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Emilio Medici - Ditadura Militar

Por:   •  30/8/2016  •  Projeto de pesquisa  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  269 Visualizações

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Os problemas nos governos militares começavam com os próprios militares, pois a cada escolha de um novo presidente do Brasil, havia uma crise institucional. Entretanto, o mandato do presidente Médici (1969-1974), foi um período de grande estabilidade política, mas também foi quando a repressão política tornou-se mais forte. Nessa época, ocorreu o crescimento econômico, relacionado ao período estável do governo. No mandato de Garrastazu Médici, foi registrado o maior crescimento econômico do Brasil. O setor industrial crescia e as exportações também, acarretando em milhares de contratações. Eram tantas vagas de empregos, que alguns setores disputavam funcionários. Seguindo o crescimento econômico, o governo passou a investir em infraestrutura com a construção de estradas, pontes e hidrelétricas. O governo passou a incentivar as regiões que eram menos habitadas no país. Esse período de crescimento da economia ficou conhecido como “milagre econômico” e gerou euforia na população e no governo que ligava o “milagre econômico” ao regime militar. Porém, o motivo para esse crescimento era por causa dos empréstimos estrangeiros que foram feitos e quando a economia internacional passou por problemas, a do país começou a declinar. O “milagre econômico” contribuiu bastante para a grande desigualdade social da época, pois ocorreu uma grande concentração de renda, que impediu o desenvolvimento das camadas mais pobres da população. Os empréstimos que foram feitos pelo governo geraram grandes dívidas externas e foram um empecilho para o desenvolvimento do país nos anos subsequentes. Quando Médici assumiu a presidência, a repressão era feita pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de cada estado, das Secretarias de Segurança Pública (SESPs) e do Departamento da Polícia Federal (DPF). A partir de 1969, passaram a funcionar Centros de Informações nas Forças Armadas: CIE, que era do exército brasileiro; SISA, da Aeronáutica e o CENIMAR, na Marinha. Nessa época, foi criado o Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) e alguns órgãos paramilitares como a OBAN – Organizações Bandeirantes. Para oprimir os opositores, o governo realizava ações principalmente contra as organizações de guerrilha. Os principais grupos de guerrilha que atuaram durante o governo militar foram: a Aliança Libertadora Nacional (ALN), o Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), o Partido Comunista Brasileiro (PC do B) e a Vanguarda Armada Revolucionária (VAR – Palmares). Eles buscavam derrubar o governo e instalar no país o socialismo. Realizaram diversas ações como assaltos a bancos, sequestros de embaixadores e atentados contra autoridades. Todas as guerrilhas urbanas acabaram destruídas e seus militantes foram mortos pela repressão. Os que sobreviveram foram presos ou expulsos do país. O ato do governo militar para acabar com essas organizações foi a destruição da Guerrilha do Araguaia, que havia sido promovida pelo PC do B. Durante o mandato do Médici, as torturas contra os presos políticos foram intensificadas e quando também cresceram os casos de prisão. O governo negava qualquer ação ou prática de tortura. Entretanto, não era isso que ocorria, pois existiam locais próprios para a realização de torturas nos presos e eram feitos por pessoas especializadas. Por causa do sucesso do seu mandato, por diversas razões, Médici pode escolher quem iria sucedê-lo: ele optou por Ernesto Geisel.

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