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Demanda, Oferta E Equilíbrio De MercadO

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Por:   •  26/11/2013  •  4.088 Palavras (17 Páginas)  •  578 Visualizações

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Demanda, Oferta e Equilíbrio de MercadO

Por: Bráulio Wilker

Bases da Microeconomia

Microeconomia é a parte da ciência econômica que se dedica ao estudo do comportamento das unidades de consumo que são representadas pelos consumidores; as empresas e suas produções bem como seus custos; a produção, os fatores de produção e os preços de produtos e serviços. Busca entender como as unidades individuais da economia ( produtores, consumidores, trabalhadores, etc.) agem e reagem uns sobre os outros. Diferentemente da Macroeconomia, que estuda a evolução da economia como um todo (como taxa de juros, estoque de moeda, câmbio, etc.) apresenta uma visão microscópica dos fenômenos econômicos. Abaixo os principais tópicos de Microeconomia:

• Teoria da Demanda: estuda a demanda do consumidor individual e a demanda do mercado;

• Teoria da oferta: estuda a oferta individual e de mercado, a Teoria de Produção e a Teoria dos Custos de Produção;

• Análise das Estruturas de Mercado: debruça-se sobre o Mercado de Bens e Serviços ( oligopólio, monopólio, concorrência monopolística, e concorrência perfeita ) e o Mercado de fatores de produção (concorrência perfeita, monopsônio, oligopsônio);

• Teoria do equilíbrio geral e do bem-estar;

• Externalidades.

Teoria Elementar da Demanda

Demanda é a quantidade de um determinado produto ou serviço que os consumidores desejam adquirir num determinado período de tempo. Portanto, trata-se de um desejo, um plano. Mostra o máximo que um consumidor pode aspirar considerando o preço e sua renda.

Por ser um desejo de adquirir, é uma aspiração, um plano, e não a sua realização. Não se deve confundir demanda com compra, nem oferta com venda. Demanda é o desejo de comprar, oferta é o desejo de vender. A demanda se expressa por uma determinada quantidade em um dado período. Desta forma, dizemos que Rosângela deseja adquirir 5Kg de arroz por semana, e não que Rosângela procura 5Kg de arroz.

A análise da demanda se assenta no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade é o grau de satisfação proporcionado pela aquisição de bens e serviços disponíveis no mercado. A Teoria do Valor Utilidade afirma que o valor de um bem se forma pelo grau de satisfação (proporcionada pelos bens econômicos ) do consumidor. Em outros termos, o produto ou serviço que satisfaz os clientes são os mais procurados ( possuem maior demanda). Essa é uma visão utilitarista em que prevalece a soberania do consumidor.

A Teoria do Valor Trabalho afirma que o valor de um bem é determinado do lado da oferta, mediante a incorporação dos custos de trabalho ao bem. A Teoria do Valor Trabalho é objetiva, pois considera os custos produtivos envolvidos.

Pode-se dizer que a Teoria da Utilidade e a Teoria do Valor Trabalho se complementam, pois não é possível predizer o comportamento dos preços somente pelos custos, ou somente pela demanda (padrão de gostos, hábitos, renda, etc.)

Determinantes da procura individual:

• Preço do produto ou serviço;

• Preço dos outros bens;

• Preço dos bens complementares

• Renda do consumidor;

• Preferência do individuo.

Matematicamente:

Dx = f (Px, P1, P2, P(n-1), Pc, Pi, R, G)

Dx = demanda de x/t (x/t significa num dado período)

Px = preço de x/t

Pi =preço dos bem concorrentes/t

R = renda/t

Pc = preço dos bens complementares

G = preferencias/t

A fim de estudarmos como cada fator condiciona a demanda é preciso fazer simplificações, pois o estudo de todas as variáveis em conjunto é bastante complexo e exigiria ferramentas matemáticas muito elaboradas. Por isso, a Microeconomia é parcial. Para analisar um mercado isoladamente, supomos todos os demais mercados constantes. Em outras palavras, fazemos uso da condição Ceteris Paribus, expressão latina que significa tudo o mais constante. Pela condição Ceteris Paribus verificamos o efeito de variáveis isoladas, desconsiderando o efeito de outras variáveis.

Demanda e Preço

A demanda é inversamente proporcional ao preço de um bem. Matematicamente, temos:

Dx = f (Px )

Quando há redução de preço, este se torna mais atrativo em relação a seus concorrentes e, assim, os consumidores aumentam o seu desejo de comprá-lo. De outra parte, quando o preço cai o individuo ganha poder de compra em termos reais. Ganhando poder de compra aumenta suas demandas. Por conseguinte, quando o preço de um bem ou serviço cai, a demanda aumenta.

Esta teoria é plausível e já foi testada em diversos produtos e serviços. Só há uma limitação: tudo o mais constante.

Procura de um bem e preço de outros bens

Matematicamente:

Dx = f (Pi )

Nesta função não temos uma relação geral: a valorização do bem i poderá aumentar ou diminuir a demanda do bem x. Dependerá da relação entre os dois bens. Existem dois casos possíveis:

• Quando o preço do bem i aumenta, aumenta a demanda do bem x. Dizemos que os bens x e i são concorrentes ou substitutos. Os bens concorrentes são os que guardam relação de substituição. O consumo de um exclui o consumo do outro. Exemplos: manteiga e margarina, chá e café, etc.

• Quando o aumento no preço do bem i gera queda na demanda do bem x. Dizemos que os bens x e i são complementares. Exemplos: pão e manteiga, automóvel e gasolina.

Demanda e Renda

A demanda é diretamente proporcional à renda. Quanto maior a renda maior a procura por bens e serviços. No entanto, como em quase todas as boas regras,

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