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Este Inferno de Amar Analise

Por:   •  23/2/2023  •  Trabalho acadêmico  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  143 Visualizações

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Análise – Este Inferno de Amar

“Este Inferno de amar” é um poema escrito por Almeida de Garret publicada em 1853, na altura do Romantismo.

O poema tem como temática o amor e aborda os sentimentos do eu lírico que deixam claro o romantismo expresso no poema. Sentimentos como a saudade, a nostalgia, a dor e o medo destaquem-se ao longo do poema.

A linguagem neste poema é dominada pelos sentimentos do individuo, que expressa e reforça o seu estado de espirito com frases exclamativas e interrogativas, interjeições (“Oh!” V.11), frases de tipo negativo e reticencias. Entre os versos encontramos Interrogações retóricas (“Quando – ai quando se há de ela apagar?”) (V.6), Metáforas (que doce era aquele sonhar...) (V.11), como também Antiteses (“Este inferno de amar – como eu amo!”) (V.1)

Na primeira estrofe do poema, o eu lírico revela um lado contraditório quanto ao que sente sobre o amor. Logo no primeiro verso, este descreve o amor como um inferno que lhe provoca dor e sofrimento. No entanto, no mesmo verso, exclama que ama o amor e parece que descreve como algo admirável e prazeroso. Ao mesmo tempo, é feita uma comparação do amor com uma “chama” (V.3) que consome o eu lírico e que é vista como destruível (V.4) e penetrante. É uma dor tão forte e um amor tão intenso e profundo, que o sujeito lírico acaba por desejar que esta “chama” se apague (V.6). Ainda assim o leitor compreende que o sujeito simultaneamente não quer que o sentimento desapareça de todo.

A partir da segunda estrofe, é feito um contraste entre o passado e o presente, na qual vemos o eu lírico a destacar uma nostalgia do passado. O passado é pintado como um tempo de paz, sereno e alegre, onde o sujeito está livre da magoa, enquanto o presente é descrito como um tempo de dor, sem efeito de voltar ao sentimento do passado. O passado é do mesmo modo descrito como um sonho, pois sentia se inexplicavelmente alegre que parecia quase irreal. Assim que se apaixonou, foi como se este sentimento tivesse evaporado, o que dá a entender que o eu lírico possui emoções intensas pela mulher que se apaixonou.

Outro Aspeto do romantismo demonstrado no poema de Almeida Garret, é a fuga à realidade. O eu lírico idealiza um sentimento que já não está presente, na qual o torna alguém irrealista e utópico.

Por fim, o poema é finalizado por uma confissão por parte do sujeito lírico, em que o poeta admite que começou a viver após o contacto feito com a mulher amada (“E os meus olhos, que vagos giravam / Em seus olhos ardentes o pus) (V. 14-15) que o fascinaram. Este encontro trouxe-lhe à vida (“mas nessa hora a viver comecei...”) e simultaneamente ao inferno.

É claramente entendido através da última estrofe que o sujeito poético parece querer expor que, apesar do amor trouxe-lhe os sentimentos de angustia, o amor é também aquilo que lhe justifica a sua existência.

Sofia Magalhães, Fevereiro 2023

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