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Desenvolvimento Economico

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Por:   •  28/5/2014  •  3.595 Palavras (15 Páginas)  •  307 Visualizações

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Tutor (EAD):

Tutor presencial: Lurislane Klafke

Curso: Administração

ATPS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Acadêmicos:

Patrícia Sanches RA: 350957

Hélio Bernardes RA: 355664

Vânia Larissa Silva RA: 356285

Anderson Coelho RA:

Maio de 2014

Manaus – AM

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

O CONCEITO HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 4

DADOS E CONCEITO PIB POR HABITANTE 5

ÍNDICE DE GINI 6

CURVA DE LORENZ 6

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) 7

BRICS - AGRUPAMENTO BRASIL-RÚSSIA-ÍNDIA-CHINA-ÁFRICA DO SUL 8

A INFLUÊNCIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES DO BRICS 9

REFLEXOS DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS BRICS 10

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) DOS BRICS 11

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO (SINS) 12

INFLUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR NO BRICS 12

DESENVOLVIMENTO DO BRICS COM RELAÇÃO À ECONOMIA MUNDIAL 13

CONCLUSÃO 14

REFERÊNCIAS 15

INTRODUÇÃO

Esse trabalho evidencia a definição do desenvolvimento econômico juntamente com seus fatores e aspectos influenciais e a comparação dos países do Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul (BRICS) e evidencia a influência da ciência e tecnologia para o desenvolvimento dos países do BRICS, seus reflexos da carga tributária para o desenvolvimento, analisando sua influência do ensino superior no desenvolvimento pessoal, estes países do BRICS apresentam significativas oportunidades de desenvolvimento, além de diversas características e desafios bastante similares.

O CONCEITO HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O desenvolvimento econômico é o processo de sistemática acumulação de capital e de incorporação do progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante e, em consequência, dos salários e dos padrões de bem-estar de uma determinada sociedade. Definido nestes termos, o desenvolvimento econômico é um fenômeno histórico que passa a ocorrer nos países ou Estados - nação que realizaram sua Revolução Capitalista já que só no capitalismo se pode falar em acumulação de capital, salários, e aumento sustentado da produtividade. Nas sociedades pré-capitalistas ocorreram momentos de prosperidades, mas nada semelhante ao que hoje denominamos desenvolvimento econômico. Uma vez iniciado, o desenvolvimento econômico tende a ser relativamente auto-sustentado na medida em que no sistema capitalista os mecanismos de mercado envolvem incentivos para o continuado aumento do estoque de capital e de conhecimentos técnicos. Isto não significa, porém, que as taxas de desenvolvimento serão iguais para todos: pelo contrário, variarão substancialmente dependendo da capacidade das nações de utilizarem seus respectivos Estados para formular estratégias nacionais de desenvolvimento que lhes permitam serem bem sucedidas na competição global. No longo prazo, o desenvolvimento econômico dificilmente regride, porque a acumulação de capital e o progresso técnico em uma economia tecnologicamente dinâmica e competitiva, como é a capitalista, passam a ser uma condição de sobrevivência das empresas, mas as taxas de crescimento econômico são tão díspares que a sorte econômica dos Estados - nação está longe de estar assegurada, e a decadência relativa, como aquela que ocorreu em todo o século vinte na Argentina, ou que vem acontecendo no Brasil desde 1980, é sempre uma possibilidade. O capitalismo é um sistema econômico coordenado pelo mercado no qual não apenas as empresas mas, também os Estados - nação competem a nível mundial; dificilmente se poderá falar em desenvolvimento econômico se o país estiver crescendo a taxas substancialmente mais baixas que seus concorrentes. Foi só com a globalização e a abertura de todos os mercados que essa concorrência se tornou clara, mas desde a Revolução Capitalista o desenvolvimento econômico se tornou um objetivo político central das nações, de forma que o governo de um Estado só estará realmente sendo bem sucedido se estiver alcançando taxas razoáveis de crescimento.

DADOS E CONCEITO PIB POR HABITANTE

O PIB constitui um indicador da atividade econômica de um determinado país na medida em que representa o valor total da produção de bens e serviços.

