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EDUCAÇÃO

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Por:   •  30/10/2012  •  1.354 Palavras (6 Páginas)  •  553 Visualizações

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A FORMAÇÃO CONTINUADA E A PRÁTICA PEDAGÓGICA: RELATO DE EXPERIENCIAS EM UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MUNICIPAL DE DOURADOS - MS

Eliana Maria Ferreira

ellianmari@hotmail.com

PPGEdu/FAED UFGD

As práticas executadas na educação infantil pelos educadores são ações sustentadas por concepções ideológicas, ou seja, somos informados pelas práticas qual concepção que tem da criança, da infância, do mundo.

Neste sentido, pretendo estabelecer uma análise do trabalho pedagógico em um Centro de Educação Infantil do município de Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul no ano de 2001. Pontuar a prática pedagógica neste período é importante, pois a partir dela temos indícios de possíveis avanços ou não, destinados a educação da criança de 0 a 6 anos, para que sirva de reflexão aos novos educadores e assim contribua para uma educação de qualidade.

O Centro de Educação Infantil Frutos do Amanhã, foi escolhido primeiramente pelo fato de ter trabalhado na unidade no período citado e por ser também um dos pioneiros contemplado com a proposta da reorientação curricular da secretaria municipal de educação.

O trabalho de análise e reflexão da realidade educacional iniciou em 2001, no processo Constituinte Escolar, junto a Rede Municipal. Este processo possibilitou a elaboração coletiva e democrática do Plano Municipal de Educação e também incorreu na formação dos profissionais do CEIM.

O Centro de Educação Infantil Frutos do Amanhã, situado no Conjunto habitacional Izidro pedroso, atendia em médio 150 crianças de 6 meses até 6 anos assim dividido: 1 turma de berçário , 1 turma de maternal I, 2 turmas de maternal II , 1 turma de jardim e 4 turmas de pré-escola, as quatro turmas de pré escola eram atendidas durante meio período. Constituindo o quadro de profissionais: berçaristas, recreadores, professores e uma coordenadora pedagógica, num total de 15 educadores diretamente ligado as crianças. O objetivo da reorientação curricular era investigar as problemáticas relacionadas ao ensino, à aprendizagem, as relações sociais entre o Centro de Educação Infantil e a comunidade e o desenvolvimento infantil. Com o levantamento dessa problemática, apontou-se a necessidade de formação continuada aos profissionais do “in loco”, ou seja, no contexto do próprio local. As discussões “in loco”, são consideradas de extrema relevância, pois algumas ações e praticas foram experimentadas por aquele grupo, naquele contexto cultural e social. Busca-se desta forma, problematizar as propostas, os resultados e as dificuldades encontradas, a partir de projetos e planos de atividades.

Concordamos com Oliveira e Cardoso, quando dizem que “num mesmo lócus de trabalho, pessoas somam histórias pessoais e profissionais, e a consideração sobre isso pode ou não contribuir para o avanço na construção de uma educação infantil de qualidade” (p. 88, 2005).

Neste sentido, a formação continuada teve como objetivo refletir a prática pedagógica vivenciada no centro de educação. Nesta perspectiva, o educador torna-se pesquisador investigando as relações sociais estabelecidas entre o centro de educação e a família, entre a criança e o educador, entre as próprias crianças, entre os professores, recreadores e demais profissionais, apropriando-se de experiências cotidianas, dos discursos, das problemáticas presentes no CEIM. Observa-se as brincadeiras das crianças, as relações estabelecidas com os objetos, os conhecimentos que possuem formulados no cotidiano, tendo a fala e as manifestações das crianças e dos adultos como instrumentos essenciais de análise para desencadear o processo de reflexão e estruturação do currículo.

Após o levantamento das falas e manifestações, selecionamos aquelas que fossem significativas, retirando o tema gerador lógico do mundo adulto e análise das falas e manifestações das crianças, em que o tema gerador é o reflexo do problema apresentado pela comunidade.

As falas e manifestações selecionadas para o desenvolvimento do trabalho estavam relacionadas ao sentimento de liberdade: “lá fora eu me sinto mais livre” (brincando com aviõezinhos feito de papel) – fala de uma criança matriculada no pré de uma escola, extensão do CEIM (a criança estava no CEIM desde o berçário). A manifestação selecionada para análise: as crianças fazem armas de brinquedo de papel e brinquedos de encaixe.

A partir desse momento, pesquisamos materiais que viesse ao encontro das nossas expectativas frente à fala e manifestação selecionadas, dessa forma, a reflexão teórica pautou-se ao brincar e ao brinquedo sendo estes elementos essenciais relacionadas ao mundo infantil. Para as discussões nos momentos de formação, utilizamos o seguinte referencial teórico: Significando o brincar - Priscila Augusta Lima, Brincar na educação infantil - Gisela Wajskop, Brinquedo e infância- Eugênio Tadeu Ferreira, Tensões reflexões- Secretaria Municipal de Chapecó, “Casa grande e senzalas”- Gilberto Freyre, vídeo Alegria-alegria. Ainda utilizamos as telas de Pieter Bruger – jogos de crianças, Cuca de Tarsila do Amaral, Roda de Milton da Costa, Pipa de Portinari e os livros de literatura infantil “Tuca, vovô e Guto” e “O jogo do pega-pega”.

Com o interesse de desenvolver nas crianças o gosto pelos vários tipos de brincadeiras e brinquedos, sua importância no dia a dia, como forma de trabalhar as relações sociais pautadas no diálogo, na solidariedade e na exploração dos diferentes espaços no

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