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Gestao De Qualidade Atps

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Por:   •  15/9/2014  •  4.062 Palavras (17 Páginas)  •  256 Visualizações

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Resumo

Esta investigação objetivou conhecer e analisar as características pessoais do bom professor na opinião dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A metodologia caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico sob a forma de estudo de caso com abordagem qualitativa. O instrumento utilizado para a coleta de informações foi uma entrevista semi-estruturada. A interpretação das informações foi à análise de conteúdo. Os participantes foram trinta e oito (38) acadêmicos da Licenciatura em Educação Física (Currículo de 1990) do CEFD/UFSM. O que mais chamou à atenção nos resultados desta investigação foi o fato de que, no rol das vinte e seis (26) características pessoais do bom professor de Educação Física ficou evidenciado o seguinte: 1) O bom professor é aquele que em sua prática pedagógica cotidiana mostra como principais características pessoais uma ‘boa didática’, o ‘domínio do conteúdo’, sendo ‘respeitador’, ‘criativo’ e ‘gosta do que faz’; 2) Não foram valorizadas características como ‘reflexão’, ‘questionamento’ e ‘criticidade’; 3) Não foram citadas ‘nenhuma qualidade física’ nas características pessoais como necessárias ao bom professor de Educação Física, entretanto, foram citadas quatorze (14) qualidades intelectuais e doze (12) qualidades sociais. Para concluir destacamos que em nenhum momento as características pessoais citadas nesta investigação podem ser consideradas como um modelo acabado de desempenho docente, pois ser bom professor não é um ESTADO DE SER. É um permanente VIR A SER.

Unitermos: Formação de professores. Educação Física. Bom professor. Características pessoais.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 126 - Noviembre de 2008

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Introdução

Segundo Costa (1992) o mundo atual caracteriza-se pela velocidade das mudanças e pelo progresso, derivado das inúmeras descobertas no campo cientifico o que ocasiona um avanço tecnológico. Dentro deste contexto, os educadores têm a incumbência da capacitação de recursos humanos para a área da Educação, pois esta é a base do desenvolvimento da sociedade.

Vários autores que tratam da Educação, como Cunha (1988), Luckesi (1992) e Pereira (1994) dentre outros, atribuem grande importância ao professor, a sua responsabilidade pedagógica e a sua capacidade didática.

Neste sentido, surge logo uma dúvida: qual é o papel do professor na escola de hoje? Seria alguém com características paternalistas ou o professor sacerdote, ou um professor amigo ou aquele professor autoritário?

Sabemos que a ação docente do professor e seus atributos, acompanham a evolução dos tempos, portanto, altera-se em função das mudanças do mundo, tal como outras ações culturais.

Para Pereira; Garcia (1996) estudar o professor não é algo novo, pois muitos pesquisadores já o fizeram. Entretanto, estudar especificamente o professor de Educação Física, e em especial os bons professores, é algo que acreditamos que deva merecer uma atenção especial.

Segundo Pereira e Garcia (1996) o conceito de ‘bom professor’, além de associar-se à categoria de professor, deve estar ligado a uma situação histórica dada, com implicações sociológicas, culturais e políticas, manifestadas na sua forma de ser, como pessoa e como profissional. O conceito de ‘bom’, também como categoria filosófica, é motivo de estudo desde o tempo dos sofistas gregos. O ‘bom’ está interrelacionado com o ‘bem’ e incorre em valor. Conforme Heller (1989) o valor é uma categoria ontológica-social dependente das atividades dos seres humanos, sendo resultado e expressão de relações e situações sociais.

Ainda para Pereira e Garcia (1996) o conceito de ‘bom’ também possui diversos viézes, ligados da Psicologia à Sociologia, mas para o senso comum, cotidiano, no qual se apóiam os valores dos alunos, o ‘bom’ corresponde ao correto, ao eficiente, à satisfação, ao apropriado. Assim, a qualidade de ‘ser bom’, implica numa série de fatores que estão ligados à competência, à proeficiência, à habilidade, etc. Aquele que é considerado ‘bom’, relaciona-se à sua capacidade docente, com natureza e função educativa. Ser bom, relaciona-se à questão de negar o mau, o deficiente, o incompetente, etc.

Segundo Xavier (1995) a concepção do que é ser um ‘bom professor’ já passou por diversas fases durante a evolução das pesquisas sobre eficácia pedagógica. Já, Souza; Tabanez; Silva (1998) ressaltam que as concepções sobre o que é ser um ‘bom professor’ foram significativamente modificadas, principalmente, após o contato e conhecimento das disciplinas pedagógicas durante a formação do professor.

Ser ‘bom professor’, para Pimenta (1997), não é uma questão, apenas, de condições pessoais. O conhecimento das diversas e contraditórias realidades escolares vai possibilitando que se coloquem as bases do que é ser ‘bom professor’.

Ainda segundo Pimenta (1997) ser ‘bom professor’ não é uma conquista perene, duradoura e transferível para qualquer circunstância, contexto ou época. É uma identidade em permanente construção. Desta forma, o ‘bom professor’ é um conceito polissêmico, que adquire significados conforme os contextos, os momentos histórico-sociais e pessoais, os valores e as finalidades que a sociedade, o professor e os alunos atribuem à Educação.

De acordo com Cunha (1992) as instituições de ensino de qualquer um dos graus não têm projeto próprio, explícito, que delineie ‘o padrão ideal’ de bom professor. Assim, quando se fala de ‘bom professor’, as características e/ou atributos que compõem a idéia de ‘bom’ são frutos do julgamento individual do avaliador. A questão valorativa é dimensionada socialmente. O aluno faz a sua própria construção de ‘bom professor’, mas esta construção está localizada em um contexto histórico-social. Nela, mesmo de forma difusa ou pouco consciente, estão retratados os papéis que a sociedade projeta para ‘bom professor’. Por isto ele não é fixo, mas se modifica conforme as necessidades dos seres humanos situados no tempo e no espaço.

Conforme Pereira; Garcia (1996) uma das maneiras de atestar as qualidades do professor, é através dos alunos que estão no trato diário e direto com este profissional. Também Luckesi (1992) considera os alunos como elementos importantes e capazes de opinar

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