Gestão De Trabalho

1º O Cenário ambiental da Evolução dos Modelos de Gestão.

As empresas brasileiras passaram a se conscientizar nos últimos anos da importância de rever seus modelos de gestão, isso se deve, por sobrevivência no mercado no caso das empresas privadas, e no cumprimento de suas missões, atender com qualidade ao público, no caso das empresas públicas.

O atraso nessa revisão de conceitos por parte das empresas brasileiras de pelos menos 20 anos já está sendo corrigido, ou, tentando ser corrigido, pois, algumas empresas já estão aplicando esses novos conceitos para efetivar essa “recuperação” do tempo perdido.

Esses novos conceitos, foram recebidos de maneira cautelosa pelas empresas e pelas instituições de ensino, pois, essa prática de novos modelos de gestão (Qualidade Total, Reengenharia, Gestão Participativa, Terceirização e Alianças Estratégicas) é feito mais por um processo de evolução contínua do que por rompimento ou substituição dos conhecimentos gerenciais.

Isso tudo, não é de hoje, já vem sendo estudo ao longo da História pelas empresas, e é necessário se aprofundar mais nesse contexto.

Essa busca por novos modelos gerenciais, surgir na década de 70, provocada por mudanças macro-ambientais que de uma forma ou de outra, tornaram ultrapassadas as práticas anteriores, quebrando paradigmas que são avaliados a partir do ponto de vista dos novos modelos de administração. Pereira (1995), desenvolveu 3 níveis conceituais, quais sejam:

1º – Ondas de Transformação: está baseado nos grandes momentos históricos de evolução da sociedade humana, relacionado aos paradigmas em relação aos aspectos políticos, econômico, social, tecnológico e organizacional.

2º – Eras Empresariais: trata-se da evolução empresarial a partir da Revolução Industrial.

3º – Modelos de Gestão: é o conjunto de concepções filosóficas e ideias administrativas que passam a operacionalizar as práticas gerenciais nas empresas.

A partir deste modelo, o cenário histórico da evolução da Administração, foi dividido em três partes: Grandes ondas de Transformação, que compreende os períodos da Revolução Agrícola (até 1750), Revolução Industrial (1750 a 1970) e a Revolução da Informação (após 1970), ainda a Revolução Industrial, foi subdividida em outras três partes: 1º Revolução Industrial (1820-1870), 2º Revolução Industrial (1870-1950) e 3º Revolução Industrial (a partir de 1950).

Ainda dentro destes períodos, foram analisadas as abordagens da Administração da seguinte forma:

- No período da 2º revolução Industrial inicia-se a Era da Gestão Empresarial divida em 4 períodos diferentes

- Era da Produção em Massa (1920/49): produção/padronização

- Era da Eficiência (1950/69): controle das operações

- Era da Qualidade (1970/89): satisfação do cliente

- Era da Competitividade (a partir de 1990): excelência empresarial

- As duas primeiras Eras, dizem respeito às abordagens tradicionais da Administração, da Escola Clássica à Teoria da Contingência.

- As duas últimas Eras, dão ênfase às Novas Abordagens da Administração:

- Adm. Japonesa

- Adm. Participativa

- Adm. Empreendedora

- Adm. Holística

- Corporação Virtual

Essas novas abordagens serão analisadas a partir dos seguintes pontos:

1º – Origem e evolução histórica

2º – Filosofia Central da Abordagem

3º – Principais Práticas Gerenciais

4º – Aspectos Críticos na aplicabilidade do modelo.

1º Os novos Modelos de Gestão

Administração Japonesa: A administração japonesa nasceu no chão de fabrica, nos setores operacionais da manufatura, com a filosofia básica de evitar qualquer tipo de desperdício e de promover o melhoramento continuo. Com esta filosofia, agregada a permanente busca de conhecimentos e tecnologias avançadas de produção (controle estatístico de processos, planejamento de produção, engenharia de produtos) e aliados ao favorecimento da política econômica governamental,

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