Dividindo o PIB pelo total da população obtém-se o PIB per capita, indicador que mede o grau de desenvolvimento econômico de um país. Dado que os preços dos produtos e serviços podem variar fortemente entre países. O PIB per capita é por vezes ajustado às paridades do poder de compra entre países.

O PIB per capita (por pessoa), também conhecido como renda per capita, é obtido ao pegarmos o PIB de uma região, dividindo-o pelo número de habitantes PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os serviços e bens produzidos num período (mês, semestre, ano) numa determinada região (país, estado, cidade, continente). O PIB é expresso em valores monetários (no caso do Brasil em Reais). Ele é um importante indicador da atividade econômica de uma região, representando o crescimento econômico. Vale dizer que no cálculo do PIB não são considerados os insumos de produção (matérias-primas, mão-de-obra, impostos e energia).

A Fórmula para o cálculo do PIB de uma região é a seguinte:

PIB = C + I + G + X - M.

Onde: C (consumo privado),

I (investimentos totais feitos na região),

G (gastos dos governos),

X (exportações) e

M (importações) desta região.

O PIB do Brasil no ano de 2012 em valores correntes, foi de R$ 4,403 trilhões (crescimento de 0,9 % sobre o ano de 2011). O Brasil é um país que tem um estado grande em termos de carga tributária, especialmente se consideramos seu nível de renda per capita, mas cuja força é apenas média. Os Estados Unidos, por exemplo, são exemplo de estado forte cujo tamanho, em termos de carga tributária, é médio (30% do PIB). Já a França e a Suécia, com cargas tributárias respectivamente de 45 e 55% do PIB aproximadamente, são exemplos de estados fortes e grandes. O tamanho do aparelho do estado, portanto, não garante sua força.

ÍNDICE DE GINI

É uma medida de concentração ou desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, em 1912, para suprir a necessidade de uma medida que tomasse como pressuposto a desigualdade distributiva da renda, criando uma escala comparável desse grau de desigualdade. Embora comumente utilizado na análise da distribuição de renda, pode ser utilizado também para medir o grau de concentração de qualquer distribuição estatística. Por exemplo, o coeficiente de Gini Locacional é um indicador do grau de concentração espacial de uma determinada classe de indústria em certa base geográfica – um estado, uma região, ou mesmo todo o País. Neste caso, verifica quais atividades são regionalmente mais concentradas.

O Índice de Gini é calculado como razão das áreas no diagrama da curva de Lorenz – um dos instrumentos analíticos mais usados para compreender a desigualdade.

O Índice de Gini do Brasil é de 51,9 (ano de 2012) o que demonstra que nosso país, apesar dos avanços econômicos dos últimos anos, ainda tem uma alta concentração de renda.

CURVA DE LORENZ

É uma representação gráfica construída a partir da ordenação da população pela renda. Em termos práticos, para obter a Curva de Lorenz, seguem-se os seguintes passos:

a) Ordena-se a população por renda domiciliar per capita.

b) No eixo horizontal, acumula-se a porcentagem da população de 0% a 100%.

c) No eixo vertical acumula-se a porcentagem da renda detida pela população.

Veja na figura abaixo o esboço de uma Curva de Lorenz.

Fonte: Elaboração dos Autores

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)

O IDH foi criado para medir o nível de desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (expectativa de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). Seus valores variam de 0 (zero) (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 são considerados de desenvolvimento humano baixo; com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de desenvolvimento humano médio; e com índices maiores que 0,800 são considerados de desenvolvimento humano alto.

O Índice de Desenvolvimento Humano também é utilizado para aferir o nível de desenvolvimento humano em municípios, denominando-se IDH-Municipal ou IDH-M e, embora meça os mesmos fenômenos - educação, longevidade e renda, os indicadores levados em conta são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais menores.

