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DINÂMICA FAMILIAR DE CRIANÇAS AUTISTAS

Trabalho Universitário: DINÂMICA FAMILIAR DE CRIANÇAS AUTISTAS. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/6/2014  •  856 Palavras (4 Páginas)  •  571 Visualizações

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Avaliamos 15 famílias de autistas, 15 de portadores da síndrome de Down e 15 de filhos saudáveis,

com indivíduos na faixa etária de 5 a 15 anos. Os pais (ambos os genitores) desses três grupos familiares

foram avaliados quanto ao à dinâmica familiar, visando relacionar tais sintomas com o funcionamento de

famílias de autistas, em estudo comparativo. Detalhou-se a família, o quadro autístico, a família do autista, a

família e a saúde mental, suas limitações e dificuldades ao longo do ciclo vital. A pesquisa de campo foi

realizada mediante o uso dos instrumentos de dinâmica familiar da Entrevista Familiar Estruturada,

(Carneiro,1983). Os dados coletados foram comparados estatisticamente. Considerando a população estudada

(n = 45 famílias) constatou-se que as famílias dos autistas e portadores da síndrome de Down são dificultadoras

da saúde emocional dos elementos do grupo, constituindo as dos autistas maior porcentagem. Concluimos

que a dinâmica familiar do autista é dificultadora da saúde emocional dos membros do grupo, seus pais

apresentam estresse, sendo as mães com scores mais significativos mas semelhantes nos outros dois grupos.

PALAVRAS-CHAVE: família, dinâmica familiar, autismo

Segundo Gilberg1, o autismo é considerado atualmente

como uma síndrome comportamental com

etiologias múltiplas em consequência de um distúrbio

de desenvolvimento, sendo caracterizado por

déficit na interação social visualizado pela inabilidade

em relacionar-se com o outro, usualmente combinado

com déficits de linguagem e alterações de

comportamento. No DSM-IV2 é relatado como quadro

iniciado antes dos três anos de idade, com

prevalência de quatro a cinco crianças em cada

10 000, com predomínio maior em indivíduos do

sexo masculino (3:1 ou 4:1) e decorrente de vasta

gama de condições pré, peri e pós-natais.

A família, sociologicamente, é definida como um

sistema social, dentro do qual podem ser encontrados

subsistemas, dependendo de seu tamanho e da

definição de papéis. É através das relações familiares,

que os próprios acontecimentos da vida recebem

seu significado e, através dele são entregues a

experiência individual3. É ela, portanto, unidade básica

de desenvolvimento das experiências das realizações

e dos fracassos do homem. Sua organização

e estrutura não são estáveis. A sociedade fornece

diretrizes para o seu funcionamento a fim de que

ela lhe seja útil4. A família, portanto, é uma rede

complexa de relações e emoções pela qual perpassam

sentimentos e comportamentos sendo a simples

descrição de seus elementos de uma família,

insuficiente para transmitir a riqueza e complexidade

relacional de sua estrutura.

A vida de uma família é um longo ciclo de eventos

desenvolvimentais: que abrange diferentes gerações

e vários contextos histórico-sócio-culturais5.

Assim, em nosso caso, ela constitui instituição social

significativa, da qual buscamos entender a

interação e a dinâmica frente ao autismo, uma vez

que a síndrome traz consequências para o portador,

interferindo na sua posição social e no seu estilo de

vida, em seus relacionamentos internos e nos vínculos

com o mundo externo.

A definição de autismo, corrobora que ele compromete

seriamente o grupo familiar quando este

passa a viver com o problema. Usualmente, as relações

familiares são naturalmente afetadas quando

um elemento de seu grupo apresenta uma doença6.

As limitações vivenciadas frente à doença levam-na

a experimentar alguns tipos de limitação permanente,

que são percebidos em sua capacidade adaptativa

ao longo do desenvolvimento. Assim, o autismo do

filho coloca os pais frente a emoções de luto pela

perda da criança saudável que esperavam. Apresentam,

por isso, sentimentos de desvalia por terem sido

escolhidos para viver essa experiência dolorosa7.

Atualmente, essas premissas sobre famílias de

autistas com interações negativas e consequências

danosas têm sido desafiadas de tal maneira que têm

motivado mudanças nos conceitos sobre elas. A

mudança mais significativa nesses conceitos referese

à rejeição, da teoria dos pais serem os agentes

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