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Falhas De Mercado

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Por:   •  7/4/2014  •  388 Palavras (2 Páginas)  •  463 Visualizações

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As Falhas de Mercado

Um dos argumentos mais utilizados como tentativa de justificar o intervencionismo do Estado no processo de mercado é a alegação de que se tornam necessárias as correções, por parte do poder público, das imperfeições e falhas apresentadas pela economia de livre mercado. O objetivo deste capítulo é mostrar que o referido argumento peca duplamente: primeiro, por sua falaciosidade e, segundo, por sua periculosidade. Com efeito, a posição da Escola Austríaca a respeito das tão propaladas "falhas de mercado" fundamenta-se em duas proposições básicas: a de que a maioria dessas falhas, quando estudadas criteriosamente, revelam-se resultantes de defeitos extra-mercados, de natureza institucional e a de que, quando ocorrem de fato falhas de mercado, elas tendem a ser amplificadas (e não eliminadas), como conseqüência da intervenção governamental.

A própria expressão "falhas de mercado", a rigor, parece deixar subentendido que os mercados são como que meios a serem usados para a obtenção de fins. Se estes últimos — que, segundo os preceitos do racionalismo construtivista que apontamos no capítulo 2, devem ser eleitos pelos planejadores de plantão — não são alcançados, fala-se na ocorrência de algum tipo de deficiência no "sistema" (isto é, em resultados "injustos" na ordem espontânea de mercado). Os fins costumam, por conveniência analítica, ser divididos em "técnicos" e "sociais".

Entre as "falhas técnicas" de mercado, costuma-se incluir uma categoria de fenômenos conhecidos como externalidades, que enfeixa os casos dos bens públicos (ou de consumo coletivo) e o efeito-vizinhança, casos em que ocorrem divergências entre os custos privados e os custos sociais. Além dessas situações, costuma-se listar também como falhas técnicas aquelas em que se suspeita que as preferências subjetivas dos agentes econômicos não possam ser "corretamente" registradas, as que refletem concentração de informações e as que se costuma designar como "dilema do prisioneiro". As pretensas "falhas sociais", por sua vez, incluem as críticas aos interesses individuais (que seriam inferiores à construção holística denominada de "interesses sociais"), à "manipulação dos consumidores" (que fez a fama e a fortuna de John Kenneth Galbraith) e à "imoralidade dos lucros capitalistas" (que tem sido um cavalo de batalha de intelectuais e partidos de esquerda em todo o mundo). Examinemos ligeiramente cada uma dessas críticas ao livre mercado, à luz do liberalismo.

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