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Geral Sobre cólera E Febre Tifóide

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Por:   •  7/8/2014  •  2.389 Palavras (10 Páginas)  •  430 Visualizações

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CÓLERA

HISTÓRIA

Em meados do século XIX, a cólera se propagou pelo mundo desde seu reservatório original no delta de Ganges, na Índia. Seis pandemias sucessivas mataram a milhões de pessoas em todos os continentes. A atual pandemia começou no Sul da Ásia em 1961 e chegou a África em 1971 e à América em 1991. Na atualidade, a cólera é endêmica em muitos países.

CAUSAS

As cepas do vibrião colérico que produzem a toxina são a V. cholerea O1 e V. cholerea O139. A toxina produzida pela bactéria é conhecida como enterotoxina colérica que possui duas porções em sua molécula: porção A e B. Essa toxina causa uma alteração nos canais de cloreto das células intestinais, levando à intensa secreção de sódio, cloreto e água. O vibrião colérico não invade as células, permanecendo apenas no lúmen intestinal.

TRANSMISSÃO

A transmissão é por via fecal-oral e acontece, principalmente, pela ingestão de água e/ou alimentos crus ou mal cozidos contaminados por fezes ou vômitos de doentes. Objetos e utensílios de cozinha também podem ser fontes de transmissão por estarem em contato com água contaminada.

Alguns tipos de alimentos são fontes comuns de transmissão da bactéria causadora da cólera. Dentre eles, destacam-se peixes e frutos do mar, frutas e vegetais crus, grãos e águas de poços e bicas.

Outras formas de transmissão são através de moscas ou manuseio dos alimentos por mãos sujas. Além disso, o contágio pode ser de pessoa a pessoa pelo contato direto.

SINTOMAS

A incubação é de cerca de cinco dias. Após esse período começa abruptamente a diarreia aquosa e serosa, como água de arroz. As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarreia sais assim como água, beber água doce ajuda mas não é tão eficaz como beber água com um pouco de sal. Todos os sintomas resultam da perda de água e eletrólitos:

• Diarreia volumosa e aquosa, tipo água de arroz, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes elementos trata-se de disenteria).

• Dores abdominais tipo cólica

• Náuseas e vômitos.

• Hipotensão com risco de choque hipovolêmico (perda de volume sanguíneo) fatal, é a principal causa de morte na cólera.

• Taquicardia: aceleração do coração para responder às necessidades dos tecidos, com menos volume sanguíneo.

• Anúria: micção inferior a 100ml/dia, devido à perda de líquido.

• Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da temperatura corporal.

O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em adultos maiores de 40 anos. A morte é particularmente impressionante: o doente fica por vezes completamente mirrado pela desidratação, enquanto a pele fica cheia de coágulos verde-azulados devido à ruptura dos capilares cutâneos, sendo que isso é muito importante para as crianças e adultos.

A incubação da bactérica causadora é decerca de cinco dias. Após esse período, surgem diarréias e vômitos. A cólera varia de sintomas leves até graves diarréias com grandes perdas de líquidos. Nota-se que em numerosas infecções de cólera, as pessoas não apresentam ou têm poucos sintomas (assintomáticas).

Na forma mais leve, que corresponde a cerca de 90% dos casos, as diarréias iniciais são discretas, com vômitos ocasionais. Crianças podem também apresentar febre e, em alguns casos, presença de muco nas fezes e convulsões, além de extremo cansaço, fadiga e desmaios.

Nos casos graves (cerca de 10%), o início é abrupto, com intensas diarréias. A perda de água pode chegar a 20 litros por dia, o que causa desequilíbrio hidroeletrolítico e metabólico. Nessa fase, os sintomas podem ser: sede, rápida perda de peso, taquicardia, pulso rápido e fraco, pressão baixa, fadiga, prostração, dentre outros.

O desequilíbrio eletrolítico e a intensa perda de líquidos causam câimbras musculares e choque hipovolêmico. O choque é uma condição severa e grave na qual o volume de sangue diminui e, com isso, a quantidade de oxigênio fornecida para os tecidos.

TRATAMENTO

O tratamento inicial consiste em fornecer ao paciente os líquidos e sais minerais perdidos na diarréia. A reidratação pode ser feita por uma solução oral contendo glicose. A composição recomendada pela Organização Mundial da Saúde é a seguinte (quantidades a serem dissolvidas em 1 litro de água filtrada):

Cloreto de sódio 2,6 g

Citrato trissódico diidratado 2,9 g

Cloreto de potássio 1,5 g

Glicose anidra 13,5 g

Você deve saber que, com a rápida reidratação, a taxa de mortalidade pela cólera é inferior a 1%.

Outra medida, dependendo do grau de desidratação, é a reidratação parenteral com solução de Ringer lactato.

Para formas graves da doença, além da reidratação, é necessário antibioticoterapia que, quando iniciada nas primeiras 24 horas da doença, diminui a duração da diarréia e, portanto, a perda de sais e líquidos. Os antibióticos comumente empregados são a tetraciclina, doxiciclina, norfloxacina, ciprofloxacina e furazolidona e seu uso deve ser monitorado por um médico.

Medicamentos antidiarréicos são contra indicados no caso de cólera, uma vez que diminuem os movimentos peristálticos do intestino e propicia a multiplicação do V. cholerae.

Existem em farmácias envelopes contendo as quantidades corretas de sais e açúcar para se preparar uma solução de reidratação. O conteúdo do envelope deve ser dissolvido em 1 litro de água fervida, após seu resfriamento e pode ser conservada em geladeira por até 1 dia. No caso de lactentes, a amamentação deve ser mantida.

Na maioria dos casos, a recuperação é rápida e a reidratação é suficiente para tratar o paciente.

Pesquisas têm mostrado que suplementos contendo o elemento zinco ajudam a diminuir a intensidade e duração das diarréias, sobretudo em crianças.

Vacina

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