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ESTUDO DO TRANSPORTE DE SAIS EM ZONA DE ATMOSFERA MARINHA E SUA INTERAÇÃO COM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Pesquisas Acadêmicas: ESTUDO DO TRANSPORTE DE SAIS EM ZONA DE ATMOSFERA MARINHA E SUA INTERAÇÃO COM ESTRUTURAS DE CONCRETO. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/9/2014  •  2.170 Palavras (9 Páginas)  •  651 Visualizações

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ESTUDO DO TRANSPORTE DE SAIS EM ZONA DE ATMOSFERA MARINHA E SUA INTERAÇÃO COM ESTRUTURAS DE CONCRETO Wladimir Tejo de Araújo P. Medeiros (1); Gibson Rocha Meira (2)

(1) IFPB, Unidade Acadêmica de Construção Civil, e-mail: wladimirmedeiros@hotmail.com (2) IFPB, Unidade Acadêmica de Construção Civil, e-mail: gibsonmeira@yahoo.com

RESUMO

A taxa de deposição de cloretos na névoa salina é uma das formas de estudar a a presença de cloretos na mesma. Apesar de ser um parâmetro que tem sido pouco explorado nas pesquisas sobre corrosão de estruturas de concreto armado expostas ao meio marinho, os estudos existentes sobre corração metálica tem se respaldado nesse parâmetro. A partir do mesmo podem ser construídas relações entre os cloretos que se depositam a partir da névoa salina e aqueles encontrados nos elementos em concreto armado. A taxa de deposição de cloretos foi monitorada na fase preliminar deste estudo e se prolongou durante a vigencia desse projeto empregando-se os procedimentos descritos na norma ASTM G 140 (ASTM, 2002), assim como as variáveis climatológicas também foram monitoradas. Para verificar a taxa de cloretos na névoa salina, foram expostas velas-úmidas durante um periodo de 21 dias e posteriormente foram analisadas em laboratório como também foram analisadas amostras de corpos de prova expostos nos mesmos pontos das velas-úmidas, para a partir dos resultados obtidos ser feita uma comparação para saber o quanto dos sais presentes na atmosfera marinha é absorvido pelo concreto. Palavras-chave: Vela-úmida. Cloretos. Corrosão.

1 INTRODUÇÃO

A deterioração das estruturas de concreto armado com relação à corrosão é um problema constante que tem sido bastante discutido em todo o mundo, como identificamos em Hadley (1948) com estudos na costa do pacífico nos Estados Unidos e estudos no Brasil nas cinco regiões do país com percentuais de incidência de corrosão de armaduras entre 30 e 64% em relação ao total das manifestações patológicas observadas (CARMONA E MAREGA, 1988; DAL MOLIN, 1988; ARANHA, 1994; NINCE E CLÍMACO, 1996; ANDRADE, 1997). Sendo assim, os estudos sobre o transporte dos sais que afetam estas estruturas, possuem um fator de grande importância. Estudos realizados em condições naturais de exposição ainda são poucos, podendo-se destacar trabalhos como os de Sandberg et al. (1998) na Suécia, Bamforth (1999) no Reino Unido, Costa e Appleton (1999) em Portugal, Andrade et al. (2000) na Espanha e Lindvall (2007) em projeto envolvendo alguns países da Europa e Austrália. Esses estudos se dedicaram à ambientes inseridos no mar ou muito próximos do mesmo, com respostas para situações que se assemelham a essas condições de exposição. No entanto, é na zona de atmosfera marinha, ou seja, aquela faixa de continente na qual os sais marinhos são transportados do mar no sentido do continente, que há um maior volume de construções urbanas e os efeitos da corrosão de armaduras em estruturas de concreto podem se apresentar com maior impacto econômico.

Nesse cenário específico, é importante assinalar que os estudos que abordam a agressividade marinha sobre estruturas de concretos, baseados em condições naturais de exposição em zona de atmosfera marinha, são menos numerosos ainda, podendo-se ressaltar os estudos de Jaegerman (1990), Castro et al. (2001), Meira (2004) e Rincón (2006). Esses estudos mostram a redução de salinidade do aerosol marinho com o distanciamento do mar e avançam na análise da influência de alguns parâmetros ambientais no comportamento de perfis de cloretos no concreto. Por isso, os pontos

escolhidos para as exposições foram com distancia de 10, 100, 200, 500 e 1100 metros do nível da maré alta.

No entanto, os mesmos ainda carecem de aprofundamento no estudo do comportamento do aerosol marinho e na sua relação com estruturas de concreto, onde a incorporação de resultados de longo prazo é fundamental para o desenvolvimento de análises mais próximas da realidade. Isso permitiria representar o comportamento do aerosol marinho de forma mais precisa; realizar projeções de vida útil, mais confiáveis, para estruturas inseridas nesse meio; bem como delimitar faixas de agressividade na zona de atmosfera marinha.

Nesse sentido, o trabalho aqui proposto se insere nesse ambiente e se propõe a estudar a influência da presença de cloretos na zona de atmosfera marinha na agressividade sobre estruturas de concreto armado, contribuindo para que se possa adequar melhor as características das estruturas às condições de agressividade ambiental, reduzindo, conseqüentemente, custos de manutenção.

2 ESTUDO DO TRANSPORTE DE SAIS EM ZONA DE ATMOSFERA MARINHA

2.1 Método utilizado

A primeira e contínua etapa consistiu no monitoramento das variáveis climáticas: temperatura, umidade relativa do ar, direção do vento, velocidade do vento e precipitação das chuvas. Esses fatores afetam diretamente os resultados que são obtidos nas amostras. Os dados foram obtidos através do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) – 3ª Regional, através de relatórios da estação climatológica de João Pessoa – PB.

Na primeira etapa, ainda está incluso a verificação da taxa média de deposição de cloretos na vela-úmida. Esta verificação é feita através da utilização de suportes de madeira, onde foram expostas cinco velas-úmidas, cada uma a determinada distância em relação ao mar, 10, 100, 200, 500 e 1100 metros. Tais velas são compostas por gase que se mantém úmida através da água deionizada presente no tubo que fica abaixo da vela, com capacidade para 500 ml. O material fica exposto por vinte e um dias para captar os sais presentes em cada área.

Ao retirar as amostras, leva-se o material ao laboratório, onde este fica armazenado em béckers juntamente com água deionizada por 24 horas. Em seguida coloca-se o mesmo conteúdo no balão volumétrico precisamente com 500 ml de onde se retira duas amostras de 50 ml com a utilização de pipetas e colocadas em Beckers de 250 ml, ao qual se adiciona 2 ml de HCN e 1 ml de NaCl. Esta solução é colocada no agitador magnético, para se titular com a solução de nitrato de prata contida na bureta, que é adicionada gradativamente até que se obtenha a maior diferença de potencial.

Através do aparelho denominado potenciômetro são obtidas curvas de titulação que informam a concentração de sais naquela amostra. Estes resultados são colocados em uma planilha. Através desta planilha de titulação potenciométrica são obtidos os resultados mensais das taxas de cloretos através dos ensaios realizados em laboratório. Nela

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