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Desigualdade Social

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Por:   •  25/10/2014  •  1.376 Palavras (6 Páginas)  •  396 Visualizações

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Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social e teórico político suíço. Foi o mais popular dos filósofos que participaram do movimento intelectual do século XVIII - o Iluminismo. Com o filósofo a literatura europeia entra em nova fase: a procura, na natureza, da pureza original. Em sua obra mais importante "O Contrato Social" desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu na Genebra, Suíça, no dia 28 de junho de 1712. Filho de um relojoeiro ficou órfão de mãe logo ao nascer. Foi educado por pastor protestante. Em 1722 ficou órfão de pai. Com 16 anos de idade vai para Savóia, Itália e sem meios de se manter procura uma instituição católica e manifesta o desejo de se converter. De volta à Genebra retorna ao protestantismo. Leva uma vida errante, foi relojoeiro, pastor e gravador, sem sucesso. Demonstra grande interesse pela leitura e pela música. Em 1742, muda-se para Paris, onde cultivou contatos com filósofos como Diderot. Nesses contatos, amadureceu suas ideias que seriam publicadas em seus livros. Publicou "Discurso Sobre as Ciências e as Artes" (1749), no qual lhe proporcionou uma medalha de ouro como prêmio. No segmento da política, seu livro mais importante é ”Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens” onde relatou a situação do homem no estado de natureza e aponta que ele tende a fazer parte da sociedade. Alguns livros trouxeram problemas para Rousseau. “Émíle”, obra pedagógica e “O Contrato Social” lhe rendeu uma prisão por serem obras consideradas subversivas. Foi perseguido pelos protestantes, mas a convite do filósofo Inglês David Hume, refugiou-se na Inglaterra. O pensamento de Rousseau influenciou as ideias da Revolução Francesa. Pregava que a liberdade era o valor supremo do homem. Anti-racionalista, foi favorável ao preceito de que os homens nasciam bons, a sociedade é que as corrompiam. Criticava a civilização, acusando-a de dissimulada e hipócrita. Jean-Jacques Rousseau morreu em Ermonville, França, no dia 2 de julho de 1778. Seus restos mortais foram transportados para o Panteão de Paris.

Rousseau e a desigualdade entre os homens

Jean Jacques Rousseau, filósofo suíço (1712-1778), em seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, publicado em 1755, cita as bases sobre as quais se firma o processo gerador das desigualdades sociais e morais entre os seres humanos.

Tomando como base os primeiros homens, Rousseau iniciou um pensamento que o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos.

Segundo Rousseau, os primitivos deviam viver em bandos mais ou menos organizados, que se ajudavam esporadicamente, apenas enquanto a necessidade emergente exigisse, para fins de alimentação, proteção e procriação. Findada tal necessidade, os primitivos seguiam suas vidas de forma isolada, até que nova necessidade aparecesse.

Com o surgimento de novas exigências, as quais estes povos não estavam acostumados, surgiu, também, a percepção de que poderiam ter, além do necessário, algo mais que pudesse fazê-lo melhor do que os outros homens. Esta noção, ainda rudimentar nesses povos, foi-se aperfeiçoando, até alcançar um nível de elaboração que fizesse surgir à ideia de propriedade, fosse ela um animal, terras, armas e, até mesmo, outras pessoas.

Essa noção de propriedade criou nos primitivos a ideia de acumulação de bens e, consequentemente, superioridade frente aos demais. Essa suposta superioridade foi o estopim para o início dos conflitos entre os homens de uma mesma tribo e, posteriormente, entre cidades e nações.

Outra novidade nesse progresso mental foi à noção de família, que com o tempo, levou homens e mulheres a deixarem de lado o comportamento selvagem que tinham. Essa moderação no comportamento fez emergir a fragilidade perante a natureza e os animais, mas trouxe como compensação e noção de grupo, que transmitia maior poder de resistência do que o indivíduo isoladamente. O amor conjugal e o fraternal surgem nesse momento, segundo Rousseau.

Entretanto, a facilidade da vida em grupo trouxe outro problema: a ociosidade e a busca por algo que desse sentido a vida, além do trabalho. Assim, o lazer se instituiu, porém, com o passar do tempo, o que era comodidade passou a ser visto como necessidade e novos conflitos surgiram, fazendo com que o homem ficasse mais infeliz pela privação das comodidades, do que feliz de possuí-las.

Assim, segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

A origem da desigualdade social

A origem da desigualdade social na humanidade está diretamente ligada à relação de poder, estabelecida desde o princípio dos tempos, popularmente conhecida como a 'lei do mais forte'.

O homem primitivo sempre teve seu lugar de destaque, constituído através da força e da inteligência, onde, por meio de combates e meios de ação mais elaborados, através de um uso mais bem direcionado das aptidões recentemente descobertas, estabelecia domínio e liderança sobre os demais, gerando, assim, as primeiras relações de desigualdade social conhecidas no mundo. Uns detinham as melhores partes da caça, as melhores

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