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FISIOPATOLOGIA

Projeto de pesquisa: FISIOPATOLOGIA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/4/2013  •  Projeto de pesquisa  •  2.348 Palavras (10 Páginas)  •  1.056 Visualizações

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1 INTRODUÇAO

A gota é uma das doenças mais antiga registradas na história da Medicina. É considerada uma doença crônica e progressiva, podendo causar sérias deformidades nas articulações e invalidez se não tratada corretamente, não é contagiosa, mas passa de geração para geração e aparecem principalmente em homens com mais de 35 anos de idade e em proporção bem menor em mulheres após a menopausa. Sendo uma das principais causas da artrite crônica, também está fortemente associada com obesidade, alterações do colesterol, diabetes e insuficiência renal.

2 HISTORICO

A gota é uma doença conhecida desde a Antiguidade, foi descrita por Hipócrates dois séculos antes de Cristo. Recebeu essa denominação devido à crença de que a moléstia era causada por um agente nocivo que se infiltrava gota a gota nos interstícios dos ossos .Já foi chamada de “doença dos reis”, porque a nobreza, os intelectuais e as pessoas ricas da Idade Média e dos séculos XVII e XVIII pareciam mais vulneráveis a essa moléstia. Personalidades famosas já foram acometidas pela gota, entre eles, Alexandre O grande, Isaac Newton, Michelangelo, Benjamin Franklin, Charles Darwin.

Baseando-se em seus próprios sofrimentos de 34 anos de gotoso e portador de cálculos renais Thomas Sydenham foi quem fez uma descrição em mínimos detalhes sobre a doença gota em 1683. Ele dizia "eu não sei qual é dor mais severa, se a da gota ou a do cálculo"

3 ETIOLOGIA

É uma doença reumatológica, inflamatória e metabólica que atinge uma ou mais articulações. Trata-se de um distúrbio do metabolismo das purinas, em que níveis anormalmente altos de acido úrico se acumulam no sangue.

A gota é desencadeada pelo acumulo de acido úrico na região articular formando cristais, que desencadeia ataques recorrentes de artrite. É uma doença que evolui por incidências, falamos então de crise de gota quando a dor se torna muito intensa.

Todos os atingidos têm hiperuricemia, mas nem todos os hiperuricêmicos têm gota. A superprodução de ácido úrico é responsável por 10% dos casos e a diminuição da excreção urinária de ácido úrico representa os restantes 90% dos gotosos.

Muita gente acha que certas bolhinhas que, às vezes, aparecem nas mãos e nos pés, é sinal de que os níveis de ácido úrico estão elevados no organismo e que a pessoa tem gota. Isso não é verdade. As dores articulares são o principal sintoma dessa enfermidade cujas crises, em geral, se agravam à noite e acometem mais as extremidades. Gota é uma doença implacável que não tem cura, mas tem controle e as crises dolorosas podem ser evitadas desde que a pessoa não descuide do tratamento.

4 FISIOPATOLOGIA

A gota pode ser dividida em primaria e secundaria.

A primaria é a mais comum, não tem causa definida, mas acredita-se que fatores genéticos estejam ligados a hiperuricemia (concentração sérica maior que 7mg/dI[0,4 fmol/I]). O mecanismo produtor da doença mais frequente é a ausência congênita de um mecanismo enzimático que excreta o ácido úrico pelos rins. Não havendo eliminação adequada, aumenta a concentração no sangue. Outro defeito enzimático, bem menos comum, produz excesso de ácido úrico, neste condição os rins, mesmo normais, não conseguem eliminar a carga exagerada de ácido úrico e este acumula-se no sangue.

O tipo secundaria de gota pode deriva de problemas de insuficiência renal, doenças hemolíticas (anemias, talassemia), tumores, obesidade, ingesta de alimentos (frutos do mar com casca, carne vermelha, ervilha, feijões,), bebidas alcóolicas, uso de medicamentos.

As crises de gota parecem esta relacionada com o aumento ou diminuição súbito nos níveis séricos de acido úrico. Quando os cristais de urato precipitam na articulação, ocorre a resposta inflamatória e começa a crise de gota. Com as crises repetidas, acúmulos de cristais de urato de sódio, chamados de tofos, são depositados nas áreas periféricas do corpo, como o primeiro pododáctilo, as mãos e as orelhas. Pode desenvolver-se litíase renal (calculo renal) por urato com doença renal crônica secundária de urato.

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

Pacientes gotosos podem permanecer 20 a 30 anos com ácido úrico elevado antes da primeira crise. Em alguns casos, já houve crise de cálculo urinário.

O sintoma imediato é a dor, imediatamente, na parte acometida pela crise, fica inchado, vermelho e quente. A primeira crise dura cerca de três dias, a segunda vem em torno de dois anos depois e pode permanecer por mais tempo, com dores menos intensas.

A crise de artrite é bastante típica: o indivíduo vai dormir bem e acorda de madrugada com uma dor insuportável que em 85% das vezes compromete a articulação metatarsofâlangica do primeiro pododáctilo.

Processo mais comum de manifestação da doença

O tecido conjuntivo é o que fica na união de um osso com outro, na articulação. O ácido úrico costuma ser solúvel neste tecido. Quando sua concentração aumenta (em um organismo com pré-disposição genética para sofrer a doença), a gota pode se manifestar.

Um trauma ou uma agressão nas articulações costuma ser o principal desencadeador da gota. A articulação do dedão do pé é a mais delicada do organismo, pois é pouco protegida. Se, por exemplo, o indivíduo caminhar muito durante o dia com sapatos fechados, tende a ficar com os pés inchados.

No fim do dia, hora do descanso, a tendência é de os pés desincharem. Se o indivíduo tiver com acúmulo de ácido úrico no sangue, a água sairá rapidamente, mas o ácido permanecerá dentro da articulação. A região fica ácida e o ácido úrico tende a se cristalizar. A crise só acontece se houver cristalização.

A cristalização do ácido úrico provoca a ação dos neutrófilos, células de defesa do organismo que engolem os cristais. Como a quantidade de cristais é muito grande, muitos neutrófilos atuam e provocam a inflamação do tecido. Com isso, vem à crise aguda da gota.

A dor causada pela crise de gota pode ser tão forte a ponto dos pacientes não tolerarem o uso de lençol sobre a região afetada. Pode ocorrer febre baixa e calafrios.

A crise inicial dura 3 a 10 dias e desaparece completamente. O paciente volta a levar uma vida normal. Fica sem tratamento porque não foi orientado ou porque não optou pelo que foi prescrito.

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