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Formação Social

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Por:   •  15/11/2013  •  3.359 Palavras (14 Páginas)  •  268 Visualizações

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Etapa 01

Jean Baptiste Debret foi um pintor, desenhista e professor francês. Jean Baptiste Debret nasceu em Paris, na França, em 18 de abril de 1768. Formado pela Academia de Belas Artes de Paris, Debret foi um dos membros da Missão Artística Francesa ao Brasil, organizada a pedido do rei Dom João 6º. Liderada por Joachim Lebreton, a missão era composta também pelo arquiteto Charles Simon Pradier e pelo paisagista Nicolas Antonine Taunay e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay.

O artista conferiu também dignidade aos índios que retratou.

Debret tenta mostrar aos leitores - em especial europeus - um panorama que extrapolasse a simples visão de um país exótico e interessante apenas do ponto de vista da história natural. Mais do que isso, tentou criar uma obra histórica; mostrar com detalhes e minuciosos cuidados a formação - especialmente no sentido cultural - do povo e da nação brasileira; procurou resgatar particularidades do país e do povo, na tentativa de representar e preservar o passado do povo, não se limitando apenas a questões políticas, mas também a religião, cultura e costumes dos homens no Brasil.

Dom João VI, Museu Nacional de Belas Artes.

Seu trabalho retrata o cotidiano, o processo de independência do Brasil e os primeiros anos do governo de Pedro 1º. Uma de suas obras mais conhecidas é um quadro de dom João em tamanho real. O romantismo tem como características a oposição ao racionalismo e ao rigor neoclássico defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção.

Obras de Debret

Na obra Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil pode ser observada uma forte influência do iluminismo francês, principalmente da Enciclopédia de Denis Diderot, pois Debret não se prende apenas à representação de batalhas, cenas importantes e feitas grandiosos do país. Debret, como já dito anteriormente, representa cenas e características do cotidiano e da sociedade brasileira, como casas, ocas de índios, rostos de pessoas (para tentar mostrar as características do povo brasileiro). Ele procura representar o caráter do povo; seus costumes, festas populares (e da corte), relações de trabalho e utensílios e ferramentas utilizadas pelo povo.

As representações dos índios, totalmente idealizados, fortes, com traços bem definidos e em cenas heróicas – são aspectos claros do neoclassicismo. Contudo, ao se analisar os textos que acompanham as imagens, são notados aspectos não neoclássicos, mas românticos. O romantismo tem como características a oposição ao racionalismo e ao rigor neoclássico. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras românticas valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado. Além disso, uma característica essencial do romantismo – que o diferencia do neoclassicismo -, característica esta, notada nos textos de Debret, é a relação que o artista estabelece com as cenas que representa: o neoclássico é apenas um espelho do que observa, tentando fazer uma representação exata, daquilo que vê. Já o romântico, tenta "jogar uma luz" no que observa – o romântico faz uma interpretação daquilo que observa, e é justamente isto que Debret faz nos textos que acompanham as aquarelas: interpretações. Nas aquarelas, Debret era o “espelho” do que observava: este é o Debret com princípios neoclássicos. Nos textos, ele jogava uma luz e interpretava o que via: este é o Debret com princípios românticos.

Suas aquarelas pitorescas possuem o caráter típico das representações feitas por viajantes em busca de paisagens e de exotismo, mas sua arte oficial conserva o caráter solene do neoclassicismo próprio do grupo de artistas da França napoleônica.

Carlota Joaquina, a princesa do Brasil

A morte do rei de Portugal D. José I em 1777 e a declaração de insanidade de D. Maria I em 1972 levam seu filho D. João e sua mulher, a espanhola Carlota Joaquina, ao trono português.

Em 1807, para escapara das tropas napoleônicas, o casal se transfere às pressas para o Rio de Janeiro, onde a família real vive seu exílio de 13 anos. Na colônia aumentam os desentendimentos entre Carlota e D. João VI.

Cena 01: No filme também é suprimido o fato de que Carlota Joaquina esteve presa no Convento da Ajuda e escapou graças o auxílio de Sidney Smith que estava cumprido os desígnios secretos do trono inglês de apoiar a conquista da Província Platina por ela. Omite assim, que D. João descobre a fuga a tempo e intercepta a princesa na embarcação de Smith quando ela estava de partida para o Rio da Prata, nesse ínterim, a princesa se vendo abordada por Lobato, o fiel escudeiro de D. João e por Lord Strangford que nesse dia descobre os reais interesses da Inglaterra, ela se aproveitando de uma distração dos dois homens pega uma arma e atira em Lobato que a frustrara em 1805, avisando D. João VI da conspiração que ela armara contra o marido, Lobato ferido cai no chão e começa a ter uma crise de epilepsia ficando inconsciente por 24 horas quase sendo enterrado vivo, pois pensavam que ele estava morto (Tumores de Bragança, Clemente de Oliveira). O que fica claro é que, se esses fatos fossem abordados pela diretora seria muito difícil transformar a argúcia de D. João VI em preguiça, submissão e covardia como faz o filme.

Cena 02: No filme Carlota Joaquina D. Pedro I era o filho que mais parecia com a mãe, pelo menos, ao que diz respeito à lascívia. Era um amante inveterado, boêmio e amante dos prazeres e por isso pedira ao pai para ficar no Brasil. Talvez esse tipo de comportamento fosse o pretexto dos republicanos para elegerem a figura de José Bonifácio como patrono da independência. No caso de D. Pedro I não faltasse, pois se sabe bem que seu reinado do ponto de vista político racional foi deveras um desastre. Assim era preciso buscar outros heróis, e a solução encontrada foi desviar a importância do ato da independência para a sua manutenção. É, nesse sentido, que as figuras dos militares passam a ser erigidos na memória oficial. O primeiro deles, símbolo do exército nacional e, segundo os republicanos, o maior responsável pela união da nação, foi nada mais, nada menos que, Duque de Caxias. Para tal construção foi necessário se apagar da memória brasileira o fiasco desse mesmo Duque de Caxias na Guerra do Paraguai que, perdendo uma batalha e envergonhado pela a desastrosa Retirada de Laguna abandona o posto, que é então substituído por Conde D’ Eu genro do Imperador.

Cena 03: D. João foi forçado a transferir-se

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