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Familia E Sociedade

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Por:   •  8/10/2013  •  1.801 Palavras (8 Páginas)  •  410 Visualizações

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Introdução: falaremos nos textos que seguem sobre o papel do Serviço Social na era contemporânea, sobre a área de trabalho, as mudanças nesta, e as responsabilidades, facilidades e dificuldades de se trabalhar nesta era.

As mudanças no mercado de trabalho

Essas mudanças desafiam profundamente todas as pessoas e, em especial os assistentes sociais, repercutindo no mercado de trabalho especializado. A retração do Estado em suas responsabilidades manifesta-se na compressão das verbas orçamentárias e no deterioramento da prestação de serviços sociais públicos. Implica-se uma transferência para a sociedade civil, de parcela das iniciativas para o atendimento das sequelas da questão social, isso causa significativas alterações no mercado de trabalho. Nos programas e projetos mantidos por organizações empresariais privadas, há ênfases ricas sobre a qualidade dos serviços prestados, dentro de uma perspectiva de “filantropia empresarial”.

Não se trata de um ressurgimento da velha filantropia, do século XIX. O que nós percebemos é a filantropia do “grande capital”, resultado de um amplo processo de privatização dos serviços públicos.

A reforma da previdência é outro exemplo de como está sendo enfrentada essa questão social na visão da privatização, em detrimento dos direitos sociais, assegurada constitucionalmente. O governo pretende “economizar”. Nessa perspectiva é reservada ao Estado a responsabilidade pelo atendimento dos setores mais pobres e excluídos.

Situação que se agrava mais a cada dia, pois com o neoliberalismo cada vez mais instalado, e “pedindo” por cada vez menos intervenção do Estado, o poder do Estado de certa forma acaba se tornando mínimo também, e se o povo mais carente não pode contar com a ajuda do Estado, acaba sendo ainda mais marginalizado, excluído, e é aí que entra o serviço social para amparar e reintegrar estas pessoas tão carentes de auxílio.

O Serviço Social sempre foi chamado pelas empresas para eliminar focos de tensões sócias, criar um comportamento produtivo da força de trabalho, contribuindo para reduzir o absenteísmo e viabilizar benefícios sociais, atuar em relações humanas na esfera de trabalho.

É nesse sentido que Mota, estudando o serviço Social de empresa entende que “se, aparentemente, a empresa apenas dá legitimidade a uma prática profissional, ratificando sua utilidade social, ao aprofundarmos a questão veremos que, para além do que é veiculado como aspecto técnico, está presente o componente político da requisição, identificado na necessidade de mediar interesses de classes”. Segundo Mota, há que se distinguir entre necessidades sociais e as demandas profissionais.

“O Serviço social na contemporaneidade” é muito mais do que um título formal, pois sintetiza o desafio de decifrar os novos tempos. Exige-se um profissional qualificado, que reforce e amplie a sua competência crítica; não só executivo, mas que pensa, analisa, pesquisa e decifra a realidade da população. Alimentado por uma atitude investigativa, o exercício profissional cotidiano tem ampliado as possibilidades de vislumbrar novas alternativas de trabalho nesse momento de profundas alterações na vida em sociedade.

...Um profissional criativo e inventivo, capaz de entender o “tempo presente, os homens presentes, a vida presente” e nela atuar, contribuindo, também, para moldar os rumos de sua história. (Iamamoto).

Projeto Ético-Político do Serviço Social

A prática profissional hoje dotada de cientificidade, antes era basicamente de cunho humanista consistia em fazer o “bem” aos “necessitados”, deixando para trás a neutralidade e a visão romantizada de um período meramente assistencialista, passando a compreender o significado social e os valores da profissão, a orientar o fazer profissional dando ênfase especial à causa da classe trabalhadora antes dos interesses do capital. Com o fim da segunda guerra surgiram muitas demandas, e o serviço social precisava de preparo para atender as necessidades reais da população. Em 1941 houve um congresso nos EUA em que se iniciaram as mudanças que influenciaram o “fazer” do serviço social.

O serviço social nos EUA tinha um grau muito elevado de estrutura e sistematização que nós até então não tínhamos, então houve no Brasil a necessidade da busca pela profissionalização.

Surgindo o projeto profissional sendo construído num contexto histórico de transição dos anos 70 aos 80, podemos dizer “Processo de Reconceituação”. O projeto ético-político não é uma abstração, nem um ente que se instituiu entre nós. É uma construção coletiva, de natureza histórica, portanto sempre sujeito a transformações. (MARTINELLI, 2006).

A dimensão política do projeto está relacionada à universalização do acesso aos bens e serviços relativos às políticas e programas sociais; ampliando os direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras.

É preciso conhecer o significado ético da profissão na história do Serviço Social brasileiro, oferecer subsídios para a reflexão a respeito do que vem a ser um bom profissional de Serviço Social. A atuação do assistente social estabeleceu normativas da política de saúde, consolidando uma tarefa educativa com relação a hábitos de higiene e saúde. A viabilização do acesso de usuários aos direitos sociais públicos, que de certa forma tais serviços são custeados de forma indireta por quem delas utilizam, através de taxas e impostos encontrados em tudo que se consome e utiliza. Isso tudo visa reforçar a preocupação com a qualidade dos serviços prestados, com o respeito aos assistidos, investindo na melhoria dos programas institucionais, formulação de propostas de políticas institucionais criativas e objetivas, etc.

No aspecto profissional podemos dizer que o projeto reclama e busca um profissional comprometido com a competência e a excelência, este por sua vez, irá depender da sua evolução intelectual, e de sua capacitação na busca pelo conhecimento.

No que tange ao modelo de proteção social, a Constituição Federal de 1988 (Constituição Cidadã) é uma das mais progressistas, onde a Saúde, conjuntamente com a Assistência Social e a Previdência Social integram a Seguridade Social.

O processo de renovação do Serviço Social no Brasil está articulado às questões colocadas pela realidade

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