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Fichamento Documentação Em Serviço Social: Debatendo A Concepção Burocrática E Rotineira.

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Por:   •  27/11/2014  •  1.510 Palavras (7 Páginas)  •  1.517 Visualizações

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“A documentação tem a importante tarefa de oferecer subsídios para a analise e a intervenção do Serviço Social na realidade. (...) No entanto, historicamente, ela vem cumprindo o desagradável papel de controle sobre a ação dos profissionais nos espaços institucionais, ou é entendida pelos próprios assistentes sociais como um instrumento de cunho meramente administrativo.” (p.65)

“1. A relação teoria-prática: um debate necessário para entender o papel de documentação”

“Na tradição marxista, em suas várias vertentes, encontramos a defesa da unicidade entre razão filosófica e realidade social, que possibilita a ultrapassagem da histórica superação entre o conhecer e o agir. Trata-se da superação das dicotomias da metafísica, já que, nessa concepção, a razão penetra a realidade, imiscui-se, transforma a história, transformando-se em história.” (p.66)

“A prática social aqui tratada é histórica, originária da sociedade capitalista e, como aponta Iamamoto (1992, p.177), tem seu fundamento no trabalho social, no trabalho coletivo. É atividade criadora que possibilita a objetivação dos seres sociais em relação com outros,mas em uma sociedade que cria as condições para a alienação, já que a força de trabalho toma a forma social de mercadoria.” (p.66)

“Como trata-se, portanto, de um complexo e contraditório processo, aos profissionais de Serviço Social torna-se fundamental, no exercício de seu trabalho, desenvolver mecanismos que possibilitem desvendar a realidade social, aprendendo-a em suas múltiplas determinações, relações e nexos como uma totalidade, em sua processualidade, em seu movimento, em suas contradições.” (p.67)

“(...)a teoria não se “aplica” ao real, mas fornece parâmetros para uma análise histórico-crítico da realidade e ilumina as possibilidades de ação, atualizando-se na apropriação do movimento desse próprio real.” (p.67)

“Nesse sentido, a concepção de metodologia deve estar coerente com a concepção de teoria adotada. Isso significa que a perspectiva teórico-metodológica de que falamos não se reduz a pautas, etapas, procedimentos e instrumentos profissionais. Ela os incorpora, mas vai além porque se relaciona com o modo de ler, interpretar e articular-se com a realidade, com os seres sociais organizados em classes que se encontram em permanente luta. (...) é necessária competência teórico-metodológica, mas cujo conteúdo não seja tecnocrático, que funciona, como aponta Iamamoto (1992, p.183) como forma de “ocultamento e dissimulação do real: a representação imaginária do real a serviço da dominação na sociedade de classes, confundindo-se com a linguagem instituída, institucionalmente permitida e autorizada”.” (p.67)

“Ainda conforme Iamamoto (1992), é necessário realizar-se a crítica sobre esse proceder e um diálogo crítico com a herança cultural incorporada no exercício profissional do Serviço Social, desvendando suas bases sócio-históricas, as teorias que as embasaram com uma abordagem que vá além da profissão, incorporando a história das sociedades e do pensamento social na modernidade” (p.68)

“Uma vez construída nesse enfoque, a competência técnico-política deve partir da elucidação das tendências existentes no próprio movimento da realidade, decifrando suas manifestações no campo sobre o qual incide o trabalho profissional, estabelecendo a precisa relação que é dialética entre teoria e prática.” (p.68)

“2. O papel da documentação como instrumental técnico no trabalho profissional”

“Dentro do instrumental, a técnica, sendo uma criação do ser humano para satisfazer suas necessidades objetivas e subjetivas, torna factível que as pessoas operem sobre a natureza e as coisas, produzindo mercadorias, solucionando problemas, novas situações, conhecimentos etc.” Colocada em movimento na realidade, é um meio de facilitar as realizações de mulheres e homens, pois possibilita conhecermos a realidade transformando-a e mesmo avançando para novas técnicas (SARMENTO, 1994).” (p.68)

“Do ponto de vista do Serviço Social, como aponta Iamamoto (1998, p.62), as bases teórico-metodológicas são instrumentais técnicos essenciais, as quais, diferentemente dos recursos financeiros e físicos – que são das instituições onde se emprega – pertencem ao profissional e contribuem para iluminar a leitura da realidade e imprimir rumos à ação, ao mesmo tempo que a moldam. (...) Sendo a linguagem o “instrumento básico de trabalho” do profissional, suas atividades associam-se “à sua formação teóric-metodológica, técnico-profissional e ético-política” e dependem de competência, que deve materializar-se na “leitura e acompanhamento dos processos de sociais, assim como no estabelecimento de relações e vínculos sociais com os sujeitos com que atua” (IAMAMOTO, 1998, p.97).” (p.69)

“Ter discernimento dessa questão é fundamental, porque, sendo um intrumental-técnico, a documentação também terá a direção política que for dada à ação social como um todo.” (p.69)

“(...) no momento de veicularmos e organizarmos a informação, por meio da documentação, devemos nos atentar para a importância do modo como o fazemos, porque, tradicionalmente, a documentação tem sido utilizada como um filtro de informações que costuma atender apenas aos interesses institucionais.” (p.69-70)

“3. Os tipos de documentação e sua utilização”

“(...) Quando a documentação, mesmo aquela aparentemente mais rotineira, tiver um tratamento técnico,documentar torna-se um exercício reflexivo e interpretativo sistemático importante.” (p.70)

“Para Sarmamento (1994), o tratamento técnico tem início quando os dados empíricos são vistos como ponto de partida e de chegada para o conhecimento da realidade, o que significa que os dados não devem ser vistos de forma isolada, estanque e não apenas mensurados quantitativamente. Eles devem ser submetidos a uma interpretação teórico-crítica que penetre:” (p.72)

• “no contexto institucional – estrutura, objetivos institucionais, relações internas, correntes de opinião existentes, concepções de sociedade e de trabalho social, correlação de forças etc.;”(p.72)

• “no contexto econômico, político e sociocultural onde se situa a instituição, considerando que tanto o contexto quanto a instituição são parte intrínseca de nossa formação social (...)” (p.72)

“Parece Social”

“Exposição e manifestação sucinta, enfocando-se objetivamente a questão ou situação social analisada por meio do estudo social, com

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