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Cria De Gado Nelore

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Por:   •  13/11/2013  •  2.177 Palavras (9 Páginas)  •  563 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Nelore é o nome de um distrito da antiga Província de Madras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, onde foram embarcados os primeiros animais para o Brasil. Hoje em dia, quando se fala em produção de carne, essa raça é a primeira a ser lembrada.

Estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 200 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou nelorado, o que equivale a mais de 100 milhões de cabeças. Esses dados mostram que a raça apresenta resultados extremamente positivos sendo a mais importante raça para produção de carne no país. Para quem deseja trabalhar n setor pecuário brasileiro, é fundamental o conhecimento dessa raça.

HISTORICO E ORIGEM DA RAÇA

A história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes da era cristã, quando os arianos levaram os animais para o continente indiano.

O rebanho indiano é constituído, na sua grande maioria, de animais mestiços, de tipos variáveis, em razão da falta de divisões de pastos e das grandes distâncias que são obrigados a percorrer em busca de alimentos durante certas épocas de escassez. Alguns poucos núcleos de animais foram selecionados pelos criadores locais e constituíam tipos ou raças com características próximas dos troncos fixos existentes. Os troncos conhecidos e considerados puros que deram supostamente origem ao zebu brasileiro são:

Gado Branco do Norte ou Brahmane;

O tipo Misore do Sul Hallikar, Kangavam, Khillari, Nimari;

Gado Gir, das regiões de Kathiawar;

Gado Pardo ou Vermelho Sahiwal, Sindhi;

Gado Cinza de Madras:

Norte ou escuro: Hissarr, kankrej, Malvi, Tharparkar;

Sul ou Claro: Bhagnari, Hariana, Krishna, Nagori, Ongole, Gado de Dhanni do Punjab.

A trajetória que transformou o Ongole indiano no Nelore brasileiro, começa na primeira metade do século XIX, de quando datam os primeiros registros de desembarque no país de zebuínos originários da Índia.

A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio, que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. Os animais teriam sido comercializados, permanecendo no país.

Dez anos depois, em busca de animais exóticos para trazer ao Brasil, Manoel Ubelhart Lembgruber teve contato com a raça Ongole durante uma visita ao zoológico de Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação de um casal de animais da raça, em outubro de 1878. Posteriormente, outras partidas oriundas diretamente da Índia aportaram no Rio de Janeiro. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.

As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelore aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos a quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de Nelore.

O Nelore brasileiro, além de ser considerado hoje como um patrimônio legitimamente nacional, como o carnaval, o futebol, a caipirinha e o churrasco, pode ser considerado como a grande vitória da carne brasileira. Carne saudável e natural, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos do mundo todo.

PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DE PERFORMANCE PRODUTIVA E REPRODUTIVA

O Nelore se adaptou muito bem às condições tropicais brasileiras, por possuir excelente capacidade de aproveitar alimentos grosseiros. Apresenta resistência natural a parasitas, devido às características de seus pelos, que impedem ou dificultam a penetração de pequenos insetos na superfície da pele ou que aí tentam se fixar. A pele escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores, além de produzir secreção oleosa repelente, que se intensifica quando os animais estão expostos ao calor.

O Nelore é muito resistente ao calor devido à sua superfície corporal ser maior em relação ao corpo e por possuir maior número de glândulas sudoríparas. As características de seus pelos também facilitam o processo de troca com o ambiente. Além disso, o trato digestivo é 10% menor em relação aos europeus. Portanto seu metabolismo é mais baixo e gera menor quantidade de calor. Os machos e as fêmeas apresentam elevada longevidade reprodutiva.

Touros Nelore possuem instinto muito forte de proteção de seu harém de matrizes. As vacas apresentam facilidade de parto, por terem garupa com boa angulosidade, boa abertura pélvica e, principalmente, por produzir bezerros pequenos, o que elimina a incidência de distocia. Outras características das fêmeas são a excelente habilidade materna, oferecendo condições de desenvolvimento aos bezerros até o desmame; instinto de proteção ao bezerro; rusticidade; e baixo custo de manutenção. Os bezerros Nelore são espertos. Logo após o parto, já procuram as mães para fazer a mamada do colostro, que lhes fornece imunidade nos primeiros 30 dias de vida.

PADRÃO RACIAL

PELAGEM de cor branca ou cinza-clara, podendo apresentar, em algumas partes do corpo, diferentes tonalidades, como, a prateada e nuvem, manchas de coloração escura ao redor dos olhos, nos joelhos, nos boletos e nas quartelas. A vassoura da cauda é preta. A pele é bem pigmentada, e o pelo é curto, fino e sedoso.

CABEÇA apresenta um perfil subconvexo, com largura e comprimento médios. A fronte possui uma leve depressão longitudinalmente, que recebe o nome de “goteira”, sendo mais acentuada nos machos. Possuem chanfro reto, curto no macho, e comprido e estreito nas fêmeas. Os chifres possuem forma cônica, são curtos, escuros, grossos na base e estreitos na ponta, dirigem-se para fora, para trás e para cima. São mais finos e longos nas fêmeas. Na variedade mocha (Nelore mocho) há ausência completa de chifres. Os olhos são pretos, elípticos, com órbitas salientes. As orelhas são curtas, móveis, em forma de concha e a face interna do pavilhão é voltada para frente. O espelho nasal

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