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Eletricidade Do Paraguai

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Por:   •  26/6/2013  •  1.056 Palavras (5 Páginas)  •  672 Visualizações

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Paraguai – O Paraguai está à beira de uma crise energética.

Em razão do aumento da demanda provocado por temperaturas acima dos 30°C, a Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai (ANDE) pode atingir o limite de consumo nos próximos dois meses, segundo declarações feitas por Carlos Heisele, chefe do órgão, em 17 de dezembro.

“O sistema elétrico do país não é confiável e a situação atual é crítica. Se chegarmos ao pico máximo de consumo entre fevereiro e março haverá um colapso com um consequente caos em todo o país”, afirmou Heisele em entrevista coletiva.

Em dezembro de 2012, os apagões se multiplicaram pelo país, particularmente na capital, Assunção, e na região metropolitana, que tem cerca de 2,5 milhões de habitantes, de acordo com a Direção Geral de Estatísticas, Pesquisas e Censos (DGEEC).

Em 10 de dezembro, a ANDE registrou níveis recordes de demanda energética, atingindo 2.384 MW. A capacidade do órgão é de até 2.400 MW.

A ANDE pediu aos cidadãos para reduzirem o consumo de energia nos horários de pico das 14h às 16h, o mais quente do dia, e das 19h às 21h, que é quando as pessoas retornam do trabalho.

“O que pedimos à população é que procurem utilizar [a eletricidade] fora desses horários e não que deixem de fazê-lo”, explica Anastasio González, técnico da Divisão de Gestão de Perdas Elétricas da ANDE.

González destaca a importância das lâmpadas econômicas, que consomem até 80% menos eletricidade. Ele também pediu que os moradores fossem mais cautelosos ao utilizar aparelhos elétricos.

“Em média, as pessoas abrem a geladeira umas 50 vezes por dia, só por hábito. Deveriam abrir só quando forem retirar comida. Também é preciso juntar várias peças de roupa na hora de passar”, recomenda.

Óscar Recalde, 45 anos, dono de uma loja de produtos elétricos em San Lorenzo, a cerca de 10 km de Assunção, diz que a venda de lâmpadas de baixo consumo aumentou 50% desde outubro.

Recalde lembra que as lâmpadas fluorescentes podem durar até oito anos e seu preço varia de 15.000 a 30.000 guaranis (R$ 7,20 a R$ 14,30) em sua loja. Uma lâmpada incandescente custa cerca de 4.000 guaranis (R$ 2), mas dura em média apenas três meses.

Ciente do perigo dos apagões, Raquel Estigarribia, 28 anos, funcionária de uma indústria têxtil de San Lorenzo, comprou quatro lâmpadas econômicas para quatro ambientes de sua casa.

Em resposta à crise energética no Paraguai, a dona de casa Raquel Estigarribia, 28 anos, moradora de San Lorenzo, a cerca de 10 km de Assunção, substituiu quatro lâmpadas incandescentes por outras de baixo consumo em sua casa. (Hugo Barrios para Infosurhoy.com)

“É difícil ter de recorrer a medidas de austeridade, sendo que temos uma das maiores hidrelétricas do mundo”, diz. “Houve dias de dezembro e janeiro em que tivemos duas ou três quedas de energia, até por mais de cinco horas.”

Altas temperaturas

Apesar das altas temperaturas, Joel Ibáñez, chefe da Divisão de Contratos de Grandes Clientes da ANDE, ressalta que os aparelhos de ar condicionado não são os únicos responsáveis pelo alto consumo de energia.

“O aumento da população é grande e isso requer o uso de outros aparelhos, como geladeiras, TVs e ventiladores”, lembram.

Ligações clandestinas à rede elétrica em muitos assentamentos do país também levam aos apagões, de acordo com Ibáñez.

“As perdas da ANDE por conta de ligações clandestinas ficam em torno de 40%, o que se traduz em cerca de US$ 40 milhões (R$ 80 milhões) por ano”, afirma Ibáñez. “A ANDE pode ir e cortar o serviço nestes locais, mas isso provocaria uma grave crise social.”

Soluções

Ibáñez observa que o principal problema não é a escassez de eletricidade, mas a falta de um sistema de transmissão eficiente. No entanto, afirma, a instalação de uma linha de transmissão de 500 KW, prevista para abril, irá evitar quedas de energia.

A nova linha de transmissão terá um investimento total de US$ 381 milhões (R$ 760 milhões) e permitirá uma maior distribuição de energia no país, segundo representantes de Itaipu. A crise energética também levou à introdução de sistemas de geração de energia alternativa.

Na empresa Energía Alternativa, os pedidos para troca de sistemas de geração de energia elétrica por sistemas solares aumentaram 10% nos últimos seis meses, segundo Ariel Levin, diretor da empresa.

“O principal produto que oferecemos para as quedas de luz é o UPS Solar, painéis solares que geram eletricidade e a armazenam em baterias especiais que podem alimentar equipamentos como ventiladores, iluminação e computadores, no caso de cortes de luz”, destaca Levin.

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