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Economia Brasileira

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Por:   •  7/11/2013  •  3.779 Palavras (16 Páginas)  •  225 Visualizações

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Introdução

O processo de industrialização teve seu início no século XVIII, na Inglaterra, grande potência daquela época, onde ocorreram várias transformações de ordem econômica, política, social e técnica, o que posteriormente foi chamado de Primeira Revolução Industrial. Neste período, a indústria e a modernização do campo geraram a saída de milhares de camponeses em direção às cidades, provocando a criação de cidades industriais. Além disso, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claramente definidas: de um lado, os donos dos meios de produção (burguesia), que objetivavam lucros cada vez maiores, por meio da exploração da mão de obra dos trabalhadores. De outro lado, os trabalhadores (proletariado), classe que vendia sua força de trabalho em troca de um salário.

No século XIX, aconteceu o avanço da indústria em direção a outros países europeus (França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Itália) e de países fora da Europa (EUA, Japão e Ásia). Esses países seriam, no século posterior, as potências dominantes do mundo.

A partir do século XX, os países do chamado terceiro mundo também passaram por processos de industrialização, como é o caso de Brasil. Nesses países, foi muito marcante a presença do Estado nacional na industrialização, e também das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida da população, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos deu-se de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa. Além disso, as indústrias que para cá vieram não geraram empregos em quantidade suficiente para atender à demanda de mão de obra que chegara do campo. Isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, não acompanhado de implantação de infraestrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje: o crescimento exagerado das grandes cidades, com os problemas disso decorrentes.

O modelo de industrialização adotado no Brasil foi o de Substituição das importações. Contou com o apoio do Estado, que gerava a infraestrutura necessária ao funcionamento da indústria. O desenvolvimento de todo esse processo de industrialização em nosso país se deu lentamente e só aconteceu após o rompimento de obstáculos e de medidas políticas, como nos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek, que foram imprescindíveis para que as indústrias se proliferassem no Brasil. Pois, os longos anos em que o território brasileiro foi colônia portuguesa, a economia se restringiu à prática da agricultura monocultora, isto é, o cultivo de um único produto. E, esse processo de industrialização passou por seis etapas: desde a fase de proibição, de 1500 a 1808, até a fase de implantação do neoliberalismo, de 1985 à atualidade.

Aspectos gerais do processo de industrialização no Brasil

A economia cafeeira desenvolvida no Brasil durante o século XIX e grande parte do século XX, constituiu as bases para o surgimento das indústrias do país, que começou a ocorrer ainda na segunda metade do século XIX. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados, alimentos e outros produtos de fabricação mais simples.

As contribuições da economia cafeeira para a industrialização foram muitas, dentre elas são:

a) Acumulação de capital necessário para o processo;

b) Criação de infraestrutura;

c) Formação de mercado de consumo;

d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.

Os fatores que levaram à crise do café contribuíram para o início de industrialização da economia brasileira, foram eles:

a) A superprodução de café, que provocou uma dinamização na economia e uma ruptura no modelo primário-exportador;

b) Queda de bolsa de valores de NY; e

c) O modelo de substituição das importações, isto é, modelo de industrialização fechada, voltada prioritariamente ao mercado interno, produzindo tudo o que antes era importado.

No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.

No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infraestrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.

Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo.

Durante o chamado milagre brasileiro (1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.

A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão, e arrocho salarial, sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.

A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.

Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo,

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