, ou formação bruta de capital fixo), poupança de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Este modelo assume que os principais decisores da taxa de crescimento dos países são os investidores. Aqui os investidores decidem o seu nível de investimento conforme as suas expectativas (animal spirits de Keynes) e essas expectativas vão ditar os níveis de investimento do longo prazo. Não há equilíbrio neste modelo.

2.3 Corrente Neoclássicas

O Modelo