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FICHAMENTO DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO "A LÓGICA DA PESQUISA CIENTÍFICA".

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Por:   •  10/11/2013  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  4.487 Visualizações

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FICHAMENTO DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO “A LÓGICA DA PESQUISA CIENTÍFICA”.

POPPER, KARL. A Lógica da Pesquisa Científica: Colocação de Alguns Problemas Fundamentais.

Capítulo 1

Colocação de alguns problemas fundamentais.

A tarefa da lógica da pesquisa científica, ou da lógica do conhecimento, é, segundo penso, proporcionar uma análise lógica desse procedimento, ou seja, analisar o método das ciências empíricas. (p.27).

1. O problema da Indução

É comum dizer-se “indutiva” uma inferência, caso ela conduza de enunciados singulares (por vezes denominados também enunciados “particulares”), tais como descrições dos resultados de observações ou experimentos, para enunciados universais, tais como hipóteses ou teorias. (p.27)

Popper diz que a ciência formula enunciados verificáveis. A lógica da pesquisa científica tem como tarefa a análise lógica dos métodos das ciências empiristas. Essas ciências empregam o método indutivo. Popper critica esse método, dizendo não haver lógica na inferência de enunciados singulares. A indução é um método de raciocínio que vai do particular ao geral. Como seus resultados são de origem empírica e de ordem probabilística, Popper afirma que seus resultados não são necessariamente verdadeiros.

O problema da indução indaga a validade da mesma. Toda afirmação com base na experiência é singular, e não universal.

2. Eliminação do Psicologismo

A questão de saber como uma nova ideia ocorre ao homem trata-se de um tema musical, de conflito dramático ou de uma teoria científica; pode revestir-se de grande interesse para a psicologia empírica, mas não interessa a analise lógica do conhecimento científico. (p.31)

Quanto à tarefa que toca a lógica do conhecimento em oposição à psicologia do conhecimento, partirei da suposição de que ela existe consiste apenas em investigar os métodos empregados nas provas sistemáticas a que toda ideia nova deve ser submetida para que possa ser levada em consideração. (p.32)

Na medida e m que o cientista aprecie criticamente, altere ou rejeite sua própria inspiração, poderemos se o desejar, encarar a análise metodológica levada a efeito como um tipo de “reconstrução racional” dos correspondentes processos mentais. (p.32)

Kant chamou a atenção para isso dizendo serem os juízos a priori os fundamentos da ciência, por serem universais e necessários.

Para justificar as inferências indutivas, deve-se estabelecer o princípio da indução, que busca ordenar as inferências de modo lógico. Popper diz que o princípio da indução não é analítico, mas sintético. Kant havia postulado que no analítico o predicado está contido no sujeito e no sintético, não apesar de predicado e sujeito estarem conectados. Só o sintético acrescenta algo ao conhecimento.

Popper sustenta que "o principio da indução é supérfluo e conduz a incoerências lógicas". Diz que essa incoerência já devia ter ficado clara desde Hume.

3. Prova Dedutiva de Teorias

Se a decisão for positiva isto é, se as conclusões singulares se mostrarem aceitáveis ou comprovadas, a teoria terá, pelo menos provisoriamente, passado pela prova: não se descobriu o motivo para rejeita-la. Contudo, se a decisão for negativa, ou, em outras palavras, se as conclusões tiverem sido falseadas, esse resultado falseará também a teoria da qual as conclusões foram logicamen

Popper diz que Kant não alcançou êxito na justificação dos juízos sintéticos a priori. Kant havia falado que tais juízos são a base de ciências como a matemática e a física. Popper cita Reichenbach, que fala favoravelmente do método indutivo. O apriorismo tem origem na probabilidade da indução. É uma redução por exemplo, o juízo: "a casa rosa é casa", pois comete uma redundância, apesar de ser verdadeiro e necessário, mesmo que não haja nenhuma casa no mundo. Popper defende contra esse, o método dedutivo de prova, em que a "hipótese só admite prova empírica".

A lógica do conhecimento científico (Popper abandona aqui o termo pesquisa, e adota o que viria a ser título de um livro seu) analisa a justificação de validade, e não as questões de fato. Popper diz que discutirá o caminho entre uma ideia nova e a metodologia em que ela deve ser posta a prova sobre o ponto de vista lógico. É uma tarefa epistemológica. Ele afirma que toda descoberta tem uma intuição criadora de um elemento racional.

A partir de uma ideia nova podemos tirar deduções lógicas, que são comparadas com outras conclusões, de onde se tira relações lógicas. Popper identifica quatro maneiras de submeter uma teoria à prova. São elas:

• a) Comparação de conclusões.

• b) Investigação da lógica da teoria.

• c) Comparação com outras teorias.

• d) Confirmação pelas experiências.

A última visa o resultado pragmático da teoria. Outros resultados são deduzíveis da teoria. Poderíamos dizer que esse resultado deduzível também põe a teoria a prova, necessitando serem lógicos. Esse processo foge a lógica indutiva. Popper a refuta porque não proprociona " critério de demarcação" adequado. Esse critério distingue as ciências empíricas das apriorísticas (como a geometria e a física). Para os epistemologistas, o empirismo tende a ir para a indução. Isso se plica ao positivismo.

Os positivistas, diz Popper, se empenharam em demonstrar que a metafísica, por não

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