O IDH do Brasil cresceu em ritmo mais lento do que países dos BRICS e da América do Sul. Segundo relatório divulgado hoje pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil aparece no 85º lugar num ranking de 187 países. Seu índice é de 0,73. Os dados se referem ao ano de 2012 e mostram um crescimento de aproximadamente 0,5% em relação ao IDH brasileiro desde 2010 em que o Brasil ocupava 73ª posição entre 169 países no IDH 2010. No mesmo período China (1,4%), Índia (1,2%), Rússia (0,7%) e África do Sul (1,2%), os países dos BRICS, evoluíram de maneira mais rápida.

BRICS - AGRUPAMENTO BRASIL-RÚSSIA-ÍNDIA-CHINA-ÁFRICA DO SUL

A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.

O peso econômico dos BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.

Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final).

Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação.

Etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do BRICS foi a elevação do nível de interação política que, desde junho 2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de Estado/Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de 2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula ocorreu em Sanya, na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade política de dar seguimento à interlocução dos países continua presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a posição do BRICS como espaço de diálogo e concertação no cenário internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre temas da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu impulso político para a identificação e o desenvolvimento de projetos conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de energia e o científico-tecnológico. A IV Cúpula foi realizada em 29 de março de 2012, em Nova Delhi. A V Cúpula está prevista para ser realizada em Durban, na África do Sul, em 27 de março de 2013.

A INFLUÊNCIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES DO BRICS

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão injetando novos recursos, vitalidade e inovação nos esforços para melhorar a saúde dos países mais pobres do mundo. Num momento em que vários doadores tradicionais reduzem ou diminuem o ritmo de seus gastos, e a crescente influência dos BRICS na saúde e no desenvolvimento global.

Apesar dos cinco países do BRICS estarem, há décadas, envolvidos em cooperação internacional, demonstra que o tamanho e o âmbito de seus esforços cresceram rapidamente, junto com suas economias. Apesar dos doadores do G7 ainda proverem uma assistência total bem maior, estima-se que a média de crescimento anual dos gastos dos BRICS com cooperação internacional, entre 2005 e 2010, ficou mais de dez vezes acima da média do G7.

Além dos programas de cooperação, inovadores dos setores públicos e privado os BRICS estão produzindo tecnologias de saúde de alta qualidade e baixo custo, revolucionando o acesso à saúde entre as populações pobres.

Ainda que a Índia seja, atualmente, o maior produtor de remédios e vacinas de baixo custo, cada um dos BRICS está investindo fortemente em ciência e tecnologia, incluindo pesquisa e desenvolvimento em saúde. A China prometeu aumentar as despesas em pesquisa e desenvolvimento de 1,3% do PIB em 2005 para 2,5% do PIB até 2020, e o governo chinês trabalha com fabricantes de vacinas para aumentar a produção para o mercado global. A Rússia anunciou um investimento de US$ 4 bilhões em desenvolvimento farmacêutico.

REFLEXOS DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS BRICS

O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre os Brics (grupo formato por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O total de impostos, tributos e contribuições recolhidos no País é de 34% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de 20%,na África do Sul é de 23,92% e na Índia, país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, o total da arrecadação corresponde a 12,1% do PIB.

O problema não é o tamanho da carga tributária no Brasil, mas sim a qualidade do uso dos recursos arrecadados. Ainda assim, o Brasil leva alguma vantagem sobre seus parceiros do Brics, tanto do ponto de vista dos avanços dos instrumentos arrecadatórios, quanto da distribuição dos recursos arrecadados.

A Índia tem baixa capacidade de arrecadação e isso faz com que o país tenha um déficit fiscal da ordem de 10% em relação ao PIB. No Brasil, que tem uma população de cerca de 185 milhões de habitantes, o número de contribuintes é de 20 milhões, enquanto na Índia, com 1,1 bilhões de habitantes, há 40 milhões de contribuintes para o Fisco.

Outra grande diferença entre Brasil e Índia aparece nos gastos com assistência previdenciária. No Brasil, os benefícios pagos chegam a 12% do PIB, enquanto na Índia atinge apenas 0,6%. De comum entre os dois países, com maior semelhança na estrutura tributária, estão as tributações dos serviços. Como no Brasil, na Índia é muito difícil distinguir o que é serviço e o que é produto na hora da tributação. Este é um componente a mais, que gera guerra fiscal entre os Estados nos dois países.

