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Experiencias com seres humanos

Por:   •  6/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  635 Visualizações

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MATÉRIA : BIOÉTICA

PASTOR E PROF: JOSÉ MARIA

SEMINÁRIO DE BIOÉTICA.

UMA PERSPECTIVA CRISTÃ.

CAPÍTULO 10 – DÁDIVAS DO CORPO:

EXPERIÊNCIAS COM SERES HUMANOS.

NOME: VALDECIR ROSA DE OLIVEIRA

O avanço da medicina rumo à determinação de novos tratamentos clínicos e cirúrgicos e novos métodos de diagnósticos envolve a experimentação em seres humanos. A experimentação em animais não humanos, os modernos modelos matemáticos e estatísticos e o uso intensivo da informática não conseguiram excluir a fase final de experimentar em seres humanos.

Em sua coluna sobre saúde pessoal no jornal New York Times, Jane Brody, relatou sobre as dificuldades que os pesquisadores enfrentam para recrutar, conseguir pessoas que voluntariamente aceitem fazer parte de experiências clinicas. Apesar do avanço da pesquisa médica moderna ela nos diz que somente uma pequena porcentagem dos que se qualificam participam de tais testes.

Segundo Jane Brody diz que os participantes não sabem que tratamento de fato estão recebendo e também não tem nenhuma escolha nesse sentido, ainda mais impressionante é que o pesquisador também não tem nenhuma escolha em questão: Tudo é aleatório.

Segundo ela sem o uso de tal grupo de controle os resultados da pesquisa dificilmente seriam considerados confiáveis, pois os pesquisadores devem ter alguma certeza de que os efeitos que estão vendo são realmente decorrentes do tratamento experimental e não de outros fatores.

Fica nos evidente o porque de alguns pacientes não participam de tais experiências mesmo passando por enfermidades que lhes talvez lhes tiraram a vida e para os quais os tratamentos usuais não surtem efeito.

Assim relata Jane , que não é de surpreender que pequena porcentagem que se qualificam participam de tais testes.Ela registra também que 2% de todos os casos de câncer em crianças, cerca de 60% delas participam de experiências clinicas.

O tratamento de câncer infantil é complexo e, muitas vezes, os médicos da comunidade não conseguem lidar com ele. Mas dos adultos com câncer, a grande maioria dos pacientes com câncer, cerca de 2% a 3% são selecionados a partir de experiências clinicas. Nos chama a atenção relata Jane os que tem menos idade suficiente para decidir por si mesmo se participam ou não , relutam em fazê-lo. Mas vemos muito menos relutância em selecionar crianças que não conseguem decidir por si mesmas.

Pode ser possível que para obter algum tratamento para o câncer infantil , muitas vezes seja preciso ir a um grande centro de pesquisas onde só exista tratamento nos programas experimentais. Talvez o desespero dos pais , buscando todos os meios para salvar a vida da criança também coopere para a pesquisa.Não é preciso , porem ser cínico para suspeitar que estamos vendo uma disposição um pouco exagerada de selecionar crianças que não conseguem falar por si em tratamento que nós mesmos recusamos. Tal possibilidade merece, pelo menos uma consideração agora que refletimos sobre a ética das experiências.

Não podemos negar o enorme beneficio da medicina moderna, que é baseado nos experimentos científicos A poliomielite, tão temida há apenas quarenta anos e agora tão rara em alguns países como nos Estados Unidos.

A pesquisa médica quando voltada primeiramente não para o tratamento de pacientes específicos , mas para a aquisição de um conhecimento geral que possa ajudar futuras vitimas, a pesquisa tem alterado radicalmente a amplitude da medicina. Juntamente com isso, porém , ela tem transformado nossa compreensão acerca do lugar da medicina dentro da vida . No juramento de Hipócrates , o médico prometia ´´aplicar medidas dietéticas para benefício do doente``, e essa medida centrada no paciente continua sendo nos valiosa.

Esse anseio ajuda a explicar porque relativamente poucos adultos alistam-se como voluntários em experiências. Eles querem ser pacientes, com médicos trabalhando para o beneficio deles, não cobaias usadas por pesquisadores em beneficio do progresso médico.

Nossa avaliação do lugar da pesquisa médica na vida humana deve refletir nosso entendimento da pessoa humana como algo finito e livre.Como espíritos livres feitos por DEUS,entendemos a morte como um inimigo que ameaça separar-nos daquele por quem ansiamos.Trata-se de um inimigo contra o qual estamos corretos em lutar . Como criaturas finitas, feitas do pó da terra, também sabemos que nosso anseio por DEUS não é um simples anseio por uma vida mais longa e que , em certo momento , para cada um de nós , a morte precisa ser reconhecida.O sofrimento é um grande mal do qual JESUS mesmo quis se esquivar, e precisamos fazer o possível – inclusive nos empenhar na pesquisa médica – para aliviá-lo. Mas a marcha do progresso ao longo da história humana não é em si redentora , e DEUS, afinal lida com o sofrimento misteriosamente, à sua própria maneira.Os cristãos portanto , não tem um bom motivo para renunciar à causa da pesquisa médica, mas nosso compromisso com ela deve ser limitado , livre do temor que a transforme em um ídolo de nossas esperanças. É difícil saber se nossa sociedade conseguirá lidar com isso , mas precisamos ajudar a moldar essa compreensão restrita da pesquisa médica. A terrível história dos experimentos médicos realizados pelo governo alemão no regime nazista em meados do século passado serve de instrumento para moldar nossa ética nas pesquisas. No centro dessa ética , coloca-se a exigência do consentimento .Os que se sujeitam a pesquisas devem ser capazes de consentir e não devem ser alistados ou ousados sem consentimento prévio.Como observei no capitulo inicial , a perspectiva

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