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Direitos Humanos

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Por:   •  26/5/2014  •  1.187 Palavras (5 Páginas)  •  218 Visualizações

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O filme de Sérgio Bianchi (Quanto vale ou é por quilo?) trata de uma série de valores sociais, bem como denuncia a realidade em que se vive, hoje, no Brasil em detrimento das conquistas levadas a efeito por longas datas de lutas e clamores da sociedade. Entre esses valores e conquistas que fazem parte da estrutura social moderna, podemos destacar alguns elementos vislumbrados no roteiro do filme, que vistos de forma separada, nortearão um processo analítico que visará à compreensão desses fenômenos e como têm influenciado a sociedade brasileira.

1. Cidadania

Tomando como base o conceito de cidadania, do qual se infere que o homem na condição de cidadão é capaz de influenciar ativamente na vida e no governo de seu povo. O que se vê no filme em questão é um profundo contraste entre classes sociais. De um lado a miséria estampada no semblante de cada um dos personagens que representam, em verdade, os vários homens e mulheres espalhados pelo território brasileiro. De outro, a elite da sociedade representada pelos políticos e empresários, que exploram a pobreza humana e a utilizam em benefício próprio.

Nesse contexto, é possível afirmar que o Brasil vive um momento em que a cidadania é exercida de forma camuflada, no sentido de que, apesar da pessoa parecer um cidadão ativo e preocupado com o bem comum, sem se dar conta, acaba agindo de forma totalmente diferente. Ele é levado por um caminho já traçado pelo Estado, por interesses que vão além do que o povo realmente almeja. Sendo assim, o que seriam “direitos e obrigações”, tornam-se, apenas, atitudes pré-moldadas pelo Estado. Candinho, personagem do filme, por exemplo, possui o direito de ter emprego que lhe cubra todos os gastos com moradia, alimentação, criação de seu filho, etc. No entanto, vê-se “sem escolha” e procura meios ilícitos para cumprir com suas “obrigações” financeiras, fruto de uma alienação causada pela própria estrutura estatal. Dessa forma, não há cidadão genuíno, no Brasil, senão os que detêm o poder político e fomentam o sistema que explora os demais, suplantando toda e qualquer possibilidade de influência ativa no governo, a ser exercida pelo Homem de baixa renda, o que vive nas favelas, que representa a maioria do povo brasileiro e a quem, hoje, está destinado o direito precípuo do voto (pelo menos é quando se sente importante e notado).

2. Corrupção e Ética no Brasil

Sobre esta temática, o filme em questão evidencia as formas de corrupção dos valores morais que deveriam, pelo menos, nortear os caminhos da sociedade brasileira.

O foco central dessa abordagem encontra guarita no papel desempenhado por uma empresa administrada por Ricardo Pedrosa e Marco Aurélio, que aliados a um influente político utilizam-se da captação de recursos advindos de doações em ações sociais para gerarem seus lucros pessoais, através do superfaturamento de notas fiscais, desvios de verbas e outros artifícios, colhendo os lucros plantados através de uma falsa ética: aquela que diz o quão glorioso é, ao homem, ajudar o próximo. Falsa não por ser mentiroso o princípio, mas porque os aplicadores a tornam falsa. Diante disso, é possível afirmar que o filme de Sérgio Bianchi denuncia uma das facetas da corrupção, no Brasil. Não aquela que todos se acostumaram a ver nos noticiários, onde representantes do povo são pegos com a mão em montanhas de dinheiro público, cujo destino é, possivelmente, uma de suas contas bancárias, no exterior. Não aquela em que um policial recebe suborno para manter o tráfico de drogas em “segurança”. Trata-se de um tipo de corrupção a que poucos atentam. Aquela realizada visando o bem comum.

Ora, é louvável acreditar que existem instituições sérias, no Brasil, que visam, de fato, arrecadar doações que serão destinadas à redução do sofrimento causado pela injustiça social. No entanto, seria de tamanha estupidez fechar os olhos aos “empresários do ramo da solidariedade”, que, atualmente, desconhecem um palmo de miséria, além de seus luxuosos veículos importados e casas bem planejadas, sustentados pelos dividendos que a própria miséria lhes proporciona. Importante é ressaltar que estes senhores não estão sós nesta empreitada, pois como bem aludido no filme, contam com a importante cobertura de políticos que, em vez de lutarem pela extinção da miserabilidade de parte da população a que representam, são a própria encarnação da miséria humana, no que tange à falta de escrúpulo em relação à ética e à moral social.

Assim, é forçoso afirmar, levando em consideração o roteiro de Sérgio Bianchi,

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