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EKOS LINE: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PUBLICIDADE NATURA

Projeto de pesquisa: EKOS LINE: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PUBLICIDADE NATURA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.781 Palavras (20 Páginas)  •  263 Visualizações

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LINHA EKOS: O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A PUBLICIDADE DA NATURA

mo: Este artigo tem a finalidade de apresentar o desenvolvimento sustentável da empresa Natura, com a ênfase na linha Ekos. Trata-se de um projeto audacioso de sustentabilidade, com a parceria de pequenas comunidades agrícolas nas diversas regiões do país, fornecedoras dos ativos de plantas tipicamente brasileiras, que servem de base para a confecção de produtos como perfumes, óleos e sabonetes. Com o foco na pesquisa científica, no desenvolvimento e na inovação, a empresa vem se destacando no mercado internacional de cosméticos, ao passo que coopera na preservação do patrimônio ambiental brasileiro e transforma a realidade econômica de diversas comunidades agrícolas.

Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, Publicidade, Natura.

1 INTRODUÇÃO

A responsabilidade social e ambiental é um dos temas que mais ocupa espaço nas discussões de governos e empresas. Ela tem se transformado em um parâmetro e referencial de excelência desde o início da década de 1990, período em que ganhou um grande impulso. A responsabilidade social nas questões ambientais significa a adoção de práticas que vão além dos deveres básicos das organizações. Pode-se afirmar que são ações voluntárias, com o intuito de evidenciar, junto aos stakeholders, um comprometimento maior com as questões do meio ambiente do que somente cumprir as obrigações mínimas oriundas da legislação.

O presente trabalho terá como base a empresa Natura Cosméticos S.A, empresa brasileira, de capital aberto, fundada em 1969. Ela atua nos setores de produtos de tratamento para o rosto, banho, óleos corporais, perfumaria, cabelos, proteção solar, infantil e higiene oral. Além disso, o foco se dará na linha Natura Ekos, projeto pioneiro de fazer negócio de maneira sustentável. Os produtos são confeccionados com matéria-prima obtida da floresta Amazônica, sem causar prejuízos a ela e fomentando pequenas comunidades agrícolas que trabalham em parceria com a Natura.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A partir do século XIX, mais precisamente na segunda metade em diante, como resposta a degradação do meio ambiente e as consequências alarmantes destes atos do ser humano, surgiram alguns estudos no sentido de investigar e determinar métodos cujo intuito era diminuir os danos contra a natureza. No ano de 1948, na reunião do Clube de Roma, houve o reconhecimento notório dos problemas ambientais. A partir deste encontro foi desenvolvido o estudo matemático de projeções de Dennis Meadow, denominado “Os Limites para o Crescimento”, o qual foi responsável por diagnosticar a degradação acelerada do meio ambiente, cuja causa foi o crescimento da população de forma descontrolada e a exploração excessiva de recursos naturais.

Posteriormente, no ano de 1972, visando minimizar os problemas ambientais, a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu a Conferência de Estocolmo, na capital da Suécia. O evento buscou instituir o desenvolvimento sustentável através da criação da Declaração sobre o Ambiente Humano. Os países participantes pactuaram uma agenda politica internacional, no sentido de limitar o modelo vigente de crescimento econômico e de exploração dos recursos ambientais. Deste acordo internacional ficou definido que “tanto as gerações presentes com as futuras tenham reconhecido como direito fundamental a vida num ambiente sadio e não degradado”.

Foi na Comissão Mundial de Meio Ambiente, criada pela ONU no ano de 1983, que, pela primeira vez, surgiu o conceito aceito até hoje de desenvolvimento sustentável. A comissão foi presidida pela norueguesa Gro Harlem Brundtland, sendo por isso conhecida como Comissão Brundtland. De acordo com ela o desenvolvimento sustentável busca satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. Ou seja, é o desenvolvimento, tanto econômico quanto social, que não esgota os recursos para as gerações vindouras; é a relação entre homem e natureza sem prejuízo da última.

Além disso, foi proposta uma nova declaração sobre o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente, através do relatório “Nosso Futuro Comum”. Este documento propunha como principais medidas as seguintes:

Preservação dos ecossistemas e da biodiversidade

Limitação do crescimento da população;

Garantia de atendimento as necessidades essenciais de emprego, alimentação, energia, água e saneamento;

Diminuição do consumo de energia e o desenvolvimento de fontes renováveis de energia.

Contudo, não existia uma única visão do que realmente é o desenvolvimento sustentável

Para alguns, alcançar o desenvolvimento sustentável é obter o crescimento econômico contínuo através de um manejo mais racional dos recursos naturais e da utilização de tecnologias eficientes e menos poluentes. Para outros, o desenvolvimento sustentável é antes de tudo um projeto social e político destinado a erradicar a pobreza, elevar a qualidade de vida e satisfazer as necessidades básicas da humanidade que oferece os princípios e orientações para o desenvolvimento harmônico da sociedade, considerando a apropriação e a transformação sustentável dos recursos ambientais (DIAS, 2009, p. 32 e 33).

Já na conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente de Desenvolvimento (CNUMAD), ou popularmente denominada de ECO-92 ou Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, houve o despertar do desenvolvimento sustentável no âmbito empresarial. No evento, 48 líderes empresariais de vários países elaboraram um dossiê sobre desenvolvimento social voltado para o empresariado, o qual foi denominado de “Mudando o rumo: uma perspectiva global do empresariado para o desenvolvimento e o meio ambiente”. Este documento declara que “o mundo se move em direção à desregulação, às iniciativas privadas e aos mercados globais. Isto exige que as empresas assumam maior responsabilidade social, econômica e ambiental ao definir seus papeis e ações”. Para as empresas o desenvolvimento sustentável possibilitou a criação de vantagem competitiva e novas oportunidades.

Neste sentido, conceitos sobre responsabilidade social e ambiental foram ganhando notoriedade, como o seguinte:

São estratégias pensadas para orientar as ações das empresas em consonância com as necessidades sociais,

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