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Por:   •  20/3/2015  •  1.369 Palavras (6 Páginas)  •  212 Visualizações

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Resistência Bacteriana

A resistência bacteriana é um fenômeno observado quando se faz uso indiscriminado de drogas antimicrobianas. A explicação, de acordo com a teoria da seleção natural, é a de que existe uma variabilidade entre as bactérias e algumas são mais resistentes do que outras. Quando o remédio é administrado, ele seleciona as bactérias mais resistentes, pois elas não morrem sob o efeito dele. Essas bactérias se reproduzem e dão origem a novas bactérias resistentes. Nas gerações seguintes haverá um número cada vez maior de bactérias resistentes, que vão sendo selecionadas a cada geração, até que todas as bactérias presentes em determinado momento serão resistentes. Já existem linhagens de bactérias que resistem a todo tipo de antibiótico conhecido e que causam sérios problemas de infecção hospitalar.

Breve histórico sobre bactérias e antibióticos

Algumas doenças foram ao longo da história sendo mais estudadas, e de acordo com o avanço tecnológico da época, descobertos portanto os tipos diferentes de microorganismos causadores de doenças específicas a cada um.

Contudo, os diversos estudos destacam que as bactérias são os seres mais antigos da Terra, sendo possíveis encontrá-las em praticamente todos os lugares. Nem toda bactéria é responsável por algum tipo de doença danosa ao ser vivo em geral, existem pelo contrário aquelas em que a obtenção de alguns nutrientes só se é possível por ação de bactérias conhecidas por comensais (comuns à nossa flora bacteriana). Vale a pena ainda ressaltar a importância de algumas que atuam na deteriorização de materiais orgânicos, conhecidas por decompositoras. Não fossem elas, o mundo estaria cheio de lixo orgânico.

Sendo assim, quando uma bactéria “desconhecida” por nosso organismo o invade, há uma resposta de defesa própria, para tentar reconhecer e destruir o invasor. Porém, nem sempre isso é possível, algumas vezes não conseguimos nos defender. Por esta razão, estudiosos vieram por longos anos estudando uma maneira de auxiliar o nosso organismo a combater microorganismos que antes não conseguíamos destruir sozinhos.

Após anos de estudo, Alexander Fleming, aproximadamente no ano de 1928, descobriu uma substância capaz de neutralizar a ação das bactérias, chamada de Penicilina, obtida a partir do fungo Penicillium notatum. Como a substância foi criada para agir contra bactérias, chamou-se portanto a classe desses (medicamentos) de antibióticos, sendo a Penicilina considerada a mãe dos antibióticos.

A resistência de bactérias aos antibióticos disponíveis clinicamente se tornou um problema de saúde pública em todo mundo. Além disso, o custo financeiro de uma terapia fracassada por conta de microrganismos resistentes é muito grande, onerando ainda mais os sistemas públicos de saúde. Bactérias resistentes geram nova consulta, novos exames diagnósticos, nova prescrição, sem contar a provável internação e ocupação de leitos hospitalares. Estima-se que, apenas nos Estados Unidos, o custo com resistência bacteriana está em torno de 4 a 5 bilhões de dólares anualmente.

O grande responsável pela disseminação dos genes de resistência e, por conseguinte de microrganismos resistentes, é sem dúvida o próprio homem; seja pela atitude inconsequente ou pela falta de informação, o uso irracional de antimicrobianos tem aumentado, a despeito de todas as publicações, campanhas e informações acerca do fato.

O uso indiscriminado e irresponsável de antibióticos, terapêutica ou profilaticamente, humano ou veterinário, passando ainda pelo uso no crescimento animal e propósitos agrícolas, tem favorecido a pressão seletiva, mostrando como resultado a seleção e predominância de espécies bacterianas cada vez mais resistentes

No Brasil, o uso indiscriminado de medicamentos em geral, leva-nos a situações cada vez mais preocupantes.

Além do uso de antibióticos sem prescrição, ainda é muito grande e desnecessário o uso orientado por prescritores. O uso inadequado em infecções de etiologia viral já foi extensamente discutido na literatura e dados recentes dão conta de que em aproximadamente 55% das infecções de etiologia viral são administrados, inocuamente, antibióticos, com finalidade profilática ou terapêutica.

Estrutura Geral das Bactérias

A maior parte das bactérias é dotada de cápsula, fímbrias, flagelos, parede celular, membrana celular, citoplasma(organelas) e o núcleóide (DNA).

Bactérias e Doenças

Atualmente se conhece diversas espécies de bactérias, algumas com alto potencial patogênico, ou seja, capaz de desencadear doenças, e outras tão inofensivas, utilizadas inclusive na culinária.

Mecanismo de ação dos antibióticos

De forma geral podemos dividir o grupo dos antibióticos em duas classes:

Bactericidas: Atuam na membrana plasmática ou parede celular bacteriana, impedindo a sua produção e consequentemente a sua destruição.

Exemplos: Penicilinas, Cefalosporinas, Vancomicina e outros.

Bacteriostáticos: Impedem a multiplicação e proliferação bacteriana, agindo sobre o DNA bacteriano, bloqueando a replicação, a transcrição, e a síntese de proteínas.

Exemplos: Tetraciclinas, Cloranfenicol, Clindamicina e outros.

Como as bactérias desenvolvem resistência a antibióticos

De acordo com as teorias já propostas, as bactérias são seres capazes de sofrer evoluções grandiosas para que possam habitar quaisquer local hoje existente, seja sob condições amenas ou até mesmo extremas, como é o caso das psicrófilas (seu crescimento ideal se dá em temperaturas abaixo de 15ºC) e as termófilas (seu crescimento ideal se dá entre temperatura de 50 a 60ºC, algumas resistindo até 110ºC).

Consequentemente, com os antibióticos não poderia ser diferente, haja vista o grande potencial de sobrevivência das espécies de bactérias. A causa primária da resistência bacteriana, é o alto poder de mutação espontânea e a recombinação dos genes, possíveis de serem transmitidos posteriormente

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