DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS

patrimônio líquido”. Sendo que, neste estudo, o ativo permanente é representado pelo ativo

não circulante menos o realizável a longo prazo, conforme nova estruturação contábil.

De acordo com o quadro 4, percebe-se que nos três exercícios a Natura S.A. apresenta um

percentual elevado de imobilização do patrimônio líquido correspondente a 77,68% no ano de

2006. A comparação do desempenho nos períodos seguintes revela o acréscimo de 2,05% no

ano de 2007 e um decréscimo de 1,26% no ano de 2008.

Estes percentuais indicam que a sociedade imobiliza, em média, 78% em relação ao total de

capital próprio. Isso significa que a sociedade utiliza grande parte de seus recursos próprios

para financiar as aplicações em ativos não circulantes, restando apenas 22% para financiar as

necessidades de capital de giro.

Esta situação é considerada desfavorável, pois leva-se a crer que o montante do patrimônio

líquido referente ao capital circulante parece não ser suficiente para desenvolver suas

atividades. Isso ocorre pelo fato do elevado grau de endividamento indicar insuficiência de

recursos em curto prazo para saldar os compromissos.

Este cenário caracteriza-se uma fragilidade financeira. Se em algum momento os fornecedores

de capitais, insumos ou serviços desconfiarem do alto grau de endividamento e diminuírem

seu crédito, a organização poderá ter que se desfazer dos ativos fixos ou até mesmo

experimentar a insolvência.

d) Imobilização dos Recursos não Correntes