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Cuidados Paliativos

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Por:   •  5/11/2014  •  807 Palavras (4 Páginas)  •  713 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As representações sociais do corpo humano na contemporaneidade

incluem a integralidade da assistência digna, na manutenção da saúde,

no tratamento da doença e no acompanhamento da morte. Os Cuidados

Paliativos, um conjunto de práticas e discursos voltados para o período

final da vida de doentes fora de possibilidades terapêuticas de cura, é

uma nova especialidade de saúde, que reflete uma mudança de

paradigma e de conceitos sobre o corpo humano, o adoecimento e a

morte.

A pessoa já não é vista apenas como um indivíduo de estudos

acadêmicos ou epidemiológicos, como um paciente submisso e

indefeso ou como objeto de pesquisas científicas e tecnológicas. Ela é

vista como um sujeito de cuidados, com liberdade para decidir sobre

sua própria vida e com direito garantido pelo Estado de ter sua

totalidade bio-psico-social-espiritual respeitada, assistida, atendida e

orientada para uma existência salutar, ou pelo menos confortável, até à

morte que escolher.

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 1990), reconhece que

pacientes sem possibilidades terapêuticas de cura, em fase terminal ou

a caminho dela, quase sempre apresentam fragilidade, imobilidade,

perda de interesse por alimentos e bebidas, dificuldades de engolir,

astenia, sonolência, além de elevados níveis de ansiedade, tensão e

emoções, devendo receber os devidos cuidados paliativos.

Originalmente, esses cuidados foram propostos como uma

especialidade médica, em 1967, na Inglaterra, desenvolvendo-se assim

também na França e nos Estados Unidos, na década seguinte. No

Brasil, eles passaram a ser praticados a partir dos anos 1980, por 14

equipes multidisciplinares de saúde, envolvendo médicos, enfermeiros,

fisioterapeutas, assistentes sociais, religiosos e psicólogos

especializados em assistência paliativa. (SAUNDERS, 1988; MENEZES,

2004)

Segundo a OMS, Cuidados Paliativos são aqueles que

[...] consistem na assistência ativa e integral a pacientes cuja doença não

responde mais ao tratamento curativo, sendo o principal objetivo a garantia

da melhor qualidade de vida tanto para o paciente como para seus

respectivos familiares. A medicina paliativa irá atuar no controle da dor e

promover alívio nos demais sintomas que os pacientes possam

desenvolver. (OMS, 1990)

Para a médica Dra. Rachel Aisengart Menezes (2004, p. 18), essa assistência é

“a busca de uma boa morte”, em cujo caminho os profissionais de Cuidados

Paliativos trabalham, tentando reduzir, ao mínimo possível, a dor e os demais

sintomas dos doentes, possibilitando simultaneamente sua maior autonomia e

independência. Em seu ultimo período de vida é fundamental para o doente

discutir alternativas terapêuticas possíveis e realizar escolhas decisivas. Sem

isso, só lhe resta a dor e o sofrimento.

Aliás, é essa a realidade das relações de trabalho realizadas pela

enfermagem, junto a pacientes fora de possibilidades terapêuticas de

cura. As atividades ainda estão concentradas, basicamente, em

horários e ritmos que privilegiam apenas a administração de

medicamentos, os banhos (e higiene geral) e a verificação dos sinais

vitais. A interação com os pacientes torna-se uma questão pessoal,

limitada pelo conceito profissional de ser rápido e útil, conforme

terminologia adotada por diversos autores. (MENEZES,

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