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Ergonomia

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Por:   •  26/3/2015  •  1.462 Palavras (6 Páginas)  •  272 Visualizações

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1.0 - O que é sistematização? (introdução)

A sistematização é um conceito complexo que se baseia no melhoramento de um método a partir de uma reflexão crítica e interpretação das lições aprendidas.

O método teve origem na América Latina no início dos anos 1960, e surgiu do crescente desejo de documentar e comunicar as lições.

A Sistematização é amplamente utilizada no desenvolvimento de projetos e tem um caráter político-educativo. Em suma, a sistematização se caracteriza pela organização de dados, práticas e conceitos que resultem numa reflexão e reelaboração do pensamento. Para isso, é preciso conhecimento da realidade.

A sistematização contribui em práticas econômicas, sociais, políticas e culturais.

1.1- Aplicando o processo nas empresas:

O processo de desenvolvimento de produtos (PDP) tem recebido especial atenção por ser reconhecido como fonte de ganhos competitivos. Através da sua sistematização as empresas reduzem custos, aumentam a qualidade dos seus produtos e diminuem os tempos de desenvolvimento. Para que essa sistematização seja efetiva é preciso que o PDP seja melhorado continuamente, de modo que acompanhe a constante necessidade de aprimoramento dos produtos a serem lançados. Quando comparado a outros processos, o PDP apresenta características que tornam o gerenciamento da sua melhoria contínua (MC) mais complexo, devido às características de criatividade e intangibilidade inerentes a este processo. Poucos trabalhos analisam como a melhoria contínua pode auxiliar na sistematização do PDP, uma vez que a discussão a cerca da MC ainda foca os processo de fabricação e a discussão sobre a sistematização do PDP discute apenas a melhoria das atividades pertencentes a este processo. O objetivo deste trabalho foi identificar as atividades que contribuem para a MC do PDP e avaliar o impacto destas atividades na sua sistematização para o caso de implementação deste processo em uma empresa de autopeças. Incluiu-se no levantamento as atividades pertencentes ao PDP que fomentam melhorias deste processo e aquelas pertencentes ao processo de melhoria contínua (PMC) e que apoiam a melhoria dos demais processos, incluindo o de desenvolvimento de produtos. Foram levantados dados atuais do desempenho da empresa e histórico das mudanças ocorridas para que a identificação destas atividades e dos resultados reais desta sistematização fosse possível. Para análise da efetividade da MC aplicada ao PDP foram selecionados seis projetos de desenvolvimentos de produtos já concluídos, executados em diferentes períodos de tempo, e comparados seus resultados a partir de indicadores de desempenho pré-definidos. Os resultados demonstram a eficácia da sistematização do PDP na empresa, a partir de atividades executadas durante os desenvolvimentos. Como contribuições, o trabalho apresenta um levantamento da literatura sobre a relação entre a MC e o PDP e a caracterização das atividades relacionadas à MC realizadas em um caso prático de sistematização. O trabalho apresenta uma discussão acerca dos resultados obtidos com a sistematização. Foi possível compreender - através da coleta e análise de indicadores de desempenho dos projetos, entrevistas e estudo da sistematização na empresa - como estas atividades interferiram positivamente nos resultados dos projetos, quais foram os benefícios que elas trouxeram e as lacunas que esta sistematização ainda apresenta.

1.2 – Conclusão

O uso correto da sistematização, não só melhora o custo beneficio de uma empresa, como também, auxilia o funcionário que a utiliza a melhorar sua saúde, pois dentro desse processo utilizasse uma visão geral, que não somente melhora a empresa como também seu funcionário. Esse processo deveria ser aplicado em todos os lugares, pois há muitos onde, o funcionário é visto somente como funcionário, e deve seguir as regras não se importando com seu bem estar, sem direitos a reclamações, com esse processo a empresa como um todo se evoluiria.

2.0 - SISTEMA HOMEM - MAQUINA E SISTEMA HOMEM - TAREFA

2.1 - INTRODUÇÃO

A intervenção ergonômica, em sua primeira etapa - a apreciação ergonômica - implica o enfoque sistêmico do sistema homem-tarefa-máquina. Através de observações exploratórias e entrevistas focalizadas, fazem-se a problematização e a sistematização do sistema homem-tarefa-máquina.

2.2 - DA MÁQUINA AO SISTEMA

De acordo com ACKOFF (1974), na Era da Máquina o homem procurava dividir o mundo, analisar seu conteúdo e as experiências em relação a ele, chegando até partículas indivisíveis: átomos, elementos químicos, células, instintos, percepção elementar. Estes elementos se relacionavam através de leis de causa e efeito, leis que faziam com que o mundo se comportasse como uma máquina. Este conceito mecanicista do mundo não possibilitava o estudo da busca de metas, das proposições. Tais conceitos ou eram considerados como destituídos de significado ou eram relegados ao campo da pura especulação, metafísica.

Este homem que via o mundo como uma máquina tratou de desenvolver máquinas que fizessem o trabalho do homem. A mecanização permitiu substituir o homem por uma máquina como fonte de trabalho físico. O próprio trabalho acabou parcelado em elementos cada vez menores que eram definidos para máquinas e homens e então conjugados em modernas linhas de produção. A produtividade aumentou e o trabalho se desumanizou. O processo que substituiu o homem por máquinas fez com que o homem se comportasse como uma máquina e desempenhasse tarefas simples, repetitivas e monótonas. Após a 2a. Guerra Mundial desenvolveu-se uma nova maneira não mecanicista de abordar o mundo - é a Idade dos Sistemas. Um sistema é um todo que não pode ser separado em partes sem perda de suas características essenciais e que deve, portanto, ser estudado como um todo. Em vez de pensar no homem como similar da máquina, começa-se a pensar na máquina em termos humanos.

O pensamento da Idade da Máquina era analítico, determinístico e baseava-se em doutrinas de reducionismo e mecanicismo. O pensamento da Idade dos Sistemas é sintético, probabilístico, e fundamenta-se no expansionismo e na teleologia. A abordagem sistêmica é expansionista - o sistema homem-máquina compreende desde o homem + uma máquina até sistemas homens-máquinas - como uma fábrica, um hospital,

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