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Discurso do graduado

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Por:   •  25/3/2014  •  Artigo  •  1.475 Palavras (6 Páginas)  •  393 Visualizações

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Boa noite.

Como se fosse ontem, ainda nos lembramos daquele primeiro dia de aula: nós, de olhos arregalados, esperando pelo primeiro professor, e o terceiro ano observando nosso comportamento civilizado como se fosse anormal.

Aquele silêncio do primeiro dia de aula não durou muito... Na segunda semana, ele já era saudade para os professores. Pessoas dos mais diferentes lugares, algumas já se conheciam, enfim... Aos poucos, formamos esta família. Nosso primeiro ano estava formado, nos tornamos aqueles “talvez loucos”, mas certamente surtados.

O tempo passou rápido demais. No começo, movia-se devagar. Os primeiros dias. Os primeiros contatos, tudo era novidade. Cada novo momento parecia difícil de ser aprendido. Mas daí, as coisas começaram a fazer sentido e, assim, passamos a entender uma razão além do aprendizado para estarmos ali. Razão esta que hoje venho destacar: a amizade.

Quero que as pessoas aqui presentes saibam que cada um dos formandos tem uma história de luta, de força, de perseverança e de coragem que valem, e devem, ser lembrados. Desculpem-me se esquecer de algum momento, pois mesmo que tenham sido apenas três anos, grande história se formou dentro daquelas paredes.

Bem, retornemos ao primeiro ano.

Primeira foto da turma: 07 de fevereiro, na Estação.

Vamos levar cobertores para a escola, afinal não somos obrigados a sentir frio na sala de aula, exceto na aula da Magali: “Que deselegante”.

Vamos levar também nossos filhotes, entende-se estes como pintinhos. Não, esperem, a Magali tem algo a dizer novamente: “Essa ave não vai assistir à minha aula”.

Surtados que é Surtados conhece uma música de cor: “Eu confio no nosso professor, com fé esperança e amor!”.

Lembram-se de quando ficamos presos na sala graças ao Mateus Henrique?

E das coreografias: “Te espero no farol pra ver o sol se pôr, fazer denguinho, fazer declaração de amor” e, claro, “O sol já raiou, a alegria é maior, é um estado de paz, surtar no Bom Demais”.

Isabela Moraes desesperada e chorando, como sempre, porque o trabalho de Biologia do Conheça o CET havia despencado. Tudo bem que já havia dado o horário de início, mas largamos tudo que deveria ser feito para ajudar nossos colegas a reerguer o trabalho.

Bom Demais 2011, Surtados campeões. Tivemos Lady Gaga, digo Ladyjúlia, saindo de uma mala. Gabi no caixão, Yuri e Thaís sendo os cadáveres. Grito de guerra estilo Kuduro, vídeo gravado em um cemitério, decoração que não tinha como concorrer. Realmente uma vitória merecida. E depois, uma comemoração mais merecida ainda.

2012, segundo ano, empresas simuladas. Brigas, sorrisos, fotos, festa junina, vídeos...

Como não lembrar do lendário teatro “Se eu fosse você”, na Noite Literária?

2012 foi um ano de muitas desavenças, claro. Mas que venha 2013!

Terceiro ano geralmente é hora de micos, certo? Pra nossa turma, errado! Tivemos um único mico: os manos do CET.

Fomos a Viçosa, uma viagem incrível. Que atire a primeira pedra quem não se encantou com aqueles prédios, com as palestras, as companhias, as gatas e gatos que andavam por aquelas ruas!

Numa sala com pessoas tão carentes não existe Dia dos Namorados, mas sim Dia dos Amigorados. E para aqueles que não ganhariam presente, fizemos um choco culto.

Conheça o CET, quanta responsabilidade nos deram ao precisarmos homenagear a história do Ensino Médio do CET. Mas, como sempre demos conta do recado, fizemos um belo trabalho.

O Enem chegava e mais do que obviamente o medo também nos corrompia. Familiares, professores e amigos depositando esperança e confiança em nós. Uma barreira foi ultrapassada, já não há mais um peso nas costas.

E qual foi o nosso pensamento após o Enem? “Agora que isso tudo passou, só temos que esperar pela formatura!”. Mas ainda não, ainda faltava uma coisa pra fechar com chave de ouro nossa história: Nossa tão sonhada viagem ao Caraça saiu e como aproveitamos, não? Não houve ameaça de chuva, cansaço, sol, horário mais que cedo para acordar que nos fizesse desanimar. Nadamos com girinos, andamos debaixo de sol, fotografamos até a paisagem menos provável.

E as inúmeras votações? Nossa, como geraram discussões, não é mesmo? Se na Itália tudo termina em pizza, nos Surtados TUDO termina em votação.

Alguns de vocês podem estar pensando: “Nossa, o orador não citou nenhuma festa da turma, será que não teve?!”. Não sejam bobos, claro que tivemos, inclusive muitas. Comemoramos o tempo que passamos com Nair e Dedeco, fizemos festas de aniversário dos professores, inventamos festas de homenagens só pra perder aula e comer salgadinhos, além de muitas festas de 15 anos das Surtadas.

Não pensem que me esqueci da Noite Literária “Toda Forma de Amor”, meus amigos. Perceberam a ironia do destino ao nos colocar aqui, hoje, para comemorar nossa formatura? Logo aqui, que sem dúvidas, foi um dos locais que mais nos identificou ao longo desses anos. Como esquecer das inúmeras danças incríveis, vozes exuberantes, teatros engraçados ou emocionantes que aqui apresentamos?

Mas acima de qualquer apresentação, o cinema foi palco de um episódio que identifica nossa turma até hoje e para sempre o fará. O que fazer quando tudo parece conspirar contra nós? Qual decisão tomar ao nos dizerem que a Noite Literária seria adiada? E o trabalho que tanto tivemos para montar aquele espetáculo? Aulas perdidas, votações em cima de votações, ensaios, mudanças...?

Sim, muitos viram na desistência uma luz no

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