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Economia Politca Internaciona - Teorias Contemporrâneas

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Por:   •  7/7/2013  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  412 Visualizações

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Neomarxismo

O neomarxismo tem como maior teórico Antonio Gramsci, sua preocupação fundamental resume-se em compreender as deficiências nas previsões que Marx havia feito acerca da expansão das experiências revolucionárias socialistas, particularmente nas sociedades capitalistas mais avançadas. Para explicar o fracasso no alastramento do socialismo, Gramsci buscou elucidar a influência da hegemonia nesse fenômeno. Faz uma análise sobre a sociedade civil, considerada por ele como o domínio das superestruturas culturais e ideológicas. Porque, se na sociedade civil, enquanto conjunto dos organismos privados, reina a hegemonia, isto é, o predomínio ideológico dos valores e normas burguesas, já na sociedade política, ou Estado, dá-se a dominação direta, ou comando, marcada pelo coercitivo, com identificação entre Estado e Governo.

A teoria, segundo à perspectiva de Gramsci, tem uma noção de hegemonia como uma ordem política relativamente incontestada, e habitualmente aceita de maneira passiva, isto é, uma combinação da coerção e do consentimento, abre múltiplas possibilidades de reinterpretação da realidade internacional. A hegemonia, exercida por forças sociais que detêm o controle do Estado, tem por finalidade a produção do consentimento nas demais. Gramsci entendeu que os valores morais, políticos e culturais do grupo dominante são dissipados por meio das instituições da sociedade civil, obtendo o status de significados intersubjetivos compartilhados, daí a noção de consentimento. As ideologias dominantes proliferam-se de tal maneira que passam à qualidade de senso comum.

O sentido do termo "sociedade civil" aqui empregado diz respeito à rede de instituições e práticas da sociedade que gozam de relativa autonomia do Estado, por meio das quais grupos e indivíduos se organizam, representam-se e expressam-se.

Dessa forma, as possibilidades de mudança surgem da noção de bloco histórico, ou seja, as relações entre a base material (infraestrutura) e as práticas político-ideológicas que sustentam uma certa ordem. A transformação somente emergirá se a hegemonia for contestada. O lócus para tal seria a sociedade civil, uma vez que iniciativas contra hegemônicas devem desafiar a hegemonia a fim de que surja um bloco histórico alternativo.

No âmbito das teorias neomarxistas sobre relações internacionais, destaca-se a chamada World systems theory, a teoria do sistema mundo, elaborada a partir da obra de Immanuel Wallerstein que, distancia-se das teses de dependência que aceitavam a ideia de clivagem Norte/Sul, com um Norte de Estados ricos e um Sul de países dependentes, considera a existência de um centro dominante, multiforme e multilocais, dotado de supremacia econômica, contra uma periferia do sistema capitalista mundial, existindo também uma semiperiferia intermediária. Seria países desenvolvidos, os subdesenvolvidos e os emergentes.

Teoria da Dependência

A Teoria da Dependência nasce a partir da crítica à atuação hegemônica norte-americano, dando origem aos movimentos terceiro-mundistas e a uma visão do sul. Segundo essa teoria o padrão de comércio internacional, os países em desenvolvimento se especializavam na produção, principalmente, de commodities agrícolas com baixo valor agregado enquanto os países desenvolvidos especializasse em produtos industrializados com alto valor agregado, aprofundando as diferenças econômicas entre esses países. Ou seja,era um mecanismo de trocas desiguais, no qual os termos de troca dos países periféricos se dá apenas via preço do produto, enquanto os produtos industrializados produzidos pelos países centrais possuem um valor agregado maior e, portanto, gera maior lucro.

Dessa forma, o modo de produção capitalista ampliava o abismo social e econômico mantendo os países subdesenvolvidos eternamente nesse estado e, assim, a riqueza do norte estava diretamente ligada à pobreza do sul. Criando uma relação de dependência, já que esses países periféricos ficariam cada dia mais pobres e cada dia mais dependentes da ajuda dos países centrais.

Teoria da Estabilidade Hegemônica

A Teoria da Estabilidade Hegemônica é largamente derivada da tradição realista.

O termo apareceu, pela primeira vez, no livro The world in depression, de Charles Kindleberger, de 1979, que argumentava a capacidade hegemônica de uma nação de controle e predomínio em relação as fontes de matérias-primas, aos fluxos de capitais financeiros, aos mercados externos e em relação as vantagens comparativas na produção de bens de alto valor agregado. Ou seja, acredita que para que haja uma economia mundial liberal é necessário a liderança dessa nação hegemônica. Supunha que esse Hegemon traria estabilidade para o Sistema Internacional e para os outros países e que o declínio do país hegemônico conduz à instabilidade global. Entretanto ele também reconhece que a presença de um país hegemônico não é suficiente para assegurar a estabilidade do sistema.

A aplicação dessa teoria pode ser feita ao comércio internacional, por exemplo, na abertura de mercado promovido pelo país hegemônico e o seu declínio conduz ao fechamento dos mercados. Isso que dizer que o hegemônico promove a estabilidade e consegue o apoio dos outros para criar uma ordem econômica liberal e de livre mercado, contudo não faz isso por altruísmo e sim em favor dos seus próprios interesses. Exemplos de hegemonias no mundo foram a hegemonia inglesa e a norte-americana.

Mercantilismo Moderno

O mercantilismo moderno retorna no final do século XX como

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