Apesar de o Brasil ter a carga tributária mais elevada entre os Brics, isso não significa que a estrutura seja pior. Mas também não é reflexo de crescimento, já que a Índia tem uma carga tributária menor e também tem apresentado taxas expressivas de crescimento.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) DOS BRICS

Enormes disparidades regionais de desenvolvimento humano e econômico estão presentes nos cinco países. Geralmente, as regiões mais ricas são aquelas mais industrializadas. Praticamente 60% do PIB total do Brasil se originam dos estados do Sudeste. O modelo de desenvolvimento da China favoreceu as províncias costeiras, enquanto as outras províncias são bem menos desenvolvidas. O hiato também é grande entre a população das áreas rurais e urbanas. A atividade econômica na África do Sul está concentrada na província de Gauteng, que contribui com aproximadamente um terço do PIB, e na parte ocidental da Cidade do Cabo, com 15% do PIB. O desenvolvimento industrial da Rússia ocorreu principalmente ao redor de cidades como Moscou, São Petersburgo, Yekaterinburg e Nizhny Novgorob, enquanto a Sibéria e as regiões mais ao leste permanecem com baixo nível de industrialização. A Índia também tem grandes desigualdades entre a rica região sul e a região norte e entre a população rural e urbana.

A redistribuição regional de renda e do acesso a bens e serviços essenciais coloca-se como um significativo desafio comum aos cinco países. Daí a relevância de reavaliar e comparar experiências acumuladas; particularmente aquelas em que a incorporação das áreas e regiões marginalizadas é tratada dentro de uma perspectiva de desenvolvimento sustentável, com atenção aos impactos sociais e ambientais. São significativas as oportunidades que podem resultar desta ação não apenas do ponto de vista econômico, mas também sociopolítico e cultural.

Finalmente, cabe destacar que os enormes territórios e o vasto contingente populacional incorporam uma ampla diversidade étnica. A forte e enraizada herança cultural representa um importante recurso intangível para estes países. Isto se traduz em uma vasta riqueza de manifestações culturais com significativo impacto no desenvolvimento social e econômico atual e futuro dos cinco países. Esta é uma área pouco conhecida e com informações estatísticas ainda mais escassas que as demais nos diferentes países. No entanto, estudos pioneiros reafirmam este importante potencial assinalando o conteúdo de criatividade e inovatividade destas atividades, as quais se constituem em partes fundamentais dos SINs dos Brics.

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO (SINS)

O objetivo deste item é chamar a atenção para o peso e a dimensão atual dos sistemas de inovação dos Brics, assim como das possibilidades que a mobilização dos mesmos sinalizam. Nota-se, no entanto, que é neste item que os dados disponíveis tanto nacional quanto internacionalmente mais se mostram escasso e falham em dar conta do próprio conceito de sistema nacional de inovação. Portanto a relevância e urgência em avançar na caracterização dos cinco SINs e na geração de indicadores capazes de melhor os representar em suas diferentes dimensões privada, pública e governamental. Os sistemas de inovação geralmente incluem em seu centro:

• o subsistema produtivo e inovativo;

• o subsistema de educação, ciência e tecnologia;

• o subsistema político, normativo e regulatório.

INFLUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR NO BRICS

Mão de obra qualificada, produção do conhecimento, produção científica e inovação. São esses os principais reflexos de uma boa estrutura educacional, principalmente aquela relativa ao ensino superior. Entre os países do Brics, os maiores produtores de inovação, surpreendentemente são os que têm os maiores níveis de analfabetismo. Mas isso não quer dizer que as suas produções sejam menos qualificada.

O investimento público em educação varia muito entre os países do Brics. Para efeito de comparação, é necessário entender o investimento tanto em termos de porcentagem do PIB quanto em valores reais, já que as economias desses países têm crescido a passos largos nos últimos anos. O Brasil está com investimento médio de 5,0% do PIB em educação, a Rússia 3,9%, a Índia 3,1%, a China 1,3 e a África do Sul com investimento de 5,3%.

