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Por:   •  21/1/2014  •  1.703 Palavras (7 Páginas)  •  249 Visualizações

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Relatório de Visita Técnica

Empresa: Bunge – Usina Monteverde

Local: Rodovia BR 463 KM 35 - Ponta Porã – MS

Contato: Engº Daniel Moraes Pereira

No dia 15 de Setembro de 2012, foi realizada uma Visita Técnica em uma usina sucroalcooleira, filial da Bunge denominada Monteverde, situada no município de Ponta Porã – MS. Por se tratar de um amplo espaço, a visita técnica ficou restrita apenas nas caldeiras da usina, sendo a mesma acompanhada pelo Engenheiro de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Trabalho Daniel Moraes Pereira.

Caldeiras são recipientes metálicos, cuja função é a produção de vapor pelo aquecimento da água. Em geral, são empregadas para alimentar máquinas térmicas, autoclaves para esterilização de materiais diversos, cozimento de alimentos pelo vapor ou calefação ambiental. Produzem e acumulam vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia. As caldeiras são muito comuns nas indústrias e regulamentadas pela NR 13. As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em Casa de Caldeiras ou em local específico para tal fim, denominado Área de Caldeiras.

No local foi verificado que a caldeira existente é Caldeira aquatubular, vazão de 150 ton/hora, pressão 65 Kgf/cm2, temperatura de vapor 490ºC.

O prontuário foi localizado completo e em dia, bem como as inspeções. A caldeira satisfaz todas as condições de segurança constantes da NBR 12177 da ABNT observáveis nesta visita. Externamente, foi constatado também que a caldeira funciona em perfeitas condições não apresentando anomalias capazes de prejudicar a segurança. Todos os manômetros e válvulas de segurança foram aferidos e examinados.

Internamente, a caldeira, depois de limpa, está em ordem e satisfaz todas as condições de segurança, constantes do Anexo I da NBR 12177 e observáveis nessa visita. A parte da caracterização da caldeira acessível a essa visita confere com o que, sobre a mesma, consta no prontuário.

Sugerido pelo engenheiro que acompanhou a visita, foi realizado um teste de pressão hidrostática, aplicando uma pressão de 13,25 Kgf/cm² por 30 minutos, onde a caldeira suportou satisfatoriamente, não apresentando anomalias.

Foi verificado que a caldeira está regulada para operar com 8,4 Kgf/cm² de pressão, o pressostato de modulação foi regulado para 7,0 Kgf/cm² e o pressostato segurança foi regulado para 8,25 Kgf/cm².

Os sistemas de controle e segurança das caldeiras deverão ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva, conforme determina o subitem 13.4.5 da NR 13.

As válvulas de segurança devem ser inspecionadas conforme freqüência estabelecida no subitem 13.5.7 da NR 13.

Abaixo segue a descrição de todo o processo produtivo para geração de energia.

• Geração de Energia

O bagaço da cana, extraído juntamente com o caldo do Difusor tem papel de destaque no processo produtivo, representado aproximadamente 25% a 28 % do peso da cana, e é o combustível que produz toda a energia utilizada pelo sistema, seja ela mecânica, usada no preparo e na extração de caldo, térmica, usada na obtenção do açúcar e do álcool, ou elétrica, usada para consumo próprio e venda, a sobra de bagaço tem como variação de 2% a 4% do total produzido, é ainda armazenado para consumo quando a usina estiver com falta de matéria prima.

Todo bagaço produzido no Difusor é transportado até a Caldeira geradora de vapor, por um conjunto de esteiras metálicas e de borracha transportadoras de bagaço, seus comprimentos, velocidade de arraste e larguras são definidas com objetivo de dar maior flexibilidade e confiabilidade operacional ao sistema, pois a quebra, parada ou desgaste excessivo de alguma delas, determina a interrupção de todo o processo produtivo, estão posicionadas estrategicamente de modo a interligar o Difusor para a Caldeira e ao depósito de excedente de bagaço, tendo por objetivo abastecer a caldeira, conduzir a sobras para estocagem, carregar caminhões, e ainda no caso de parada do Difusor, reconduzir o bagaço do depósito para a alimentação da Caldeira.

Com volume específico que varia de 200 a 300 kg/m³, o bagaço ocupa grandes áreas de depósito, que exige maior trabalho em sua movimentação, no qual o processo de estocagem, distribuição, carga de caminhões e realimentação das esteiras de bagaço é realizado por pá-carregadeira.

• Geração de Vapor

A geração de vapor é a principal utilidade na produção de açúcar e etanol, pois é o vapor o veículo que conduz a energia térmica necessária para, ou evaporar a água contida no caldo da cana na obtenção do açúcar, ou para evaporar e separar o etanol nas colunas de destilação, além de movimentar as turbinas a vapor, para a obtenção da energia mecânica na Geração de Energia Elétrica. O sistema de geração e distribuição de vapor é constituído basicamente de caldeira, separadores de fuligem, tratamento d'água para a caldeira, bombeamento d'água para a caldeira, esteiras transportadoras de bagaço e rede de distribuição de vapor.

A caldeira nas Usinas e destilarias que utilizam a cana-de-açúcar como matéria - prima é preparada para usar principalmente o bagaço de cana como combustível, mas podem eventualmente queimar-se lenha para dar início na operação. São basicamente formadas de um queimador ou incinerador denominado de fornalha, e por um recuperador de calor formado por um feixe tubular aletado ou não, de formato especial que circunda a fornalha, denominado de parede d'água, e que interliga a dois balões cilíndricos horizontais de aço carbono de grande espessura, onde a água é introduzida e de onde é distribuída para a tubulação. O bagaço, vindo do Difusor é conduzido pelas esteiras transportadoras, é pulverizado na parte superior da fornalha que se encontra a uma temperatura de aproximadamente 780 °C a 1.000 ºC, através de sistema pneumático de distribuição de bagaço. O comburente, o oxigênio, vem do ar que é introduzido na parte inferior da fornalha através de uma grelha rotativa, e por um ventilador de grande potência denominado de ventilador de ar forçado. A combustão ocorre em suspensão, pois o ar insuflado através da grelha cria um colchão pneumático que mantém o bagaço flutuando até sua queima total. A energia química da combustão é transferida para a água, por irradiação dentro da fornalha, e por convecção no contato dos tubos com

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