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Empreendedorismo

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Por:   •  5/3/2015  •  4.805 Palavras (20 Páginas)  •  145 Visualizações

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I. Apresentação.

Muito se fala sobre o fim do emprego e o surgimento de um novo tipo de trabalhador, aquele cuja atividade desenvolvida está totalmente desvinculada das leis trabalhistas. Observa-se esse fenômeno em todo o mundo, como resultado direto dos efeitos da Globalização da Economia.

RIFKIN (1995), em um recente estudo sobre o futuro do emprego, afirmou que “... (sic) entre 1981 e 1991, mais de 1,8 milhões de empregos na área industrial desapareceram nos Estados Unidos. Na Alemanha, os fabricantes têm demitido trabalhadores ainda mais rapidamente, eliminando mais de 500 mil empregos em apenas um ano”.

Esse novo tipo de trabalhador possui uma lista variável de qualidades que o fazem apto a sobreviver nesse instável mercado de trabalho. Podem-se citar a empregabilidade e o perfil empreendedor como características vitais desse novo profissional.

Mas, o que vem a ser empregabilidade? E empreendedorismo? O presente estudo busca analisar ambos os conceitos, além de apontar as diferenças e semelhanças básicas entre ambos os termos. Essa análise permitirá ainda que o estudo enverede por outras mais importantes áreas correlatas ao tema, como uma pesquisa estrutural sobre o mercado de empregos no Brasil.

II. Justificativa.

Na esteira da Globalização, se tem observado o aumento dos contratos de trabalho sem vínculos empregatícios, por tempo determinado, sem “carteira assinada”, algumas vezes sem local definido para a atuação, ou seja, a domicílio, etc., ao mesmo tempo em que se verifica o aumento do desemprego estrutural – fruto do rearranjo industrial em termos globais – e tecnológico – fruto da adoção de novas tecnologias poupadoras de mão-de-obra.

Tentar encontrar respostas para essa situação onde pessoas qualificadas, com currículos de qualidade superior, encontram-se inseridas, sempre foi assunto de muito interesse entre estudiosos do setor e profissionais que sofrem com essa situação.

A descoberta de que se faz necessário ser um profissional empregável e de se ter um perfil empreendedor, é a justificativa mais evidente da escolha do tema desta pesquisa.

Vivenciar uma análise sobre o mercado de empregos atual, encontrar auxílio para a busca da empregabilidade e descobrir que o perfil empreendedor é um dos meios primordiais para se obter uma posição adequada e positiva no mercado de trabalho, são fatores importantes para qualquer estudante, profissional ou pesquisador.

III. Objetivos.

Não há respostas claras e evidentes para as mudanças que o emprego vem sofrendo; apenas nota-se que a empregabilidade e o perfil empreendedor fazem-se cada vez mais necessárias para a sobrevivência no mercado de trabalho.

O impacto das novas tecnologias e inovações organizacionais tem levado a mudança na estrutura ocupacional. Ocupações desapareceram e outras foram reformuladas, enquanto novas foram criadas. Setores novos, ligados principalmente a prestação de serviços, crescem em importância, ganhando uma maior participação econômica na composição do PIB – Produto Interno Bruto – das nações.

Quer-se atingir, nessa pesquisa, a compreensão sobre essa nova situação, através da conceituação de empregabilidade e de empreendedorismo, apontando as suas diferenças e semelhanças. Pretende-se também apresentar dados numéricos sobre o emprego no Brasil, através de informações obtidas junto aos órgãos governamentais (sites da Internet).

Conclui-se, com o término do trabalho, que a obtenção dessas características é essencial e necessária para uma vida profissional muito mais promissora e positiva.

IV. Referencial Teórico.

4.1. O Mercado de Trabalho no Brasil.

ALBUQUERQUE apud ROCHA (2006) afirma que, depois do impacto notável da estabilização monetária e da bolha de crescimento econômico que a ela se seguiu, trazendo aumentos generalizados de renda e redução da pobreza e da desigualdade, a segunda metade dos anos 90, com a implantação do Real e a redução e controle da taxa de inflação, foi um fiasco no quesito “empregos”. Câmbio supervalorizado e déficit público crescente caracterizaram uma situação macroeconômica complicada e adversa resultaram em baixo crescimento econômico e desempenho fraquíssimo da ocupação e do rendimento; ou seja, situação crítica do mercado de trabalho sobre todos os ângulos.

O inequívoco descompasso entre as variações dos índices do produto real e do emprego representa uma novidade no Brasil, de acordo com POCHMANN (2001). O PIB apresentou um desempenho menor, na média de 2,2%, segundo pesquisas do IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (2000). Isso resultou na redução em emprego formal, na média de 1,2% ao ano. A tendência de forte elevação do desemprego, da redução do assalariamento e da geração de postos de trabalho, terminou repercutindo sob o comportamento da produtividade do trabalho total e parcial num contexto de baixo crescimento econômico.

Ao longo da década de 1990, a economia brasileira reduziu cerca de 2,5 milhões de empregos formais.

Gráfico 1 – Comportamento da Taxa de Desemprego. Base: 1995 a 2000.

Fonte: ALBUQUERQUE, Roberto. A questão do Emprego no Brasil, 2006.

O desemprego não só está se ampliando, atingindo cada vez mais um maior número de profissionais, como também está se modificando em suas características básicas: o tempo que as pessoas permanecem na condição de desempregadas também tem se ampliado. Para remediar a situação de desemprego, diversos Governos têm aceitado o trabalho temporário e o trabalho de meio expediente, como meio de se diminuir as crescentes taxas.

De acordo com ROCHA (2000) reconhece-se que a desvalorização de 1999 (com a valorização da moeda norte-americana em detrimento da brasileira) representou um ponto de inflexão na economia do país. A moeda supervalorizada por um longo tempo, desde a implantação do Plano Real, vinha levando ao aprofundamento de uma crise no setor produtivo com (1) o enxugamento da mão de obra e (2) capitalização e modernização das operações, que trazia efeitos negativos e imediatos sobre o mercado de trabalho. Após esse período, a ocupação (número de pessoas com ocupação trabalhista) aumentou

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