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Desenvolvimento Econômico Da China

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Por:   •  6/12/2013  •  1.864 Palavras (8 Páginas)  •  286 Visualizações

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O Produto Interno Bruto (PIB) da China alcançou ao fim de 2010 a marca de 9,5% do total mundial, duplicando a participação do país em cinco anos, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do gigante asiático. A China também tomou do Japão o posto de segunda maior economia do mundo em 2010. Cinco anos antes, o PIB chinês era apenas o quinto maior do globo. Ainda assim, o órgão oficial destacou que o PIB per capita da China segue atrás da maioria dos países, embora não tenha oferecido os dados referentes a 2010. O investimento estrangeiro direto na China no ano passado alcançou US$ 59 bilhões, aumento de 380% com relação a 2005. O investimento estrangeiro no gigante asiático, que no quesito passou do 18º posto em 2005 para o quinto em 2009, representa 5,1% do total mundial.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da China é o que mais cresce no mundo. A aceleração econômica do país é responsável por um aumento de 0,233 pontos no Índice de Desenvolvimento Humano desde 1980. A elevação do IDH deve-se ao crescimento econômico do país que teve os efeitos baseados principalmente pelo aumento da renda per capita. Como afirma o relatório da PNUD (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO), dentre os dezoitos países que conseguiram aumentar mais rápido o valor do IDH desde 1980, somente dois países, China e Vietnã, tiveram o seu crescimento econômico maior que o desenvolvimento humano. O desenvolvimento chinês se deu de forma desigual, porém intenso. “Em 2006, os 20% mais ricos dessas áreas, em que vivem cerca de 60% dos chineses, possuíam uma renda 6,9 vezes maior que os pobres do campo. Além disso, destaca-se que a redução da pobreza na China foi menor nas áreas urbanas, onde o custo de vida para os pobres foi calculado como sendo 37% maior do que nas áreas rurais”. A maior concentração de renda da China deve-se ao crescimento econômico sendo este gerado através do consumo de derivados do aço. Em 2001 a demanda de consumo atingiu 160 milhões de toneladas métricas, por isso as siderúrgicas estrangeiras foram para o mercado chinês, sendo este o maior comprador mundial com importações de 25 milhões de toneladas métricas do aço.

Como um país que, no início da década de 1980, era apenas medianamente industrializado, com mais de 80% da população concentrada na agricultura, que possuía cerca de 700 milhões de pobres e 400 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, se tornou em menos de 30 anos a segunda maior potência econômica mundial pela paridade de poder de compra, e a terceira ou quarta pela paridade cambial. Para alguns, que preferiam ver prevalecerem o igualitarismo por baixo (todos pobres e supostamente dignos), a China teria ingressado no capitalismo selvagem, com brutais distorções e desigualdades regionais e de renda. Virou moda dizer que o socialismo de mercado da China é o de maior desigualdade mundial. Tendo 200 milhões de habitantes a mais do que em 1980, a China possui hoje cerca de 350 milhões de pessoas na classe média alta (umas 10 milhões milionárias), 500 milhões nas classes média baixa e média, uns 500 milhões de pobres e, segundo dados da UNCTAD, cerca de 20 a 30 milhões ainda vivendo abaixo da linha da pobreza.

Se compararmos a renda dos 10 milhões de milionários com os 20 a 30 milhões que vivem abaixo da linha da pobreza, teremos uma desigualdade gritante. No entanto, se avaliarmos que a China colocou no patamar de classe média cerca de 850 milhões de pessoas, no curto espaço de 30 anos e numa época em que a hegemonia do pensamento neoliberal considerava inevitável a disseminação da pobreza e da miséria, em virtude da prevalência do desemprego estrutural, será necessário medir as desigualdades chinesas com outros parâmetros. Por um lado, a economia da China tem crescido a um ritmo muito alto. Em 2007, seu PIB foi de 3,5 trilhões de dólares (66% superior ao de 2002), suas reservas internacionais atingiram 1,52 trilhões de dólares, seu comércio externo foi de 2,17 trilhões de dólares e seu superávit comercial de 356 bilhões de dólares. Por outro lado, as políticas de redistribuição de renda do Estado chinês têm conseguido fazer com que a renda pessoal acompanhe, em certa medida, o crescimento do PIB. Entre 2002 e 2007, essa renda cresceu cerca de 100%.

Na China, a empresa apresenta alta taxa de rotatividade (troca de funcionários) em virtude de doenças causadas pelo excesso de trabalho. Por outro, a empresa concedeu aumento salarial de 33% para tentar segurar seus funcionários mais experientes. A situação da Foxconn chinesa começou a chamar atenção quando ocorreram uma série de suicídios entre seus grupos de trabalhadores. Na Honda instalada no país, as greves trabalhistas também chamaram atenção sobre as condições de trabalho nas fábricas chineses.Uma das principais forças competitivas da China perante o mundo é produzir com mão de obra barata, principalmente nos setores de tecidos, eletrônico e automotivo. As reivindicações e as divulgações de péssimas condições de trabalhos na indústria chinesa têm ameaçado essa força competitiva. Pois, enquanto que no mundo as máquinas substituem pessoas, na China, pessoas substituem as máquinas para a redução de custos. Remunerando melhor e concedendo melhores condições de trabalho, a China perde condições de produzir com menores custos e de exportar com melhores preços no mercado, deixaria de ser um mercado produtivo atrativo para indústrias nacionais e estrangeiras.

Já na educação a situação é diferente, conforme matéria da Revista Digital de 22/03/2012. Os estudantes chineses são examinados todos os anos. No Brasil, poucas escolas se preocupam com a saúde. Outra característica chinesa importante é a abertura ao exterior. Como a maioria dos países desenvolvidos que deram saltos, a China não se constrange em copiar aquilo que deu certo alhures. Os governos fazem um esforço constante para expor seus funcionários e intelectuais a tudo o que acontece no mundo, para que eles possam selecionar o melhor e trazê-lo à China. O gradualismo é outra marca do sistema chinês. O país se vale do fato de ter 32 províncias. 2 858 condados e mais de 40.000 cidades para fazer experimentações. O que dá certo é compartilhado com outras províncias, até se tomar política nacional. Mas só depois de ser testado e aprovado em pequena escala. É um sistema que impede a existência de falhas como o Enem, por exemplo. Outra marca registrada é o coletivismo. O sistema está organizado em círculos concêntricos, que se “abraçam” e se polinizam constantemente. Os professores têm seus grupos de estudo, as escolas têm seus distritos, os distritos são ajudados pelas províncias, que interagem com o governo nacional. Todos competem, mas todos se ajudam. E o fazem porque o cuidado com

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