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Educação

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Por:   •  30/3/2014  •  Tese  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  180 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Graduada em Pedagogia, Regina Céli Oliveira da Cunha é e especialista em avaliação de currículos, atua principalmente nos seguintes temas: currículo, concepção crítica, conhecimento escolar. Em 1991 o artigo de sua autoria “roubando” um conceito de currículo, traz de volta um dos embates da educação acerca da (re) significação de currículo.

Na premissa textual do artigo, Cunha considera que o processo de discussão de currículo no Brasil alcança investigações e questionamentos históricos. No início dessas discussões, a autora encontrou a teoria tradicional, claro, com a preocupação em fazer currículo para estabelecer uma base curricular para alicerçar o planejamento, ao invés de (re)contruir sua essência e aplicabilidade prática.

Regina nos aponta a década de 80 como um período de enfoque mais crítico na caminhada dessa questão. Discussões mais aprofundadas relativos ao porquê e para quem os currículos deveriam ser planejados representaram um tímido avanço. A virada pós-crítica, novos problemas motivaram o debate em outras direções, no qual o cotidiano escolar foi protagonista de várias questões, abarcando, também, visões multiculturais e questões que perpassam embates relativos a gênero, sexualidade, etnia e raça e questões de classe social.

Nenhum desses enfrentamentos, entretanto, deram conta de responder o que é currículo. No entendimento da autora a essência e complexidade semântica do significante currículo, nos impede de defini-lo, pois seu entendimento prende-se a uma questionável filosofia de representação de seu significado.

Nessa linha de argumentação, a autora toma como referência uma dupla de filósofos que, na sua opinião, não se caracteriza como um essencialista. Trata-se Gilles Deleuze e Félix Guattari que em conjunto escreveram “O que é a Filosofia?”. Os autores colocaram a filosofia como algo que só se pode compreender quando se chega a maturidade teórica da vida. Dessa forma, os autores constataram que filosofia é algo que se faz, todavia não se indaga o que ela é, a não ser para responder exercícios esteris de disciplina correspondente. Importa destacar que para Deleuze o ofício do filósofo é inventar conceitos.

Nesse prisma filosófico, a autora faz uma analogia com o currículo, que é praticado, assim como a filosofia, mas não compreendido, isto é, faz-se currículo durante toda vida profissional, com dedicação acadêmica, esforço concentrado e atribuição de conceitos para tentar explicar e justificar sua valia. Parafraseando Deleuze Guatarri pode-se indagar: mas o que é currículo?

A partir desses questionamentos iniciais, Celi procura responder a esse questionamento, em um viés histórico, sem se prender a essencialidade do objeto de estudo. Para tanto, busca o diálogo com outros autores que tratam do assunto.

Na busca por esses autores, a autora percebeu a configuração de dois grupos de autores.

Um primeiro, que busca respostas mais elaboradas, para quem a questão sobre o que é currículo não era um problema, já que definiam-no sem maiores considerações conceituais e passavam para o que realmente lhes interessava: ensinar a planejar o currículo, denotando a preocupação com a prescrição do planejamento.

Um segundo grupo de autores foi representado por

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