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Economia Brasileira No Amb Global

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Por:   •  29/5/2014  •  1.085 Palavras (5 Páginas)  •  248 Visualizações

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Para que se possa ter uma noção do contexto atual do ambiente econômico, é fundamental que não se perca de vista a perspectiva histórica da questão. Nosso recorte toma como referência os capítulos finais da II Guerra Mundial.

1.1- Bretton Woods

Na fase final da II Guerra Mundial, já era evidente que os Estados Unidos da América assumiram com destaque o papel de maior economia do mundo: o país não teve seu território atacado e mantinha seu parque industrial intacto e em rápido crescimento. Porém, com a Europa foi totalmente devastada e sua economia seriamente comprometida, o potencial de escoamento da produção norte americana seria seriamente comprometido. Era necessário tomar medidas que garantissem o fluxo de capital internacional, principalmente por meio do investimento americano na Europa. Assim, em julho de 1944, aconteceram as conferências de Bretton Woods para definir as regras comerciais, monetárias e financeiras que regeriam as relações comerciais internacionais, além da criação de organismos internacionais de controle e assistência: o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), tendo os Estados Unidos como principal financiador.

Os fundamentos econômicos adotados, que vigoraram entre 1946 a 1973, se baseavam em um esquema de paridades cambiais ajustáveis baseadas no padrão ouro-dólar: na época, à razão de 34 dólares por onça de ouro. As nações participantes, por sua vez, se comprometiam a manter uma política monetária com taxa de câmbio variando dentro de uma margem mínima (mais ou menos 1%). Acreditava-se que tais medidas garantiriam que o comércio internacional se restabelecesse sem a instabilidade econômica e financeira que paralisaram o capitalismo mundial durante a crise de 1929.

A hegemonia econômica dos Estados Unidos permitiu seu estabelecimento como líder de uma economia internacional que se pautava pelo livre comércio, paz política e o incentivo ao desmonte de barreiras que dificultavam o fluxo internacional de capital, medidas que não apenas consolidavam mas garantiam a posição norte americana nas décadas subsequentes. Com alguns ajustes de trajetória ao longo do tempo, o sistema de Bretton Woods durou até 1973, quando a conjuntura econômica internacional sofreu sensíveis transformações.

Para complemento e maiores informações veja também:

<http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/bretton_woods_aos_60_anos.pdf>

Acesso em 05/08/2011

<http://www.geomundo.com.br/geografia-30107.htm>

Acesso em 04/08/2011

1.2- A crise dos anos 1970: os choques do petróleo, o fim do padrão ouro-dólar

Diante de um contexto mundial pleno de conflitos militares e com o recrudescimento das relações entre Estados Unidos e União Soviética, que buscavam estender sua influência política o mais rápida e amplamente possível, a partir de agosto de 1971, os norte americanos anunciam unilateralmente que não vão mais honrar o compromisso assumido em 1944 e suspendem o padrão de conversibilidade dólar/ouro. Não houve sucesso nas diversas tentativas em substituir o padrão monetário e a economia internacional volta a enfrentar ameaças a sua estabilidade. A situação torna-se mais grave com os conflitos militares entre Israel (aliado dos Estados Unidos) e os países árabes, produtores de petróleo, de 1973 (a guerra do Yom Kippur). A parte das consequências geo-políticas, o resultado da guerra, favorável a Israel, fez com que os países produtores de petróleo reduzissem sua produção e reajustassem seus preços em mais de 400% em um período de poucos meses. O sistema econômico internacional entra em colapso. Mais de 80 % do petróleo consumido na Europa e 90% no Japão vinham dos países árabes. Lembremos que o petróleo é o combustível utilizado não apenas nos meios de transporte, mas também para o aquecimento de casas e empresas. Assim, europeus e japoneses foram obrigados a racionar combustível, com a proibição parcial de circulação de automóveis e racionamento de energia, com sérias consequências na produção industrial. Embora o alvo principal dos países da OPEP (Organização do Países Produtores e Exportadores de Petróleo) tenha sido os Estados Unidos, o resultado da crise foi de certa forma positivo para a economia norte americana, menos dependente do petróleo importado que japoneses e europeus, seus concorrentes diretos no mercado internacional. As grandes companhias petrolíferas americanas, únicas com condições de bancar os preços no mercado paralelo do petróleo, aumentaram seus lucros em 159% só em 1973. Em contrapartida, Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Líbia, Qatar e Kuwait passaram a fazer parte de um conjunto de novos países ricos, cuja renda per-capita anual chegou a 5000 dólares.

Para complemento e maiores informações veja também:

<http://comunidade.sol.pt/blogs/olindagil/archive/2011/03/05/1968058.aspx>

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