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EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL EM UBERLÂNDIA-MG

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Por:   •  2/4/2014  •  2.478 Palavras (10 Páginas)  •  558 Visualizações

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL EM UBERLÂNDIA-MG

Rosana de Ávila Melo Silveira e Nara Cristina de Lima Silva2

Introdução

Atualmente em todos os segmentos de nossa sociedade a preocupação com o meio ambiente vem aumentando, uma vez que a degradação ambiental tem se intensificado. De forma inconsequente, estamos, a partir de nosso estilo de vida e de sociedade, provocando a destruição de nosso habitat. Apesar de usufruirmos de mais conhecimento e tecnologia estamos, segundo Schmied- Kowarzik (1999 apud GADOTTI, 2000), caminhando para a Era do exterminismo. Para este autor a possibilidade da autodestruição nunca mais desaparecerá da historia da humanidade. “Daqui para frente todas as gerações serão confrontadas com a tarefa de resolver este problema”.

E de fato, uma parte da sociedade vem se preocupando com essa questão, buscando soluções e alternativas para a degradação ambiental. Dentre as propostas mais interessantes e eficazes, que tem dado resultado, esta a prática da Educação Ambiental - EA - desenvolvida desde a década de 1970, em algumas partes do mundo.

O Brasil desde essa época vem propondo uma política nesse sentido. Todavia, somente no final dos anos 1980 que a EA começou a se efetivar no país, com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e posteriormente com a Política Nacional de Educação Ambiental de 1999.

Perante a lei brasileira cabe a EA, o papel de sensibilizar e mostrar à sociedade as consequências de atitudes incorretas nas questões ambientais e de promover novos hábitos e valores que resultem em uma melhoria do Meio Ambiente. Quanto à promoção da EA cabe aos governantes, aos órgãos responsáveis e, principalmente, às instituições de ensino essa responsabilidade. Mas, uma vez iniciada a EA o próprio indivíduo envolvido no processo de formação/informação se “impõe”, subjetivamente, a obrigação repassar e divulgar tais ensinamentos.

Nesse sentido, compreendemos ser necessário que toda pessoa que se dedica a estudar a temática ‘Meio Ambiente’ - MA - desenvolva de forma prática projetos de EA junto à comunidade para partilhar seus conhecimentos e ao mesmo tempo apreender junto à mesma, novos valores e princípios.

Com este propósito, desenvolvemos junto aos discentes do 3º Período do Curso Técnico de ME, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM – Campus Uberlândia, um Projeto de EA. Este tinha por objetivo promover EA em algumas Escolas de Ensino Fundamental em Uberlândia-MG, pois entendemos que o processo de formação de valores éticos e ambientais devem iniciar o mais rápido possível na vida do ser humano, se possível na infância.

O objetivo geral deste projeto esteve assim voltado para dois propósitos: 1º - proporcionar aos alunos do 3º período do Curso Técnico de MA a prática de conhecimentos técnicos. E em 2º, desenvolver práticas de EA junto a crianças do Ensino Fundamental, através de atividades lúdicas. Para isso os alunos do Curso Técnico elaboraram um projeto de EA voltado especialmente para esse tema e esse público.

Já os objetivos específicos foram: Abordar a importância do MA e da sustentabilidade; desenvolver EA através de atividades lúdicas; envolver a comunidade escolar, especialmente nas apresentações de teatro sobre a conservação da biodiversidade; colaborar nos processos de ensino e de aprendizagem das crianças.

Material e Métodos

Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental, lei 9.795/99, a EA deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal, mas não como disciplina específica incluída nos currículos escolares. Os programas educacionais, especialmente os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN -, reafirmam a importância da transversalidade e da interdisciplinaridade da EA.

Esses programas, contudo, não têm garantido uma EA efetiva no ensino formal, uma vez que a interdisciplinaridade e a transversalidade não têm funcionado na prática, pois não há exigências formais de que seja exercida nas escolas e instituições de ensino. Soma-se ainda a essa situação, o fato de que boa parte dos professores não está preparada para realizar projetos de EA. E mais, como a maioria dos docentes se sente pressionada a cumprir o plano curricular de sua disciplina, evita desenvolver atividades “extras” que exigem integração de conhecimentos. A defesa da interdisciplinaridade e da transversalidade da EA, todavia se faz presente no discurso dos pesquisadores e da maioria dos professores.

De acordo com os PCN (1997), a temática ambiental deve ser inserida no projeto político pedagógico da instituição e deve ser tratada como tema transversal, para o permanente diálogo entre os envolvidos: professores, alunos e comunidade, para uma educação conjunta.

Democraticamente ou não, os instrumentos legais e os programas governamentais determinam o caráter interdisciplinar da EA e a sua obrigatoriedade de perpassar por todos os conteúdos e disciplinas, desde a educação infantil até a pós-graduação. Como resolver então a baixa eficácia das ações de EA nos ambientes escolares? Ou melhor, como promover uma EA efetiva nas instituições de ensino?

Partindo do principio de que o ser humano aprende desde que nasce, poderíamos indagar: qual a melhor época ou fase para desenvolver EA?

Para a ciência e, também, para o senso comum há a constatação de que é na infância a melhor fase para se estimular e se desenvolver princípios e atitudes éticas. Uma parcela significativa de nossos valores e hábitos são assumidos durante esse período, e os mesmos costumam ser relativamente estáveis e duradouros.

Palangana (1994) destaca que o melhor momento para se desenvolver valores, é com crianças de 4 a 11 anos. Nessa fase elas vão desenvolver os principios básicos de responsabilidade e de independência, passam a compreender melhor o mundo à sua volta, a entender que suas ações podem afetar as pessoas à seu redor; e que existem padrões de comportamentos e que determinadas ações podem ou devem ser feitas, ou mesmo, não devem ser feitas.

Considerando esse processo e a relevância da EA na formação de valores éticos e humanos, ressaltamos a contribuição de Scardua (2009) e de Elali (2003) que enfatizam a importância da EA na infância, como um recurso eficiente no aprendizado e na construção de valores. Para as autoras, a melhor fase para trabalhar o conhecimento é nessa fase. E é possível estimula-lo de várias maneiras, especialmente a partir de brincadeiras,

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