DESENVOLVIMENTO DO BRICS COM RELAÇÃO À ECONOMIA MUNDIAL

O grupo de países emergentes que agrega Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mostra a preocupação com a situação econômica global e alerta para a “instabilidade dos mercados, principalmente na zona do euro”. Também fala em preocupação com o clima de incerteza em relação ao crescimento mundial, provocado pelos fortes ajustes fiscais nos países mais ricos e pelo crescimento da dívida pública. Os países pregam ainda a necessidade de vencer barreiras que pararam o comércio, pois todos os integrantes do Brics estão sofrendo com redução do crescimento de suas economias nos últimos anos.

Na Declaração de Dhéli, que contém 50 pontos, os países foram unânimes em pedir reformas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e alteração urgente no sistema das duas organizações, para garantir o atendimento dos interesses das nações mais pobres. Condicionaram ainda os novos aportes de recursos para as instituições ao aumento das cotas de participação dos países emergentes.

A proposta de criação de um banco de desenvolvimento para financiar projetos de infraestrutura nos países dos Brics, entretanto, ficou apenas no terreno das intenções. Os cinco países criaram um grupo de trabalho para discutir a proposta, mas o desejo do presidente sul-africano Jacob Zuma de que o banco saísse do papel no ano que vem tem remota chance de acontecer. O novo banco não deve sair do papel antes de 2014. A ideia do que poderia ser chamado de "Banco dos Brics" era oferecer financiamentos para os países do grupo, em alternativa ao Banco Mundial e FMI, para suprir a limitação atual de investimento.

Os bancos de desenvolvimento de Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul assinaram um acordo com definição das regras gerais para a concessão de linhas de crédito em moeda local, com o objetivo de aumentar o comércio entre os Brics. Com isso, se a empresa de um país quiser investir em outro país do grupo, o seu banco de desenvolvimento repassa o valor do investimento para o banco de fomento local, que empresta o dinheiro para a empresa tocar seu negócio, facilitando a internacionalização dos investimentos.

CONCLUSÃO

Percebemos que o desenvolvimento implica no processo da atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis, esse processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas características comuns básicas, e seu resultado geral desse processo é o crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação particular a longo prazo.

Quanto aos Brics são países emergentes que possuem características comuns como, por exemplo, bom crescimento econômico. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano ocorre uma reunião entre os representantes destes países.

REFERÊNCIAS

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2012/03/brics-mostram-preocupacao-com-economia-global.html

http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/11/brasil-tem-maior-carga-tributaria-dos-brics-diz-estudo.html

http://www.alvarodias.blog.br/2013/03/14/

http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/empresa/pesquisa/pib/pib_brics.pdf

http://www.ghsinitiatives.org/downloads/ghsi_brics_press_release_pt.pdf

http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=curva+de+lorenz&source=images&cd=&cad=rja&docid=twfeelz1vdnrom&tbnid=xbkeslz1vw-j-m:&ved=0cauqjrw&url=http%3a%2f%2fwww.scielo.br%2fscielo.php%3fscript%3dsci_arttext%26pid%3ds1413-80502008000300002&ei=o2o-uy_jd4t48gttlydwda&psig=afqjcngtdirlbnk7lo3lpwttl7zhxdovla&ust=1371518119638202

http://www.suapesquisa.com/o_que_e/pib.htm

http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-abnt-formatacao

http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/preunivesp/3241/educa-o-o-elo-fr-gil-dos-brics.html

https://docs.google.com/file/d/0b9h_nvelke7zmge1yzjmymetntewns00mmrkltliyjgtowm3yju3mzjkntg4/edit?authkey=cnpbpc0p&hl=pt_br&pli=1

https://docs.google.com/file/d/0B9h_NveLKe7zMWViNTM5MzUtMGMzZi00ODQ1LTk3ZDYtMmZmNzNjZTM1ODk1/edit?authkey=CLa5gvwL&hl=pt_BR&pli=1

Livro PLT – Desenvolvimento econômico. - - Campinas, SP: Editora Alínea, 2013, Edição Especial, Vários autores.

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