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Desigualdade

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Por:   •  7/10/2013  •  Tese  •  1.791 Palavras (8 Páginas)  •  367 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As desigualdades sociais no Brasil se enraizaram na acumulação do capital durante todo o cenário histórico, iniciando no Colonialismo de Portugal, no período imperial, se alastrando até os dias atuais. Nesse sentido, falar em desigualdades sociais no Brasil deve-se reportar inicialmente à chegada dos portugueses, onde inicialmente encontraram os verdadeiros donos dessas terras: os índios, e deles se apossaram como também das riquezas aqui existentes.

A partir da exploração das variadas formas lucrativas no Brasil, inicia-se a aglomeração do capital nas mãos da coroa portuguesa, ou seja da própria burguesia, que se estende até o período imperial, principalmente com triste história da escravidão dos negros, momento esse bastante lucrativo para a burguesia. Neste período, o Brasil se acomoda tanto enquanto país que ganha com a escravidão que foi um dos últimos, a dizer não a esse período de escravismo em terras brasileiras.

Com o passar de vários anos, já na República, o países encontra mergulhado em várias crises estruturais, a partir dos altos índices de miséria, desemprego, acarretados pela desigual concentração da renda.

Mesmo em alguns momentos da história, aparecido políticas públicas e leis que melhorasse a situação de milhões de brasileiros, como a implantação do salário mínimo, a aposentadoria, a carteira assinada, e muitas outras situações, nada pode intervir de forma a erradicar a chaga social que se instalou de forma definitiva: as desigualdades sociais.

No governo de Fernando Collor de Melo, se intensificou o que chama-se de Privatização. Modelo esse, que acelerou no país o desmantelamento do que era estatal, em prol de uma política individualista e competitivista. Tal política agravou de forma contundente o mercado de trabalho, causando enormes índices de desemprego, pobreza e exclusão social. Estava-se vendendo ao capital estrangeiro, tudo que o povo brasileiro conquistou há séculos.

Nesse período, as taxas de juros aumentaram de forma satisfatória, ajudando a piorar principalmente a vida de milhões de brasileiros, dificultando muitas pessoas a terem iniciativas frente aos Bancos.

Durante muitos anos no Brasil, poucas foram as iniciativas dos governos na tentativa de melhorar de forma decisiva a vida dos milhões de brasileiros espalhados por este imenso país. Vários foram os presidentes, muitos foram os discursos socialistas, mas poucas foram as práticas sociais.

Nesse sentido, as desigualdades sociais o Brasil se configura na condução errónea do processo político, econômico e social durante todo o contexto histórico do país. Todavia, existiram também iniciativas de governos que tentaram ao longo dos anos melhorar essa condição, porém as mazelas tendem a piorarem.

Portanto, hoje, afirma-se que o Brasil está entre um dos que mais concentra a renda em todo o mundo. Tal perspectiva ativa a idéia de que este país só será para todos se sua renda for também para todos, ou se faz isso, ou esta nação está fadada ao subdesenvolvimento eternamente.

Desenvolvimento

Atualmente no Brasil, aliado às ideologias neoliberais, o crescimento econômico desordenado e sem uma distribuição justa, acaba por gerar mais e mais, a exclusão social de milhões de brasileiros. Essas pessoas não são apenas cem, duzentos, são milhões que sobrevivem com apenas ¼ do salário mínimo, chegando a regiões como o nordeste em que 58% vivem na absoluta pobreza.

O crescente estágio de miserabilidade social em que se encontra os brasileiros, acaba por gerar de forma satisfatória, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, que se concretizam como expressões do alto grau de complexidade das desigualdades sociais no Brasil.

As desigualdades sociais no Brasil, não podem ser encaradas como produtos naturais, obras do acaso, ou puro fatalismo, estas se encontram como estão graças ao conjunto das relações que abrangem toda a sociedade brasileira, que moldaram e ainda moldam o cenário excludente até então criado.

Com a industrialização, o país vive um período em que as mudanças econômicas foram intensas, pois o país saia de um período onde se encontrava eminentemente agrário. O processo de industrialização não gerou mudanças significativas no que se refere à melhoria das condições básicas das pessoas, mas acima de tudo intensificou a crescente concentração da renda nas mãos de poucos.

Pode-se acrescentar às discussões em torno das desigualdades no Brasil, o crescimento econômico, os programas assistenciais dos governos e a falta de organização da sociedade civil.

Primeiro o próprio crescimento econômico que determinado pelas idéias neoliberais, acabou por diminuir a presença do estado, privatizado as esferas estatais e diminuído o investimento em políticas públicas voltadas para a educação, saúde, segurança, habitação, moradia, habitação e outras áreas, que com tais medidas, a maioria da população carente continuou excluídas das reais necessidades de sobrevivência, aflorando as desigualdades sociais.

Segundo, os programas sociais assistenciais que com aintenção de diminuir o enorme abismo entre ricos e pobres, acabam por ganhar um cunho assistencialista e acabam se tornando um círculo vicioso, pois a maioria da população que recebe o dinheiro do governo, passam a necessitar efetivamente do governo.

Terceiro ponto é o que se refere à falta de organização da sociedade civil, que durante séculos a não participação efetiva da população nos destinos de políticas públicas, melhores salários, acabaram por contribuir de forma decisiva na aglomeração da renda nas mãos de poucos. A sociedade civil hoje como está configurada, sem uma cultura de participação social, acaba por explicar que no cenário brasileiro, as desigualdades sociais tendem a se aflorarem drasticamente.

Em 2005, o IDH – Índex de Desenvolvimento Humano caracterizou o Brasil como 63ª País em desenvolvimento humano médio. E segundo dados do mesmo ano, o Brasil é o oitavo em desigualdade social. Santos (2005) afirmam que a desigualdade social pode travar a expansão econômica e tornar mais difícil que os pobres sejam beneficiados pelo crescimento” (p.4).

Outro ponto importante nessa discussão é com relação a concentração da renda nacional. No Brasil, 49,9% da renda concentra-se nas mãos dos 10% mais ricos. Porém os 10% mais pobres apenas ficam com 0,7% da renda. Tais porcentagens apenas caracterizam os níveis de pobreza e miséria configurados no cenário social brasileiro.

Nesse sentido, o que tem de concreto no contexto

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