EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: DESENVOLVIMENTO E PERSPECTIVAS NO BRASIL

RESUMO

A educação a distância vem responder às necessidades de uma sociedade, que, atualmente está permeada de novas tecnologias. Ética e qualidade no ensino são essenciais e devem acompanhar o desenvolvimento desta modalidade. Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica através de livros, revistas, artigos científicos e sites da internet, que contribuíram para esclarecer conceitos do que significa educação e educação a distância, além da compreensão histórica do desenvolvimento deste formato educacional no país e entendimento de por que este tipo de ensino está despontando no Brasil.

Palavras: chave: educação a distância. qualidade.perspectivas.

Introdução

Novas questões éticas são colocadas na atualidade da intensa comunicação mediada por tecnologias de informação e comunicação. O acesso irrestrito a uma quantidade enorme de informações pessoais em espaços públicos e semipúblicos nem sempre vem acompanhado do conhecimento de uma conduta ética que evite um uso desonroso de dados que são de propriedade alheia.

Por este motivo, apresenta-se um dilema para as instituições de ensino que fazem uso de ambientes virtuais para a oferta de cursos na modalidade à distância. Se por um lado é preciso incentivar e promover estudos e pesquisas sobre a recente história da formação de professores pela modalidade à distância, de outro, é preciso resguardar a instituição e, sobretudo, orientar adequadamente pesquisadores para uma necessidade nem sempre considerada, a de uma atenção e respeito a direitos humanos no desenvolvimento de pesquisas éticas.1

Assim, conforme assuntos tão relevantes acima mencionados, este artigo reflexionará sobre conceitos do que significa educação, conceitos de educação a distância, desenvolvimento da educação à distância no Brasil e as perspectivas e importância deste tipo de ensino que desponta com grande vigor, na atualidade, no país.

Conforme Brandão (2004), O Brasil enfrenta, dentre tantos outros, um desafio de importância capital para seu futuro: promover a universalização do ensino, considerando que esta expressão tão em voga, universalização, deveria ser sempre compreendida como a oferta, a qualquer brasileiro, de qualquer idade, independente de sua condição sócio-econômica ou localização geográfica, de algo que é seu por direito e previsão constitucional, um ensino de qualidade.

Brandão (2004) coloca, ainda, a pergunta de que, como, afinal, combater e vencer os inúmeros obstáculos que impedem que a população usufrua um ensino adequado, base necessária para que todo e qualquer plano de inclusão social deixe de ser paliativo e torne-se efetivo, com resultados perenes, e que indiquem evolução, e não retrocesso ou estagnação?

Assim Brandão (2004) conclui que, hoje, cada vez menos basta a alfabetização tradicional, e é cada vez mais necessário o contato e o domínio das tecnologias que transformam veloz e inexoravelmente nossa realidade, e vendo que já não basta a mera posse de um diploma universitário como chave para ingresso e ascensão em mercados de trabalho crescentemente exigentes quanto à qualificação de mão-de-obra.

Dessa forma, no tocante do histórico da educação brasileira, aliada a uma nova forma de transmissão de ensino, faz-se necessário a construção de leis e regras que rejam este novo formato para que os alunos não sejam prejudicados e nem sejam formados por professores- tutores sem preparo tecnológico ou que não tenham profundo senso de pesquisa.

Conforme a ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), embora instituições de Educação a Distância (EAD) sejam bastante diferentes no tocante a finalidades, tipos de atividade, recursos e tamanho, é válido tentar estabelecer um conjunto de princípios aplicáveis igualmente a todas, garantindo, assim, a possibilidade de um desenvolvimento ordenado e de qualidade da EAD no Brasil.

Tais princípios terão, entre outras questões, a função de:

Oferecer diretrizes às instituições, visando um trabalho contínuo de melhoria de qualidade da EAD;

Especificar padrões de qualidade que permitam a avaliação de cursos a distância;

Criar indicadores que possibilitem proteger os interesses dos alunos e consumidores deste tipo de serviços educacionais.

Este Código deve ser atualizado sempre que necessário uma vez que o desenvolvimento de técnicas pedagógicas e avanços tecnológicos apresentam mudanças constantes e que regras e critérios obsoletos não podem se tornar barreiras para o progresso, na área de EAD.

Desenvolvimento

Educação, processo sociocultural do conhecimento -

O substantivo educação, é a essência e deve ser compreendida como prática social que, em interface com outras práticas, contribui para a construção de significados culturais. NEDER (2009).

Possari (2002, p.15) afirma que,

A distância é adjetivo, que pode ser concebida como forma mediatizada de conversação didática guiada. Todavia, tem sido concebida como método de repartir conhecimento, de instrução por meio de impressos, meios eletrônicos, hipertextuais e ainda, meio de comunicação massiva (Massiva et al, 2001)

Portanto, autores, tutores, professores, com o material didático de EaD não se ensina e nem se sabe mais do que aqueles que vão dialogar com os leitores e estudantes. É no processo dialógico que se dá a construção de conhecimento.

“Dessa forma, pode-se conceber a educação como sistema aberto, que implica a existência de processos transformadores, decorrentes da experiência, algo inerente a cada sujeito. Como sistema aberto, tudo o que está em movimento, não tem fim, início e fim não são predeterminados.” (Possari, 2002)

A educação na modernidade

Seguindo os paradigmas da ciência clássica e moderna, a educação se moldava em princípios que, atualmente, estão sendo remodelados.

Esses princípios orientavam a educação (é preciso que se tenha em mente que o que se trata aqui é da educação no século XX e início do século XXI). Partia-se do princípio cartesiano de que todos poderiam alcançar os conhecimentos de que precisassem desde que lhes fosse ensinado pelo método