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EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: SUA PRÁTICA SOCIALIZADORA

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Por:   •  15/9/2013  •  2.706 Palavras (11 Páginas)  •  684 Visualizações

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EDUCAÇÃO NÃO FORMAL:

SUA PRÁTICA SOCIALIZADORA

Autores: Ângelo Poncio Júmior

RESUMO

A educação não-formal surgiu no Brasil com a alfabetização de adultos e na educação popular como uma alternativa para preencher as lacunas deixadas pela educação formal na construção do conhecimento e da cidadania Pretende-se com este trabalho mostrar o caráter diferenciado da Educação formal para a Educação não-formal e sua evolução. O objeto principal de trabalho é o de dimensionar e direcionar um novo olhar para a educação não-formal possibilitando uma maior análise e aprofundamento sobre o seu papel na melhoria ao serviço oferecido por instituições envolvidas nesse processo, cujo sentido deveria ser o da formação integral do aluno e sua contribuição para a sociedade em geral.

Palavras chave: Educação formal, Educação não-formal, Cidadania, Socialização, Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

“A educação não-formal é para todas as classes sociais,

mas no caso dos jovens e adultos menos favorecidos

é também uma maneira de ‘tapar o buraco’

na formação dessas pessoas”.

Garcia (2008)

Nesse artigo pretendemos lançar um olhar sobre a compreensão histórica da cidadania e o papel fundamental da complementação da educação integral dos indivíduos através da Educação não-formal.

Para uma melhor compreensão da educação não-formal faremos uma breve análise dos conceitos sobre as três formas conhecidas de Educação. A Educação formal, Educação Informal e a Educação Não-formal.

Segundo Bianconi e Caruso (2005) A educação formal é aquela que se faz presente no ensino escolar, sistematizado em anos, com uma hierarquia estruturada. Na educação formal, prevalece o ensino e aprendizagem de conteúdos, historicamente delineados, normatizados por leis, cujo objetivo se destaca em formar o individuo como um cidadão ativo, desenvolver habilidades e competências.

A Educação informal é adquirida pela experiência diária em casa, no trabalho e no lazer, onde cada pessoa adquire e acumula conhecimentos

A educação informal ocorre nas vivências espontâneas ou naturais, mesmo que permeada de valores como no caso da educação familiar. Conforme Afonso (1992), a educação informal ocorre nos espaços de possibilidades educativas no decurso da vida dos indivíduos, como a família, sendo, portanto quase permanente.

A Educação não formal, objeto de nosso estudo, pode ser definida como toda tentativa educacional organizada e sistemática que se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino. A Educação não-formal tem o objetivo de capacitar todos os indivíduos a desenvolver a cidadania plena no mundo. Sua finalidade é desenvolver o conhecimento sobre o seu entorno, sobre as pessoas e suas relações sociais. Sua principal função é de transmitir informação e formação político-sócio-cultural. Seu espaço pode ser a própria escola, associações, organizações não governamentais e em todos os espaços interativos das comunidades educativas.

Motivados a compreender melhor a Educação não-formal e o que difere da educação formal. realizamos um estudo começando com um breve histórico do atendimento às crianças das classes mais pobres e como se deu o atendimento do século XVIII aos dias atuais.

Em seguida aprofundaremos no propósito de nosso estudo com a intenção de compreender a Educação não-formal, sua concepção, seu contexto e de como ela pode contribuir para a igualdade social entre outros paradigmas e também nessa investigação, buscaremos exemplos de como a Educação não-formal contribui para construção plena da cidadania.

Muitas práticas educativas não-formais se desenvolvem com a intenção de contribuir para a reflexão e o conhecimento dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais..

Através da Educação não-formal podemos ajudar na construção de uma sociedade mais humana?

A metodologia será aplicada através de pesquisa bibliográfica embasada em diversos autores que vem demonstrando a importância do papel da Educação não-formal para o desenvolvimento da cidadania

1. HISTÓRICO DE ATENDIMENTO ÀS CLASSES MENOS FAVORECIDAS.

É mais fácil construir um menino

do que consertar um homem.

(Charles Chick Govin)

Para melhor compreender a Educação não-formal, fica evidente a necessidade da compreensão da historia das classes menos favorecidas e a sua evolução.

Conforme estudos feitos por Marcílio (apud SIMSON; PARK; FERNANDES, 2001), o serviço de atendimento a crianças pobres no Brasil sempre esteve vinculado à situação política e econômica do país, mostrando o contexto de organização existente.

Durante o século XVIII e parte do século XIX, o atendimento a essas crianças era de caráter assistencialista e caritativo, liderado pela igreja com o intuito de apenas tirar das ruas os filhos das escravas e prostitutas que os abandonavam nas portas das Santas Casas de Misericórdia.

O objetivo desse atendimento era diminuir a mortalidade infantil e afastar a possibilidade de essas crianças viverem na mendicância, na prostituição e na marginalidade.

A criação até os três anos de idade era feita por amas-de-leite, que em geral eram pobres e não tinham a menor noção básica de higiene e dos cuidados necessários a saúde. Dos três aos sete anos eram levadas para casas de famílias para serem educadas e encaminhadas a receber um ensino para o trabalho.

Até os anos 80, segundo Maria da Glória Gohn (2001), a educação não-formal,

foi um campo de menor importância no Brasil, tanto nas políticas públicas quanto entre os educadores… Em alguns momentos, algumas luzes foram lançadas sobre a educação não-formal, mas ela era vista como uma extensão da educação formal, desenvolvida em espaços exteriores

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