Geoprocessamento

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GEOPROCESSAMENTO

Tubarão

2014

1 INTRODUÇÃO

Geoprocessamento é um conjunto ferramenta tecnológica com finalidade multidisciplinar, onde possibilita integrar dados geográficos de diversas áreas em uma mesma base de dados georreferenciadas.

Sensoriamento remoto e um instrumento tecnologico para obter dados da superficie da terra, atravez da energia refletida, está ferramenta é imprescindível aos pesquisadores de todos os segumentos para planejar, analizar e processar as im-formações espacias.

Tratando de Sensoriamento Remoto, Novo (1993) e Rocha (2002), Sen-soriamento Remoto pode ser definido como a utilização de sensores colocados em aeronaves ou satélites, para aquisição de informações, onde se permite analisar os fenômenos na superfície da Terra, sem contato físico com eles.

O funcionamento deste equipamento ocorre da seguinte forma:

“A energia refletida ou emitida pela superfície terrestre e captada por sen-sores eletrônicos, instalados em satélites artificiais, e transformada em si-nais elétricos, que são registrados e transmitidos para estações de recep-ção na terra”(FLORENZANO, 2002, P.10).

2 FOTOINTERPRETAÇÃO

De acordo com o dado disponibilizado pelo INPE: O CBERS-2, é o se-gundo satélite desenvolvido em conjunto com o Brasil e China, foi lançado com su-cesso no dia 21 de outubro de 2003, partindo do Centro de Lançamento de Taiyuan, na China.

A cada combinação de comprimento de onda e freqüência, corresponde um tipo específico de energia eletromagnética. Dentro do espectro eletromagnético podem ser definidos intervalos de comprimentos de onda e intervalos de freqüência, de forma a possibilitar a verificação de processos físicos característicos. Venturi(2002, p.34)

Onde cada elemento físico terá uma resposta espectral específica (gráfico 1), desta forma a água se manifesta de uma forma o solo de outra e consequente-mente a vegetação também se manifestara de outra forma. Utilizando o gráfico abai-xo, como referencial a curva espectral de cada elemento.

Gráfico 1 – gráfico de resposta espectral obtido pela refletância do equipamento.

Fonte:http://redin.lec.ufrgs.br/images/f/f9/83_Comportamento_espectral.jpg

2.1 USO DO SOLO

Os mecanismos de geoprocessamento são importantes ferramentas ás ciên-cias agrícolas no ramo de uso e conservação do solo, segundo (STALlINGS, 1967) o melhor uso do solo depende de sua características, localização, tamanho da propri-edade, disponibilidade de recursos e habilidade do proprietário para usa-lo adequa-damente.

A classificação do solo conforme suas características físicas e químicas são de fundamental importância no planejamento rural conforme defende Ramalho filho et al. (1994 apud BARROS, 2004) a aptidão das terras é definida por meio da comparação de suas condições agrícolas com níveis estipulados para cada classe, ou seja, deficiência de fertilidade, deficiência de água, suscetibilidade e impedimentos à mecanização.

As aplicações praticas destes sistemas de geoprocessamentos podem ser vistas nos diversos ramos da agronomia, como podemos observar em uma proposta de aplicação, na adequação das divisões de terras de reforma agrária conforme o GEE (grau de eficiência econômica) e pelo GUT (grau de utilização as terra). Com a utilização de fotointerpretação de imagens de satélite (figura 1), auxiliada por SIG (sistema de informações geográficas). A interpretação do espectro de cores refletido pelo equipamento nos auxilia a levantar o mapa hidrográfico da área, além de possi-bilitar a demarcação das áreas não agricultáveis; com limitação de mecanização (in-clinação); áreas de APP, assim fornecendo informações necessárias para uma divi-são justa das glebas de assentamento. Estabelecendo então, um mapa da quali-dade da terra (figura 2) que pode ser associado a outro fator como distancia de rodovias.

Figura 1 – imagem de satélite (CBERS-2), com os limites de três imóveis desapropriados destinados a assentamentos de reforma agraria.

Figura 2 – mapa da qualidade da terra com limite das propriedades e fontes de água.

A importância do geoprocessamento no planejamento rural

A utilização inadequada das máquinas agrícolas para a execução de determi-nados trabalhos, bem como um mau dimensionamento levam o agricultor a subutili-zar o maquinário. Na verdade, as ferramentas deveriam ser usadas em função das características do terreno, tais como: tamanho da área, declividade, tipo de relevo, características de solo e a precipitação. Os dados de precipitação são importantes em vários casos. Por exemplo, quando estivermos relacionando o número de dias secos ou chuvosos, onde a precipitação média é inferior a um determinado valor, este valor pode ser especializado por intermédio de MNTs e organizados e classifi-cados em isolinhas (linha que, num mapa une pontos de igual valor para a representação do atributo estudado). O cruzamento destes planos de informação (planos de solos, relevo, área a ser cultivada e mapas de precipitação), trará informações que definirão o tamanho da máquina em termos de potência, dimensionamento dos implementos agrícolas a serem utilizados e disponibilidade de dias prováveis para realizar determinados trabalhos, sendo estes resultados materializados e especializados em forma de mapas.

Conhecer a propriedade é fundamental para um melhor aproveitamento da terra.

Para medirmos a produtividade agrícola utilizamos a área plantada versus a produ-ção alcançada. Sabemos que a produção é dependente de fatores de fertilidade, genéticos, de pragas, condições climáticas e doenças. A espacialização destas in-formações em forma de mapas é muito importante para avaliar temporalmente e es-pacialmente a produtividade